Capítulo 116

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Maiara

"Nessa vida nem tudo é como a gente quer, as coisas acontecem na hora e no momento certo, saibamos esperar..."

Imaginar que eu poderia estar grávida a princípio foi um baque, mas só de imaginar que eu poderia estar carregando um bebê fruto do meu amor com Eduardo eu fiquei mega feliz. Quando eu me tranquei naquele banheiro para fazer o teste eu tinha certeza que eu estava grávida, a minha felicidade era tão grande que antes mesmo de saber o resultado do teste eu tive vontade de ir acordar meu noivo e dizer que ele seria pai, mas ainda bem que me contive e não fiz essa besteira, porque senão a decepção seria dupla.

Chorei muito no colo da minha irmã e ela como sempre foi a melhor pessoa do mundo, me amparou e me deu toda a força e amor que eu precisava nesse momento, depois de horas ali deitada no colo dela eu me levantei e decidi que eu iria seguir como se essa ilusão não tivesse acontecido. Paguei os testes no banheiro da minha irmã e joguei tudo dentro da sacola da farmácia onde minha irmã comprou, acabei guardando até mesmo teste que eu já tinha feito.

Voltei para o quarto do Eduardo e ele já não estava mais dormindo e nem no quarto o que foi um alívio para mim, pelo menos Eduardo não iria me ver com a cara inchada de tanto chorar, guardei os testes dentro da minha mala que estava vazia, pois minhas roupas estavam no guarda roupas do Edu, aproveitei e fui tomar banho antes que o Edu entrasse no quarto, durante o banho foi inevitável não chorar ainda mais, minhas lágrimas rolavam junto com a água do chuveiro. Foi tudo tão rápido, primeiro a suposição da Maraisa, depois eu concordei que ela poderia estar certa, um certo desespero me bateu naquele momento mas logo em seguida eu fiquei tão feliz com a hipótese se estar grávida que eu comecei a achar que realmente eu estava grávida mesmo, o resultado do teste negativo foi um balde de água fria nas expectativas que eu criei nesse curto espaço de tempo. Sai do banheiro vesti uma roupa e me deitei eu queria e precisava ficar um tempo sozinha, me controlei para não continuar chorando mas meu pensamento era naquele maldito teste negativo, não passou muito tempo e eu escutei a porta do quarto se abrindo, fechei os olhos e fingi que estava dormindo, Eduardo veio até mim, e viu que eu estava dormindo ele me fez um carinho no rosto e eu quase não consigo me controlar, por pouco não começo a chorar novamente, a minha sorte era que o quarto estava escuro pois as cortinas estavam fechadas e Eduardo logo saiu também, assim que eu escutei a porta se fechando novamente algumas lágrimas rolaram pelo meu rosto, fiquei ali com as minhas lágrimas e com a minha dor e acabei dormindo.

Fui acordada por Eduardo já na hora da janta mas eu disse que não estava com fome e que estava com muito sono, ele insistiu que eu fosse jantar com todo mundo mas eu fiz manha
e ele me deixou ficar no quarto mas com a condição que eu comesse aqui mesmo, assim foi a minha noite, comi no quarto mesmo e dormi logo em seguida.

Os próximos dois dias foram uma correria, de manhã eu ia com o Eduardo para o hospital, enquanto ele fazia a radiorerapia eu ficava conversando com a Suzana e brincava com a pequena Alice, resolvi fazer um vídeo junto com a Alice pedindo que todo mundo ajudasse, doando sangue ou se cadastrando para ser um doardor de medula, a campanha graças a Deus tomou grandes proporções e várias pessoas estavam doando sangue e se cadastrando para ser doador de medula, agora eu iria achar uma forma de ajudar Suzana a manter os filhos, mas percebi que ela era uma mulher que não iria aceitar ajuda financeira sem que ela pudesse retribuir de alguma forma, então eu estava quebrando a cabeça pensando em como ajudar ela e ela pudesse "retribuir" a ajuda.

A rotina do Eduardo estava voltando ao normal, os efeitos colaterais que ele sentia pareciam estar mais brandos e ele decidiu que iria voltar a trabalhar no restaurante. Ao meu ver depois que ele contou para a família dele sobre a doença ele começou a se sentir melhor, eu estava muito feliz e confiante que tudo iria dar certo mas eu não saía do lado do meu noivo por nada. Notei que Maraisa e o Gustavo nos últimos dias estavam aprontando alguma coisa, pois bastava um dos dois receber um telefonema que eles saiam logo depois, mas com toda essa correria que andava minha vida eu esqueci até de perguntar o que minha irmã e meu cunhado estavam aprontando.

Destinos Cruzados                (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora