Opening New Doors

1K 87 34
                                    

Notas Iniciais: E esse é o último capítulo que tenho postado.
Mas fiquem tranquilos que já estou escrevendo o próximo e logo chega atualização!!!!!
Capítulo cheio de babados uiuiui muahahaha 😒


Mas fiquem tranquilos que já estou escrevendo o próximo e logo chega atualização!!!!!Capítulo cheio de babados uiuiui muahahaha 😒

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  

    Olhos azuis faiscaram assim que o cavaleiro loiro atravessou os portões do castelo. O jovem mal se importou em entregar as rédeas de Kurama, seu fiel cavalo alaranjado para um dos servos que o aguardavam, já saltando do animal e caminhou com passos firmes para dentro do castelo, sem tirar a capa ou limpar as botas sujas de lama.
    Os servos ainda acordados aquela hora beirando a madrugada saiam do caminho pelos corredores, alguns indignados pelo chakra furioso vazando pelos poros do rapaz, outros apenas balançando a cabeça e continuando com seus últimos afazeres do dia, já tendo visto o príncipe daquela mesma forma dias atrás... Alguns corando e piscando olhos desejosos, sentir a presença de alfa forte enchendo o palácio real fazia muitos dos servos mais recatados até se esquecerem que o príncipe já era comprometido.
    Porém para Naruto, tudo o que girava em sua cabeça era o seu belo e complicado parceiro.
     Desde o dia anterior quando ele teve aquele encontro fatídico com o Uchiha, palavras estavam entaladas em sua garganta, o impedindo de dormir ou sequer funcionar direito, nem uma caçada animada liderada por seu estimado Iruka-Sensei havia conseguido fazer o turbilhão rondando sua cabeça se silenciar.
    Não havia confrontado sua mãe como queria. Não havia encontrado um motivo plausível para tal, Kushina andava tão atarefada com os preparativos do casamento, e também sabia no fundo que sua mãe não havia de ter pedido o tal exame com nenhuma má intenção, conhecia a mãe e sabia que ela só queria o melhor para si e para todos a sua volta.
    Porém o gosto amargo deixado pelo o que Sasuke havia dito ainda ardia forte no fundo da sua garganta.
    Como ele poderia pensar que apenas o queria para ter um herdeiro?! Isso era inconcebível, o ômega era seu destinado, a outra parte que lhe completava e com toda certeza muito, muito mais do que "uma parideira"!
    Naruto só não conseguia ver ou entender o que fazia o Uchiha se sentir daquela forma, por que o fato de lhe dar um filho parecia ser tão abominável para ele, era isso que ômegas sempre queriam não é? Um alfa, uma boa casa, construir uma família, segurança, estabilidade, amor...
    E tudo isso ele poderia dar a Sasuke, então por qual motivo a equação ali não parecia bater?
    Naruto bufou, despachando sem muita atenção o beta que perguntou se gostaria que servissem seu jantar. Estava sem fome, só queria deitar e conseguir descansar toda a fadiga que se acumulava em seus ombros, claro depois de um bom e longo banho.
    A ala onde o quarto do príncipe era localizado estava silenciosa e vazia, o corredor ilumina por alguns poucos candelabros. O herdeiro Namikaze colocou os braços atrás da cabeça, sacudindo a mesma para tirar os cabelos suados da testa... Até estacar.
    As pupilas se dilataram, quase encobrindo todo o azul céu. Naruto aspirou o ar, sentindo um arrepio subir por sua coluna, e um rosnado ficar preso em seu peito.
    O cheiro forte de ômega empestiando os arredores. E o alfa sabia exatamente de onde vinha.
    Naruto deu alguns passos, estreitando os olhos e seguindo a presença do ômega. Seus dedos se apertaram em punhos.
    Pois sabia que seja lá quem fosse que havia ousado invadir seu quarto... Não era Sasuke.
    Alguém estava entrando no cio no seu quarto, mas não era o seu parceiro.
    Ao parar na porta, Naruto conseguia sentir o chakra que o atraia como um ímã, porém o príncipe só conseguiu sentir raiva ao absorver o cheiro de lavanda. Era familiar, mas ele não conseguia entender o motivo.
    O príncipe empurrou a porta sem cerimônia, afinal estava em seus aposentos e pretendia expulsar mais que de imediato o ômega desaforado que havia tido a coragem de invadir seu espaço...
    Até encontrar suas jóias azuis com aqueles olhos tão conhecidos, banhados em lágrimas.
    - Hinata? — Engasgou de surpresa e por sentir outra onda do perfume forte, anunciando o cio da moça.
    A Hime estava sentada sobre a cama enorme, uma espécie de manto vermelho profundo cobrindo seus ombros, mas se abrindo para mostrar as coxas bem feitas e pálidas, macias e suculentas...
    Naruto puxou o ar sentindo um calor se espalhar por todo seu corpo.
    - O que faz aqui?! — Sua voz saiu falhada.
    - Naruto-Kun... — A menina soluçou, erguendo o olhar para o rapaz ainda parado na porta. — Por favor. — Suas mãos tocaram a pele delicada de suas coxas, subindo...
    - Hinata, ouça, você não poderia estar aqui, não desse jeito. Não sei como conseguiu passar pela guarda a uma hora dessas, mas precisa voltar a sua casa. — Naruto fechou a porta, olhando alarmado em direção as vidraças enormes porém fechadas no outro lado do quarto.
    - Nã-não... — E Hinata se levantou, o manto escorregando mostrando um ombro leitoso e parte de um seio farto. — Eu preciso de você, Naruto-Kun... Quero que seja você.
    O Uzumaki arregalou ainda mais os olhos, ignorando as reações que a presença de Hinata causavam no seu corpo.
    - Você só pode estar fora de si, Hinata-Chan, precisa voltar ao distrito Hyuuga! — Passou as mãos nervosamente pelos cabelos. — Vou arranjar alguém para a levar de volta...
    - Naruto me ouça! — Os dois ficaram surpresos ao ouvir a voz da garota sempre tão reservada se elevar. A princesa Hyuuga deu alguns passos, sentindo seu corpo responder a presença do alfa.
    Naruto, o seu príncipe.
    - Meu pai encontrou outro noivo para mim, mas não quero que ele seja o meu primeiro. Eu lhe peço, lhe imploro Naruto, tem de ser você. Você que sempre foi dono do meu coração e querer desde que nascemos. Esperei anos para ter a você e lhe dar aquilo que me era mais precioso... — Ela soluçou visivelmente desesperada, focando sua vista embaçada no loiro paralisado. — Quero que seja você Naruto, nem que seja apenas por uma vez. Me tome Naruto, pelo menos por esse cio.
    - Deuses, Hinata. — Naruto sacudiu a cabeça. — Enlouqueceu? Eu já tenho um ômega marcado, destinado a mim!
    - Destinado?! — Hinata sibilou, os olhos quase brancos se tornando arroxeados. — Sasuke Uchiha, lembra-se como até ontem fazia pouco dele, o tratando apenas como um ômega sem modos e antipático?! 
     - Isso foi antes, Hinata...
    - E eu, o amei desde sempre, desde que éramos crianças. Era a você que dediquei tudo o que fiz, pois você sempre foi prometido como o meu príncipe, o alfa a quem eu deveria confiar o meu destino!
    - Eu... — Naruto engoliu em seco, sentindo a culpa correr como um veneno por seus pensamentos. — Eu sinto muito.
    Hinata balançou a cabeça, cabelos negros se desalinhando e desprendendo o odor doce do cio.
    - Não sente. Pois agora está feliz, pois agora é a ele quem você deseja. Ele quem se deitara na sua cama e será nomeado como o príncipe consorte. — Ela chorou com mais força. Dizendo tudo o que prendia no mais fundo do seu coração. — A mim apenas resta a humilhação de ter sido deixada, rejeitada pelo príncipe... Dada em casamento a o próprio primo.
    Naruto sentiu o coração pular uma batida. Tentando entender sobre a névoa que parecia cobrir seus sentidos.
    - Vai se casar com Neji? — Perguntou se afastando de Hinata. Precisava colocar a mente no lugar.
    Mas os dedos suaves se fechando em seu pulso o fez congelar.
    A Hyuuga se prostrou em frente ao príncipe de Konoha. Prendendo aqueles olhos tão azuis nos seus. Sentiu uma nova onda de fogo subir por seu ventre, e sem pensar mais, se afastou e deixou o manto cair no chão atapetado aos seus pés.
    O corpo cheio de curvas se expondo em frente aos olhos tão belos do alfa que deveria ser seu.
    Naruto parecia petrificado no lugar, como se estivesse vendo algum tipo de assombração.
    - Me tome Naruto, é o que lhe imploro. Faça-me sua ao menos por agora. 
    - Eu não posso. — O herdeiro da vila negou com a voz rouca, mas não se moveu um centímetro quando a dama segurou sua mão.
    - Pode, por favor. — Hinata se colocou nas pontas dos pés, soluços e excitação a fazendo tremer. — Por favor, Alfa. — Levou a mão amorenada até seu peito, tocando as pontas dos dedos quentes por seu seio, enquanto desprendia a capa do garoto.
    Hinata gemeu com abandono, Naruto grunhiu sufocado.
    - Por favor, Naruto. — Desceu sua mão em conjunto a do alfa Namikaze. — Me tome, me faça mulher...
    O ventre dela era reto e ficou arrepiado ao sentir aquela mão grande o tocando. Hinata puxou o ar, trazendo o perfume cítrico do príncipe.
    - Me ame...
    Naruto segurou os ombros dela a afastando. Tudo tão rápido que a Hime se sentiu enjoada com os movimentos.
    - Não posso Hinata, já amo outra pessoa. — O príncipe recuperou a pose imponente. Os olhos cor de céu livres daquela névoa. — Vou arranjar alguém que a leve em segurança para sua residência. E quando tiver em seu juízo perfeito, conversaremos sobre seu noivado com Neji.
    Hinata tremia, sendo sacudida pela excitação em níveis altíssimos, nublando cada pensamento certo, sentindo se afogar em humilhação e vergonha por mais uma vez estar sendo rejeitada sem um segundo de hesitação por Naruto Uzumaki Namikaze. A tristeza por estar se prestando a o papel ridículo de estar nua, necessitada e oferecendo tudo a um alfa que sequer cogitava a ideia de a tocar, a fazendo sentir uma escuridão que jamais achou habitar em si própria borbulhar e escorrer para fora.
    - Você não o ama. — Sussurrou. — Acha que ama porque ele lhe deu facilmente aquilo queria, pois vem dos antigos dizerem que destinados detém o apreço um do outro. Mas você não o ama... Não poderia amar alguém que nunca poderá lhe marcar de volta, pois é seco e incapaz de lhe dar um filho, amaldiçoado.
    E de novo, o movimento foi muito rápido. Em um segundo, Hinata sentia o pescoço ser comprimido, a deixando mole e sem reação.
    Naruto tinha olhos escuros, perigosos e assustadores, seu rosto retorcido em fúria...
    A lenda da raposa que vivia dentro de cada Uzumaki nunca lhe pareceu tão verdadeira.
    - Não ouse se referir a Sasuke dessa forma baixa novamente. — A voz dele era baixa e tão gelada quanto a Hyuuga jamais imaginou ouvir vinda do sempre doce Naruto. — É o meu ômega e não admito que você nem ninguém o trate assim, entendeu?
    Hinata afundou os dedos no pulso do alfa que prendia seu pescoço. Sentia a ponta dos pés saindo do chão devido a força com que Naruto a segurava.
    O medo se misturando a excitação correndo como um veneno por suas veias.
    O alfa arregalou seus olhos azuis ao ouvir o som quebrado vindo da Hime. Soltou o moça, estremecendo ao ver ela cair sobre sua cama, puxando o ar com força e mais pálida do que sempre.
    - Dattebayo. — Rosnou sentindo raiva de si próprio. 
    - Naruto-Kun se meu pai souber que vim até aqui, estarei perdida e nem Neji irá me querer. — Hinata tentou colocar para fora com a voz falhando.
    Naruto passou as mãos pela cabeça e sem olhar para Hinata outra vez, deixou o quarto.
    A pobre moça o que restou foi afundar o rosto na cama com o cheiro do alfa. Se dando conta do quanto a ideia de ir até o castelo tinha sido errada, claro, como esperar que o nobre príncipe aceitasse a proposta descabida que era a desonrar. Sabia que Naruto, o bondoso e gentil alfa, nunca concordaria com isso.
    Mas em meio a o desejo que o cio trazia, só conseguia o querer mais e o desespero de que essa seria a única chance de se entregar a Naruto a fez criar coragem de se prestar a vergonha de subornar servos para conseguir estar no quarto do príncipe.
    Se sentia humilhada, mas não só pela rejeição de Naruto, essa por mais dolorosa que fosse já era de se esperar. Sim pela atitude que havia tido. Manchava o nome dos Hyuuga. 
    Era uma vergonha para o clã.
    Naruto voltou ao aposento, acompanhado por uma senhora de cabelos brancos e beta. Sentiu o coração pesar ao ver Hinata encolhida entre seus lençóis e observou em silêncio a chefe da cozinha ajudar a moça a se levantar e se cobrir novamente com o manto grosso antes largado no chão.
    Nenhum dos dois fez contato visual.
    O príncipe acompanhou a Hyuuga cautelosamente pelo corredor, saindo do castelo pelo lado norte, já vendo a carruagem preparada a esperando.
    - Direto ao distrito Hyuuga. — Lançou um olhar para os dois guardas que levariam a garota.
    Ambos bateram continência obedientes, bem, quem não seria obediente com uma ameaça enérgica do próprio príncipe de irem para a forca caso sequer olhassem para a herdeira Hyuuga ou deixassem que a visita noturna dela, em pleno cio, fosse descoberta?
    Naruto respirou fundo, trazendo o perfume de lavanda ainda forte de Hinata. Fez um aceno grato para a senhora e se aproximou da Hime visivelmente aterrorizada.
    - Sinto muito Hinata, realmente sinto, por tudo. — Disse baixo mas sinceramente. — Nem eu, como ninguém aqui iremos dizer uma palavra sobre o que aconteceu. E quando você estiver melhor, juro que vou lhe ajudar com o seu casamento, não vou deixar que se case com Neji. — Abaixou a cabeça.
    Hinata entrou na carruagem, abraçando a si mesma e deixando as lágrimas escorrerem. Queria dizer que era ela quem sentia muito, que se arrependia de ter ido até ali, de ter o feito a ver em um estado tão deplorável, e por ter dito aquelas coisas horríveis sobre Sasuke Uchiha.
    Mas apenas conseguiu olhar nos olhos claros de Naruto, rezando para que só com aquilo conseguisse o fazer entender tudo o que não conseguia por em palavras.
    Quando a Hime partiu, Naruto finalmente conseguiu respirar direito. Levando os dedos aos olhos e se sentindo tão cansado que mal conseguia ficar em pé. Só queria dormir e fingir que aquilo tudo não passava de um pesadelo... 
    Seus dedos quase que involuntariamente desceram para tocar a base do seu pescoço, exatamente onde sabia que estava a marca de Sasuke. Onde a sua um dia também iria estar.
    Um dia...
    O príncipe se colocou a voltar em silêncio para dentro do castelo.
    Falhando em ver o vulto de longos cabelos vermelhos em uma das janelas no andar de cima.

DestinedOnde histórias criam vida. Descubra agora