Primeiro Dia

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"A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue." (Luiz Gasparetto)

Após a seleção dos primeiranistas o jantar começou, e como sempre estava maravilhoso, percebo que Rony ataca as coxinhas de frango feliz como nunca, mas minha atenção é voltada para Harry, ele é uma réplica de meu pai, várias e antigas memórias me invadem, tanto boas como ruins, me levanto da mesa e saio do salão principal preciso urgentemente sair dali antes que lágrimas molhem meu rosto e chamem a atenção de todos os estudantes.

Ando sem rumo pelos grandes e vastos corredores tentando impedir as lágrimas que insistem em sair, sem ter mais escolhas escoro-me em uma parede e escorrego até o chão abrindo passagem para as tristes lágrimas. Não esqueço-me do momento em que meu querido pai cai aos pés da antiga porta do armário morto, mais e mais lágrimas escorrem sem parar a tristeza e saudade é tão grande, de tanto chorar não escuto os passos que vem em minha direção. Sinto um braço passar em meu ombro, um sentimento aconchegante de segurança me possui de modo tão bom que não resisto e o abraço sem saber quem seja. Levanto meus olhos e vejo ninguém menos que Fred me fazendo cafuné.

-Não precisa chorar, eu estou aqui com e por você, não importando o que aconteça, sei o quanto é difícil para você, mas não gosto de te ver chorando, o que passou, passou, você precisa ficar de cabeça erguida, é triste é e muito, mas você não pode mudar o passado, você tem à nós e nós temos à você. Você tem que ser forte, como sempre foi, estaremos sempre com você. -Fred diz olhando-me fundo nos olhos me fazendo ficar feliz e me dando confiança para continuar, dentre todos esses anos Fred me deu confiança e nunca saiu do meu lado, confiou em mim em todas as hipóteses.

O abraço com todas as minhas forças, nunca irei esquecer essas palavras encorajadoras, ergo novamente minha cabeça e o olho nos seus belos olhos claros, as lágrimas sessaram instantaneamente, e digo:

-Depois de todos esses anos vocês nunca me abandonaram, mesmo sabendo que eu escondia algo de vocês, irei confiar em vocês até os meus últimos dias de vida. -Fred no mesmo momento sorri.

Ouvimos uma salva de palmas no final do corredor e como sempre, pronto para atrapalhar, George.

-Que momento fofo, isso merece uma bela foto pena que eu não tenho uma câmera, irei adicionar isso na lista de coisas que pretendo comprar. -Fred e eu rimos de George que estava ainda de pé nos olhando com um sorriso no rosto. Rapidamente nos levantamos e vamos, ambos juntos, para a sala comunal da Grifinória, cuidando para que Percy não nos apanhe fora da cama. Assim que chegamos na sala comunal desejo boa noite para os gêmeos e subo silenciosamente até meu quarto sem acordar as outras meninas que estavam dormindo.

Suspiro em minha cama, pensando o quanto o dia foi bom, apesar de certo choros de tristeza tudo isso valeu a pena. Rapidamente sem perceber adormeço em sono profundo.

Na manhã seguinte me levanto rapidamente para começar minhas aulas. Desço para a salão comunal e encontro alguns estudantes já de pé. Pego meu material e vou andando calmamente até o salão principal esperando que Fred, George e Harry levantem rápido pois temos várias aulas esta manhã.

Após certo tempo de espera vejo George e Fred passando pela enorme porta de carvalho com caras de cansados e famintos. Os mesmo se sentam ao meu lado e bocejam um bom dia e põem-se a comer. Espero por muito tempo mas nada de Harry, por não poder mais esperar levanto-me com os gêmeos e me caminho até a primeira aula de Runas Antigas.

Harry acabou-se por perder-se nos corredores de Hogwarts assim como Rony, mas após muito tempo conseguem encontrar a sala de Transfiguração onde a professora McGonagall esperava impaciente. Os meninos chegam na sala e suspiram aliviados por não verem a professora mas sim apenas um gato malhado em cima da mesa da professora, os dois entram as presas na sala de aula.

-Ufa, finalmente chegamos, a professora McGonagall teriam nos matado se nos visse chegando atrasados. -Neste mesmo momento o gato que se encontrava na mesa da professora deu salto e magicamente virou a professora McGonagall. -Brilhante. -Diz Rony admirado com a transformação da professora.

-Que bom que gostou senhor Weasley, quer que eu lhe transforme em um relógio? -Diz a professora irritada com o atraso dos mesmo.

-Nos perdemos. -Diz Harry tentando se explicar.

-Ou que tal um mapa, precisam de um para acharem seus lugares? -Diz a professora esperando com que os dois se sentassem para que possa continuar a aula.

Harry por nunca ter visto algum tipo de magia ficou admirado com cada palavra que a professora McGonagall dizia, o mesmo amou a aula de transfiguração desta manhã, mas sempre existe algo ruim para estragar o nosso dia e seria a aula de poções.

A aula de poções é por incrível que pareça nas masmorras, uma sala escura com fumaça saindo de vários caldeirões que ali se encontravam, instantes depois a porta é aberta com um grande barulho que acaba por fazer com que todos os alunos prestem atenção na mesma, através da porta entrou Snape como um vulto se dirigindo até o meio da sala.

-Não permito brincadeiras com as varinhas nem feitiços idiotas nessa aula. Pois bem eu não espero que muitos de vocês apreciem a ciência sutil e arte exata no preparo de poções. Porém para aqueles poucos que estejam dispostos a aprender eu posso ensinar com enfeitiçar a mente e confundir os sentidos, eu posso ensinar como engarrafar a fama, cozinhar a glória e até dar um fim na morte. -Snape diz sério sem tirar os olhos de Draco, mas sua atenção é posta em Harry, cujo o mesmo está anotando tudo aquilo importante para aprender poções. -Contudo talvez alguns de vocês tenham vindo para Hogwarts com habilidades tão formidáveis que se sintam confiantes o bastante para não prestarem atenção na aula. -Neste momento Hermione Granger cutuca Harry, para que o mesmo direcione sua atenção para a aula. -Sr. Potter, nossa nova celebridade. Diga o que eu teria se colocasse raiz asfódelo em pó em infusão de losma. -Harry ficou calado. -Não sabe. -Harry apenas negou. -Bem, vamos tentar de novo. Onde Sr. Potter, buscaria se eu pedisse para me trazer bezoares?

-Eu não sei Senhor. -Harry não saberia responder tais perguntas por nunca ter tido algum contato com magia.

-Qual a diferença entre acônito lincoctono e acônito lapelo? -Diz Snape insistindo que Harry responda suas perguntas.

-Não sei, senhor. -Diz Harry nervoso e envergonhado por não saber responder as perguntas do professor.

-Que pena, claro que a fama não é tudo, não é senhor Potter.

Após uma aula horrível de poções Harry retorna até o salão principal para poder almoçar, Helena se senta ao seu lado e pergunta o porque dele estar tão quieto e logo Rony responde:

-Snape pegou pesado com ele, Snape fez perguntas difíceis ao Harry sabendo que Harry nunca teve nenhum contato com magia, ele tirou 5 pontos da Grifinória. -Fico extremamente irritada com o que Snape fez com Harry, mas apesar de tudo não posso enfrentar um professor ainda mais se for o Snape. Snape nunca gostou de mim por eu não aceitar injustiças que o mesmo faz aos Grifinórios.

Com intenção de ajudar digo:

-Quando tiver aula com o Snape venha falar comigo eu irei lhe ajudar a responder as perguntas que ele fizer, tudo bem? -Digo isso e vejo um sorriso brotar nos lábios de Harry e o mesmo faz que sim com a cabeça.

Grifinoriana ou não irei ajudar a todos que precisarem sem exceção alguma.

Helena Evans Potter e a Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora