Capítulo 104

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Maiara

A vida nos prega cada peça... as vezes a boca fala: sai da minha vida, mas o coração pede: fica eu preciso de você. A decisão de ir ou ficar depende de quem escuta.

Meu vôo decolou de Goiânia com destino a São Paulo as 11h da manhã, mas a minha ansiedade de chegar logo em São Paulo era tão grande que eu sai de casa as 9h, como se fosse adiantar alguma coisa eu chegar mais cedo no aeroporto. Cheguei em São Paulo meio dia e meio, como eu não sabia o que aconteceria por aqui eu trouxe só uma mochila com dois pares de roupa, logo não tinha necessidade de eu deixar minhas coisas agora no hotel, hotel, pois é, hotel, até Maraisa achou estranho quando eu falei que iria ficar em um hotel pois eu não sabia o que iria acontecer quando eu me encontrasse com Eduardo então decidi que ficaria em um hotel depois da nossa conversa. Enfim peguei um uber no aeroporto e fui direto para casa do Eduardo, a cada metro que o carro andava minhas mãos ficavam ainda mais geladas, eu sinceramente estava com medo, eu não sabia porque Eduardo até agora não tinha me falado que já estava no Brasil há alguns dias, hoje pela manhã eu fingi que não sabia que ele já estava no Brasil e perguntei quando ele voltaria para casa e ele disse que dependia de umas coisas que ele tinha pra resolver hoje, mas que ainda não sabia me dizer a data do retorno dele. Minha cabeça estava uma confusão, eu queria que tudo estivesse bem, mas no fundo eu sabia que tinha algo de errado, eu só não sabia o que era. Nessa confusão de incertezas, medos, aflições e ansiedade eu me encontrava e tudo isso junto definia meu estado emocional, me fazendo quase enlouquecer, e em meio a essa loucura a única coisa que eu tenho certeza é que eu amo o Eduardo.

Finalmente cheguei na casa do Eduardo, eu tenho uma cópia da chave e esta aqui comigo mas preferi tocar a campainha, logo Josefa a senhora que trabalha cuidando da casa abriu a porta e me recebeu com um sorrisão no rosto.

- dona Maiara, que bom ver a senhora por aqui, faz tempo que a senhora não aparece - Josefa a empregada de Eduardo falou.

- oi Josefa, primeiro não me chame de senhora já conversamos sobre isso, segundo é bom te ver também - dei um abraço em Josefa - realmente tem um bom tempo que eu não venho aqui, você sabe como é essa vida corrida de estrada como é né.

- sei sim minha filha, sempre que posso eu acompanho a senhora pelas redes sociais, meu Deus esqueci de sair do caminho para você entrar - Josefa falou rindo.

- bom saber que temos uma fã por aqui - brinquei tentando ser o mais nomal possível - o Eduardo esta em casa??? - perguntei.

- tá não minha filha, ele saiu logo cedo, disse que não vinha pro almoço mas que chegava no meio da tarde, você já almoçou??? Se quiser eu preparo ralguma coisa rapidinho pra você comer.

- não precisa fazer nada não Josefa, estou sem fome, olha não se preocupe comigo, vou ficar aqui na sala mesmo esperarando o Eduardo chegar.

- se eu fosse você eu aproveitava a tarde para descansar, sábado ele falou a mesma coisa e só chegou no final da tarde, o quarto ta arrumadinho, sobe e deita um pouco lá no quarto do seu Eduardo, quando ele chegar tenho certeza que ele vai correndo lá lhe ver.

- o Edu não sabe que eu estou aqui, eu vim sem avisar - falei sem graça.

- então vai ser uma ótima surpresa, quem sabe assim seu Eduardo se alegra ele anda tão triste desde que voltou da casa dos pais fora do Brasil.

- triste, como assim ele te contou o motivo dessa tristeza??? - perguntei.

- falou não, mas deve ser saudade sua, ele me contou que você veio antes e ele teve que ficar para cuidar do pai, tadinho esses dias que ele passou fora devem ter sido muito difíceis, seu Eduardo tá mais magro, abatido - Josefa falou.

Destinos Cruzados                (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora