Se arrependimento matasse, com certeza ele estaria morto e enterrado, mas infelizmente corria e corria para salvar sua vida. Devia ter ficado em casa, devia ter suportado um pouco mais seu tio doido, contudo tinha completado dezoito anos e queria se livrar de tudo aquilo. Queria ir viver na capital com seu primo Baek, queria ser livre.
Baek tinha dito em sua última ligação para ser mais paciente, que assim que desse ele ia buscá-lo... Mas estava cansado de esperar, e se o tio tivesse outro surto e se matasse? Ele queria ficar livre daquilo, queria ser um garoto normal!
Jeongmin ofegou sabendo que não ia aguentar mais, mas precisava continuar correndo, aqueles caras iriam matá-lo se o pegasse, já não bastavam ter roubado sua mochila? O que mais eles queriam dele? Por que a capital era tão violenta? Ele só queria encontrar seu primo, mas ele não atendia o celular... Estava perdido naquela cidade gigante e só queria chorar de desespero, como ia fazer?
— Chega de correr princesa, vai ser melhor assim, só vamos nos divertir um pouco, prometemos que vai ficar vivo amanhã hum... Então seja bonzinho e colabore. Você vai gostar.
Min estremeceu. Eram loucos, só podia!
Ele correu ainda mais tentando sair daquele lugar escuro e estranho, eram ruelas e ruelas e ele nem se lembrava como foi parar ali, estava caminhando e procurando a universidade do primo, mas parece que tinha ido para o lado errado, daí anoiteceu e aquele inferno começou. Eles eram quatro, e não paravam de persegui-lo.
Por que o chamavam de princesa? Ele era um garoto! Esse povo da cidade grande era doente mental como seu tio?
Então ele virou a esquina e viu um lugar movimentado e abriu a boca para gritar por ajuda quando uma mão agarrou seu braço e o puxou para a parede suja.
— Não tão rápido princesa. Aquele é um bordel, ninguém vai te ajudar aqui, esse é nosso território. Agora fique calminho que vai ser bom...
E o cara nojento agarrou seu corpo o socando mais na parede enquanto enfiava a perna entre as suas. Min gritou, se debateu enquanto via os outros se aproximarem. Ele sabia que estava prestes a chorar, ele só queria o seu primo... Seu primo...
— Solte o menino BC. Agora.
A voz ríspida soou por todo o beco e para seu assombro o cara que o perseguia a quase uma hora se afastou e os outros também.
— Qual é Donghyun, eu achei o menino, ele é meu.
— Essa criança tem dono seu imbecil, caia fora daqui antes que ele chegue. Vá, AGORA!
— Droga!
O louco se afastou mais e o moreno de olhos bravos veio até ele, o pegou pelo braço e o arrastou para o lugar onde tinha gente entrando e saindo. Eles entraram por uma porta lateral e ele foi levado por uma escadaria imensa que descia sem fim até que chegaram em outra porta escura e entraram em um imenso cômodo onde Min pode ver vários garotos quase todos nus se arrumando diante de espelhos e coisas assim. Havia argolas, correntes e quase nenhuma roupa em seus corpos. Ele não podia retirar os seus olhos sobre eles tamanho choque, o que era tudo aquilo?
— Continua andando garoto, não fica encarando os subs que eles não gostam...
— Ei chefe, quem é esse?
— Tem dono Minwoo, tem dono, agora volte ao trabalho.
E Min viu o cara que o outro chamou de Minwoo lhe piscar e voltar a maquiar um outro rapaz que tinha uma coleira grossa no pescoço. Quem tinha uma coleira no pescoço? Aquilo era um pesadelo?
— O-onde estou?
Gaguejou quando eles entram em algo que parecia um escritório e o mais velho fechou a porta. Ele o encarou franzindo a sobrancelha e depois bufou.
— De onde você é? Coréia no Norte?
— Condado de Yangyang...
Respondeu evitando chorar de novo, estava com medo, não conhecia nada nem ninguém naquela cidade e aquele homem parecia muito bravo...
— Meu deus, o que está fazendo aqui?
— Vim atrás do meu primo, mas ele sumiu...
O homem rolou os olhos.
— Suas coisas foram roubadas suponho.
Ele assentiu assustado.
Sabia no que andar sem documentos resultava. Sem dinheiro então era loucura...
— E-eu...
— Olha, hoje é um dia importante, eu não posso cuidar de você e sendo bonito do jeito que é vai ser pego se sair daqui. E pela sua cara ainda é virgem - Min arregalou os olhos, o outro xingou - Escuta bem, eu tenho uma encomenda, na verdade estou sendo bem pago para achar um baby de fora dos negócios, mas não tive sorte até agora, eu posso te ajudar com a sua situação, mas você vai ter que me ajudar também. Se aceitar esse contrato você vai ter dinheiro e segurança e vai conseguir encontrar esse seu primo mesmo que ele esteja na China, mas a vida, garoto tem cobranças e você vai ser um baby em tempo integral, por ser virgem isso vai ser bom para nós dois pois significa mais dinheiro e os daddys em questão são homens íntegros, você vai ser bem tratado. Eu conheço um deles, Jaeho é um Dom muito rico e ás vezes vem no meu clube, ele é quem eu disse que é seu dono lá fora porque se não fosse isso você já teria virado jantar de lobos de rua. O que seria uma pena com esse rostinho de anjinho bebê. Enfim, seu trabalho será apenas fazer sexo com seus daddys, fim. Bem fácil na verdade. É isso ou vou infelizmente ter de te mandar de volta lá para fora, aqui não é lugar para um virgem, a não ser que queira ir à leilão, o que meu lado comercial acha a melhor coisa, porém meu lado humano embora não pareça é legal e daddys para você é a melhor solução, menos dinheiro para mim, contudo mais segurança para você.
Min congelou. Não!
— Por favor moço, não faz isso! Não me mande lá para fora!
— Então temos um trato? Você se torna baby, nós vamos deixá-lo apresentável e você assina o contrato e claro o acordo de silêncio. Não pode dizer a eles, pelos menos na próxima semana que você não é baby, ou seja, você está nisso por que quer, simples assim, eu vou dar a desculpa que você é virgem e tímido e não sabe muito das regras, pode dizer que precisava fazer isso porque veio tentar a vida na cidade grande e não deu certo, sei lá, mas não diz que eu dei a ideia! Se não seu pescoço e o meu vai a leilão ok? Entendeu? Eu vou lhe ensinar o básico, vamos preparar você e vamos fazer você memorizar sua história. Depois que todos eles já tiverem transado com você daí pode falar a verdade, mas só depois. Temos um trato, baby?
Min engoliu em seco, ele tinha outra saída?
Por que o mundo era tão louco?
— O-Ok... E-eu aceito.
— Certo, bom, vamos fazer você ficar delicinha para seus daddys então, garoto.
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Contrato Insano
FanfictionBaekhyun precisava urgentemente de dinheiro e também estava cansado de ser amante sem ganhar nada com isso, mas casar já era algo bem diferente. Jeongmin só queria ser livre e viver com seu primo Baek na capital longe do tio louco, porém depois de s...