Capítulo 6

501 41 13
                                    


 Quando Diana estacionou na frente do museu, Osvaldo lhe fez sinal para que se apresse. A morena correu pelos corredores, passando pelas pessoas que passeavam.

Ao chegar na sala de pesquisa, jogou a mochila sob a mesa de Paulo:

_ Obrigada_ disse ela, soltando-se sob a poltrona.

João apenas riu, enquanto Paulo pegava suas fotos:

_ Ai; de você se estiverem comprometidas.

_ Não precisa chorar Paulo, apenas fiz umas copias no caminho.

Paulo olhou para João, dizendo:
_ Cópias para que? A pesquisa é em conjunto, não há nada individual aqui.

_ Ele tem razão Diana, não faça nada que comprometa nosso trabalho, saiba que Patel tem olhos em toda parte, soube que ele é um homem cheio de mistérios e se quiser pode colocar pessoas para nos vigiar.

_ Afinal quem é ele, da máfia? Ele nos procurou, porque nos vigiaria?_ em sua cabeça, tentou lembrar se viu algum pessoal diferente entre os seguranças do museu, mas nada vinha a sua mente.

_ Sabe como são esses magnatas_ disse João_ loucos por controle, aposto que hoje ele vai querer abrir o sarcófago.

_ Isso não!_ ela levantou, e os olhos dos dois arqueólogos fixaram-se nela.

_ Qual é o motivo dessa objeção Diana_ disse Paulo, sua voz ficando grave; de repente_ até ontem era você quem queria desenfaixar a múmia.

Por um momento se viu presa entre os seus dois amigos, ambos a pressionando com o olhar.

_ Isso tem a ver com o cara que passou a noite com você?_ perguntou Paulo.

E já não suportando as alfinetadas do amigo, soltou:

_ O que eu faço ou deixo de fazer não condiz a ninguém, muito menos a você.

Aquilo soou como um tapa em Paulo, que se virou calado. Ela olhou para João, dizendo:

_ Estive analisando as imagens do sarcófago, e temo que a múmia deva ser mais preservada, talvez devamos colocar num recipiente fechado como a cantora de Amon.

João olhou para Paulo que assentiu:

_ É uma boa ideia, mas devemos falar com Patel antes.

Mal o professor terminou de dizer as palavras e Osvaldo avisou pela rádio:

_ Ele está a caminho.

João acenou com a cabeça para seus colegas e os três partiram para a ala egípcia.

Enquanto isso, no apartamento de Diana. Aton segurava o controle como se fosse algo extremamente precioso, seus olhos fixos na tela; maravilhado com um documentário sobre lesmas, ele apertou o botão, para o canal de culinária, apertou novamente, para um canal e a mulher falava sobre educação sexual:

_ Agora mostraremos como colocar a camisinha, usaremos uma banana como exemplo.

Aton olhou para Bastet sem entender:

_ Esse mundo é estranho_ sussurrou ele, apertando o botão, e o noticiário falava sobre a situação na Somália, pessoas morrendo de fome devido à guerra_, esse é o mundo que eu deixei?_ perguntou-se ele, as lágrimas ameaçaram cair, ele amava tanto a humanidade que decidiu andar entre eles, mas sem sua presença parecia que tudo o que fez havia desaparecido_, eu não devia tê-los deixado_ sussurrou, a gata ao seu lado miou, fazendo-o mudar de canal.

O EgípcioOnde histórias criam vida. Descubra agora