Quando Diana estacionou na frente do museu, Osvaldo lhe fez sinal para que se apresse. A morena correu pelos corredores, passando pelas pessoas que passeavam.
Ao chegar na sala de pesquisa, jogou a mochila sob a mesa de Paulo:
_ Obrigada_ disse ela, soltando-se sob a poltrona.
João apenas riu, enquanto Paulo pegava suas fotos:
_ Ai; de você se estiverem comprometidas.
_ Não precisa chorar Paulo, apenas fiz umas copias no caminho.
Paulo olhou para João, dizendo:
_ Cópias para que? A pesquisa é em conjunto, não há nada individual aqui._ Ele tem razão Diana, não faça nada que comprometa nosso trabalho, saiba que Patel tem olhos em toda parte, soube que ele é um homem cheio de mistérios e se quiser pode colocar pessoas para nos vigiar.
_ Afinal quem é ele, da máfia? Ele nos procurou, porque nos vigiaria?_ em sua cabeça, tentou lembrar se viu algum pessoal diferente entre os seguranças do museu, mas nada vinha a sua mente.
_ Sabe como são esses magnatas_ disse João_ loucos por controle, aposto que hoje ele vai querer abrir o sarcófago.
_ Isso não!_ ela levantou, e os olhos dos dois arqueólogos fixaram-se nela.
_ Qual é o motivo dessa objeção Diana_ disse Paulo, sua voz ficando grave; de repente_ até ontem era você quem queria desenfaixar a múmia.
Por um momento se viu presa entre os seus dois amigos, ambos a pressionando com o olhar.
_ Isso tem a ver com o cara que passou a noite com você?_ perguntou Paulo.
E já não suportando as alfinetadas do amigo, soltou:
_ O que eu faço ou deixo de fazer não condiz a ninguém, muito menos a você.
Aquilo soou como um tapa em Paulo, que se virou calado. Ela olhou para João, dizendo:
_ Estive analisando as imagens do sarcófago, e temo que a múmia deva ser mais preservada, talvez devamos colocar num recipiente fechado como a cantora de Amon.
João olhou para Paulo que assentiu:
_ É uma boa ideia, mas devemos falar com Patel antes.
Mal o professor terminou de dizer as palavras e Osvaldo avisou pela rádio:
_ Ele está a caminho.
João acenou com a cabeça para seus colegas e os três partiram para a ala egípcia.
Enquanto isso, no apartamento de Diana. Aton segurava o controle como se fosse algo extremamente precioso, seus olhos fixos na tela; maravilhado com um documentário sobre lesmas, ele apertou o botão, para o canal de culinária, apertou novamente, para um canal e a mulher falava sobre educação sexual:
_ Agora mostraremos como colocar a camisinha, usaremos uma banana como exemplo.
Aton olhou para Bastet sem entender:
_ Esse mundo é estranho_ sussurrou ele, apertando o botão, e o noticiário falava sobre a situação na Somália, pessoas morrendo de fome devido à guerra_, esse é o mundo que eu deixei?_ perguntou-se ele, as lágrimas ameaçaram cair, ele amava tanto a humanidade que decidiu andar entre eles, mas sem sua presença parecia que tudo o que fez havia desaparecido_, eu não devia tê-los deixado_ sussurrou, a gata ao seu lado miou, fazendo-o mudar de canal.
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O Egípcio
AventureDiana, uma jovem egiptóloga brasileira é perseguida por sonhos envolvendo o antigo Egito, e um homem sem rosto sempre aparece neles. Mal sabe ela, que uma antiga maldição envolvendo o filho de Rá está prestes a despertar e transformar completamente...