I need you

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  - Você já sabe. – Ela levantou as mãos acorrentadas e eu sabia exatamente o que ela queria dizer.

- Nem que eu morra, eu te tiro daí! – disse desaparecendo em minha fumaça roxa, indo para casa de minha irmã.

§

É incrível como até a pessoa mais orgulhosa do mundo pode ser dobrada, pelo amor.”

Bela dama / Coraline e o mundo secreto.

Sim eu já assisti Coraline com meu filho, foi o primeiro filme de terror que ele viu, diga-se de passagem, que para uma criança tão pequena ele era bem forte para esses tipos de filmes de terror psicológico. Mas me questiono até hoje se foi por causa desse filme que ele foi atrás de Emma, sua mãe biológica, é claro que teve toda a influência do livro que Mary deu para ele. Mas não sei, desde aquele  ele ficou um pouco paranóico comigo, é claro que hoje não é mais assim.

§

Eu realmente não menti para Emma, ou melhor, todos que estavam lá. Fui de verdade à casa da minha irmã  Zelena, que a muito tempo, pelo menos para mim, não a via, nem conversava. Por uma coisa tão boba que a deixou magoada. É quaro que por mim isso não teria abalado nossa relação, mas ela não pensa assim, então eu tenho que tomar a frente e dizer que eu fui idiota. Talvez eu escreva essa palavra no meu diário.
É, nem tudo é fácil. Lá estava eu, na porta da casa dela, esperando pelo nada, só não tinha coragem de bater na porta. Fui tão idiota com ela que eu realmente iria entender se ela não quisesse mais me ver. Minha mão estava quase prestes a bater na porta, minha respiração acelerada,  enquanto meus olhos fixo na porta, insistem em falar bate, é só bater.
Minha mão estava pesada, não conseguia bater na porta da minha própria irmã.

— Caralho, pra julgar mal a sua irmã, você presta, não é, sua imprestável. - sussurrei para mim mesma.
Novamente tentei bater na porta, mas dessa vez não foi preciso, Zelena mesma abriu, me surpreendendo com sua presença repentina.

Ela me olhou de cima a baixo com aqueles olhos verdes claros, me julgando como se eu fosse uma vadia. Realmente ela não estava com uma cara muito amigável, era compreensível, mas também doido para mim.

Ela estava usando uma calça preta, que mais parecia um "pijama", uma blusa verde escuro, seus cabelos estavam amarados e sua feição transmitia sono.

‘Acho que a bebê deu trabalho para ela essa noite’

— O que você quer? - falou num tom que demonstrava toda a sua insatisfação, com aquela pitada clara de indiferença. Zelena as vezes era muito temperamental.

— Vim falar com você, já faz quase um mês... E... Eu... - Não sabia o que fazer, estava muda, e ela estava bem brava.

— Mas eu não quero falar com você, irmãzinha. Eu realmente não preciso de você, posso viver minha vida como se nunca tivesse te conhecido, então vai embora. - Falou irritada, seus olhos estavam marejados, suas bochechas começando a rosar enquanto ela apertava os dedos da mão, como se estivesse se segurando para não me socar.

 — Vai lá com sua familiazinha perfeita, vai, BANDO DE FALSOS!!! – Seus gritos vieram seguidos de um choro sôfrego, ela realmente não ficou nada bem depois da nossa briga, não achei que tinha a afetado tanto.

— Você se finge de santa, Emma de heterossexual e o pequinês de inocente, mas vocês não me enganam, não mais. Não quero fazer parte desta família de malucos...

— Zelena, por favor me escuta! - Gritei sem querer. 

Flashback: A ACUSAÇÃO

quando a felicidade date na portaOnde histórias criam vida. Descubra agora