Príncipes Kim e Oh Sehun

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— Chanyeol? Acorde.

Ele abriu os olhos e percebeu que todos paravam e ele tinha dormindo nos braços do príncipe Junmyeon, ambos montados em um dos puro sangue macedônios.

Estavam diante de uma caverna em uma montanha alta e se lembrou então que passaram parte da tarde preocupados com o temporal que estava para cair sobre eles. Já estavam na Grécia Central, reino do príncipe Junmyeon e Channy pode ver o sorriso aliviado dele por terem cruzado as fronteiras. Era sua terra, ele a conhecia bem e segundo ele haviam muitos lugares seguros por onde eles podiam viajar tranquilos. Ninguém tinha ficado tranquilo em Peloponeso.

— Chegamos antes da tempestade, ainda bem.

Ele ouviu príncipe Minseok dizer antes de saltar do cavalo dele e ajudar Daniel a descer, com a eminência do temporal, Danny também passou a viajar na sela. Então foram todos levados até a ampla caverna rasa e bem cuidada, o príncipe daquele reino disse a eles que as cavernas do seu reino eram pontos seguros de viajantes, sempre os que usavam a deixava limpa e agradável para os que viriam, era um bom hábito daquele povo e que de certa forma o deixava aliviado também, não sabia se tinha mais forças para viajar aquele dia, continuava com enjoos súbitos e ainda muito perturbado pela constatação de que estava grávido.

Aquilo foi no dia passado, mas era a única coisa que vigorava em sua mente desde então e assim como foi no dia em que os príncipes se juntaram a ele e decidiram segui-lo em sua viagem como se fosse algo corriqueiro e já previamente decidido, sobre sua gravidez as ações deles foram parecidas, alguns sorrisos de canto, olhares surpresos, satisfeitos e a única imposição, viajariam mais lento para não exaurir pai e filho.

Channy não entendia muito bem toda aquela tolerância. Ele estava esperando o bebê real, de príncipes de todos os reinos do Egeu, naquelas condições o normal seria ele ser mandado de volta para casa, ou para qualquer palácio para ser cuidado e assistido. Devido ao seu gene F, seu filho podia ter todos os genes misturados, filhos de fênix eram capazes daquilo, assim seguir viagem com ele era algo irreal, não que estive reclamando, para si era o maior alívio em toda aquela situação, não queria enfrentar a realidade dos palácios agora, não queria ser apenas um grávido rodeado de gente querendo sua gravidez como se fosse uma musa da fortuna. Ele gostava da paz surpreendente daquela viagem, das conversas ao redor de fogueiras, da vida ao ar livre. Sem regras, etiquetas e coisas palacianas.

E gostava da presença dos príncipes a cada dia mais e mais. Ainda estava em crise conflituosa com a gravidez, seria um bom pai? Como fariam eles sendo cada um de um reino diferente? Iam disputar ele no final daquela viagem, o filho, os direitos?

Algum deles seria capaz de amá-lo? Ele seria capaz de amá-los depois de tudo?

Deveria vir o amor e então o casamento e só então filhos. Mas por culpa do seu pai tudo estava virado dos avessos, em ordem toda errada e em uma confusão digna de uma comédia sem graça. Não queria criar um filho em um ambiente sem amor, sem calor humano... Com a frieza que foi viver com seu pai depois da morte da sua mãe.

Chanyeol queria mais, queria felicidade...

Foi tirado de seus pensamentos, quando o príncipe saltou do cavalo e também o tirou da montaria o levando cuidadosamente com uma das mãos em sua costa para dentro da caverna iluminada pela luz do dia que ainda existia, mas a tempestade os seguia como um perseguidor insistente no horizonte e nuvens negras de desenrolavam prontas para desaguar por horas. Em Creta poucas vezes assistiu tempestades como aquela que o céu daquele dia demonstrava acontecer.

Poderia chover por dias, segundo príncipe Jongdae, era assim em Macedônia também, segundo ele.

Havia bancos em um canto e um cama rústica escavada na parede e coberta por uma pele grossa e foi para lá que foi levado, ele e seu amigo antes dos príncipes começarem a preparar a caverna para a estadia deles ali.

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