De todos, Eijiro era o único capaz de lhe tirar daquele abismo, sem jamais abdicar de seu posto de guardião ou desistir de si.
E era justamente esse o problema, Katsuki sentia que estava prendendo o amado em uma relação sem futuro, atrelando-o a um...
Olá fofuras. A fic vai ter nove capítulos e está prontinha. Exato, pronta sim, sim senhor, todos escritos e precisando de revisão, mas eu vou liberar aos poucos, ok? Espero que curtam!
Sobre o significado do verbo abnegar, o que utilizei para o nome da fic, creio que com o desenrolar da trama vão perceber que os dois conceitos se aplicam a situação.
Abnegar
verbo
1. transitivo direto e pronominal
renunciar a (os próprios interesses e/ou as tendências naturais) ou sacrificar-se em benefício de outrem ou em nome de uma ideia, de uma causa.
"abnegou a vida de prazeres para lutar pelos grandes ideais"
2. transitivo direto
não admitir, não aceitar; lançar fora, desprezar.
"abnegava a injustiça e a impiedade"
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Mais um dia de trabalho para Katsuki. Ele derrotaria vilões, salvaria pessoas e quando o expediente findasse poderia curtir a presença do marido, dormir ao se lado, abracá-lo e se rejubilar em sua companhia.
A menos foi o que imaginou que aconteceria.
Na verdade aquele seria o seu último dia de trabalho.
Duas horas depois do início da ação, os heróis foram convocados para um resgate em um prédio supostamente abandonado. Algumas pessoas encontravam-se dentro da construção em pedaços que corria risco de desabar a qualquer momento.
Katsuki se apressou e, assim que entrou no prédio — temeroso pelo desabamento, porém controlado e convicto de sua obrigação, concentrando-se em seu objetivo — ouviu um choro lamurioso e alto que o levou a um dos quartos.
Havia uma pequena garotinha no cômodo, de talvez uns sete ou oito anos, apegada a um ursinho de pelúcia que trazia junto ao peito. Cuidadosamente Katsuki tentou se aproximar para acalmá-la.
— Eu vim te resgatar, não precisa chorar. — tentava soar calmo, mas a estrutura do prédio vibrando abaixo de si o deixou ansioso. Provavelmente seu olhar não foi dos melhores, pois a menina recuou assustada.
Havia um enorme vão na parede atrás dela, como se alguém tivesse cavado ali. A pequena menina chegou bem na beirada e apontou para trás, e foi então que o loiro percebeu que havia alguém as suas costas.
Rapidamente conseguiu desviar do bastão de baseball que passou a centímetros de sua cabeça, agachando-se e acertando a lateral do corpo do homem com uma explosão. Assustada, a menina deu mais um passo e se desequilibrou.
No instante seguinte, sem pensar duas vezes, Bakugou se jogou atrás dela, impulsionando o corpo com explosões para chegar até ela e a pegar, girando com ela no ar e segurando firmemente seu pequeno corpo contra o seu. Sempre foi um herói ágil, capaz de rapidamente tomar decisões, mas daquela vez,. preocupado com a segurança da menina ele acabou se descuidando e perdendo segundos preciosos que resultaram em uma falha dramática em seus cálculos.
Instantes depois sentiu as costas baterem contra o mar de escombros abaixo de si, e a cabeça quicou com força deixando-o atordoado e sonolento. Sentiu a coluna estalar dolorosamente, próxima a região da lombar, seguido de um crec alto que o fez gritar de dor. A última coisa que percebeu antes da mente deslizar para o mar de inconsciência, foi Uraraka correndo para perto de si com o semblante apavorado, abaixando-se e pegando em sua mão. Os lábios dela se moviam porém não era capaz de ouvir ou entender o que ela dizia. Seus ouvidos zuniam horrivelmente e a visão estava ficando cada vez mais baça.
Ele precisava dormir.
****** Nem preciso dizer para se prepararem, não é?! Segurem o coração!
