Desculpem a demora, espero que gostem do capítulo...🥰
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Aton mantinha a cabeça entre os joelhos. Respirando fundo uma e outra vez. Seu rosto estava pálido, usara muito de seu dom para persuadir os seguranças da entrada de Diana no avião, mas apesar da dor que sentia, faria novamente, mesmo sabendo do medo de sua amiga, sentia em seu coração que aquilo era o certo.
Enquanto isso, ao seu lado,Diana sofria um ataque de pânico, seu peito subindo e descendo freneticamente, suando frio. Ela passou a mão pelo rosto, nervosa.
"Meu Deus, o que estou fazendo aqui?", se perguntou, olhando para os lados. Ainda sentia nas veias a adrenalina da corrida contra as sombras, "Ahmit", foi o que o egípcio tinha dito. Sua mente vagou, explorando as pessoas sentadas ao seu redor, tentando se acalmar. Pensou em João, o que ele diria quando soubesse de seu desaparecimento, e Paulo pensaria o pior.
_ Senhor? Senhora? Estão passando mal?_ perguntou a aeromoça, seu rosto ameno e belo, o cabelo loiro preso em um coque.
Aton forçou sorrir, mas a tontura voltou em cheio. Diana respirou fundo, evitando o tremor em sua voz:
_ Estamos bem, obrigada.
A aeromoça se afastou, olhando preocupada para os dois. Aton levantou a cabeça, voltando a respirar com normalidade. Diana tentou controlar o pânico que a dominava, ainda apertava as mãos em punho, suando frio. Nunca fizera algo tão impulsivo em sua vida.
_ Fale comigo_ disse ela, tropeçando nas palavras.
_ Falar? Sobre o que?
A morena revirou os olhos e segurou-se para não rir. Ele era tão inocente que nem notava seu nervosismo ou fingia não notar.
_ Uma vez em suas lembranças ouvi que disse que casou com uma princesa núbia.
_ Kilt..._ Aton sussurrou o nome saudosamente, e isso chamou a atenção da arqueóloga.
Ele sorriu, segurando sua mão, tirando-a do punho e entrelaçando-a com a dele.
_ É mais fácil te mostrar.
A luz do ambiente mudou. E Diana viu o crepitar de uma tocha. A música tocava em algum lugar não tão distante, e viu o semideus olhar seu reflexo no espelho.Usava um traje branco, e um adorno na cabeça. Ele forçou um sorriso que mostrou suas covinhas, mas logo se desfez.
_ Que infantilidade!_ soou a voz feminina atrás dele.
Ele sorriu ao ver a amiga:
_ Maat!
_ Não se aproxime, estou muito chateada contigo_ ele amuou, sem entender_, você é o filho de Rá, não deveria se casar com uma mortal!
_ Quem escolhe sou eu.
_ Você disse que admirava o amor, você a ama?
_ Creio que esse sentimento vem com o tempo.
A deusa revirou os olhos, cruzando os braços, enquanto se encostava na parede:
_ Boa sorte em seu casamento, meu amigo, só para que saiba_ ela sorriu cruelmente_, Anúbis e eu apostamos que isso não daria certo.
_ Sorte minha, que penso diferente de vocês.
Ela acenou, aquele sorriso malicioso estampado em seu rosto, e logo se desfazendo em uma fumaça dourada. Nisso, Tutankhamon, apareceu no corredor, olhando para os lados, desconfiado:
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O Egípcio
AvventuraDiana, uma jovem egiptóloga brasileira é perseguida por sonhos envolvendo o antigo Egito, e um homem sem rosto sempre aparece neles. Mal sabe ela, que uma antiga maldição envolvendo o filho de Rá está prestes a despertar e transformar completamente...