Capítulo 106

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Maiara

"Quando o amor é verdadeiro ele tudo suporta... sempre teremos incertezas durante nosso caminho, mas a fé e o anseio por dias melhores nos leva a crer que no final tudo vai dar certo"

Parei li e reli o nome da ala da qual eu estava entrando, e fiquei em choque, não, não era possível que o Eduardo estava me escondendo isso, agora entendi porque ele estava me deixando livre.

- moço aqui nessa ala so ficam pessoas que tem essa doença - falei apontando para o nome da ala.

- sim senhora - o enfermeiro respondeu.

- será que não tem alguma possibilidade de terem internado meu noivo na ala errada - falei receosa.

- sinto muito mas ele está na ala correta - o enfermeiro falou e então eu me calei.

Fui seguindo o enfermeiro e ele entrou em um dos últimos quartos do corredor.

- o paciente está dormindo por causa da medicação que ele tomou, mas em algumas horas ele vai acordar, se o paciente acordar com dor, reclamando de alguma coisa ou qualquer outra urgência e só a senhora apertar esse botão que alguém da equipe de enfermagem vem aqui - o enfermeiro explicou - daqui a pouco o médico vem aqui ver como o paciente esta.

- ok, obrigada - agradeci.

O enfermeiro saiu me deixando ali sozinha com o Eduardo que dormia naquela cama hospitalar, um milhão de coisas começou a se passar pela minha cabeça, nossa que barra, como o Eduardo pôde me esconder isso, como ele descobriu que estava doente, quando ele descobriu, será que só eu não sabia que ele esta doente ou a família dele também não sabe? Um milhão de pensamentos e um milhão de questionamentos apareceram. Desde quel enfermeiro saiu do quarto fiquei andando de um lado pro outro de tão nervosa que eu estava, mas logo eu me consientizei que se o Eduardo acordasse e me visse assim nervosa as coisas iriam ficar pior do que já estavam, então eu parei de andar pelo quarto, me sentei em uma poltrona ao lado da cama do Edu e comecei e rezar, pedindo a Deus que no final dessa doença nós pudessemos ficar felizes com a cura do Edu, e que no caminho que nós vamos percorer até a cura que eu fosse a força, o amor, a paciência, a parceria e o companheirismo que o Eduardo vai precisar. Fiquei ali segurando a mão do Edu e lhe fazendo um carinho na cabeça enquanto ele dormia sob efeito da medicação que ele tomou, passou algumas horas e uma mulher e um homem entraram no quarto mas antes que eles falassem alguma coisa o enfermeiro que me trouxe até aqui chegou chamando os dois dizendo que precisava deles com urgência em outro quarto, o homem se desculpou e os dois saíram me deixando a sós com Edu novamente.

Assim que o médico saiu notei que o Edu mexeu a outra mão na qual estava a puncionado o soro, eu me levantei da poltrona e fiquei de pé ao lado da cama, ele aos poucos abriu os olhos e logo virou o rosto para o lado e me viu ali segurando a mão dele.

- esta se sentindo melhor??? - perguntei - quer que eu chame o médico???

- não precisa eu estou bem - Eduardo falou e desviou o olhar para a mão dele que estava com a punção.

Percebi que ele não queria me olhar e logo vi que não ia demorar muito e ele iria pedir para mim ir embora, mas é lógico que eu não iria, continuei ali segurando a mão dele mesmo ele me ignorando e não olhando para mim, ficamos assim por uns 10 minutos, enquanto Edu olhava fixo para o soro que pingava a todo instante levando algum medicamento para a corrente sanguínea dele eu o olhava e continuava segurando e acariciando sua mão.

- eu nem sei ao certo o que está acontecendo com você, mas sei que esse momento deve estar sendo muito difícil - falei quebrando o silêncio.

- como assim não sabe o que está acontecendo - Eduardo perguntou.

Destinos Cruzados                (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora