25. Pra Sempre

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Capítulo 25 Pra Sempre

Bella

Eu sentia náusea e uma impressão de vertigem, senti meu corpo voltando ao normal, mas eu não conseguia fazer nada, a cada espasmo de dor que tinha eu me contraia, na esperança de não perder meu bebê, mas era inútil. Edward me levava para a casa deles, eu falava pra ele ir mais rápido, mas era como se ele não me ouvisse, e tudo começou a girar a minha volta, minha vista escureceu novamente e meu cérebro parecia que tinha expandido, sendo comprimido na cabeça. Uma facada dentro de mim me avisou que era tarde demais, meu bebê estava morto.

E eu já não estava mais ali, não com Edward não na casa deles. Era outro lugar um lugar escuro, eu me sentia perdida, e entrei em pânico por um instante, ai foi como se eu pudesse senti-lo ali comigo, mas não era mais ele, não de verdade, eu sabia que ali não era meu lugar, mas não conseguia evitar desejar estar ali com ele o meu bebe. Fracamente como se estivesse do lado de fora da casa dos Cullens eu escutava os gritos de Jake, focalizei minha atenção ao som, era como um apoio, no fundo da minha mente eu sabia que ele sofria, mas era uma dor física, nada comparado ao que eu sentia no momento, eu queria só mais uns momentos.

Mas ele ia embora, e eu tinha que ir junto era a mãe dele e precisava cuidar do meu filho, a escuridão se tornou cinza e gradualmente irisdiscente, eu me movia mais rapidamente para uma luz forte e ardente como o sol, mas eu me sentia fria como o gelo. E senti a pior dor que já tinha sentido na vida, e o grito que dei não fez som nenhum, e eu estava num vazio profundo, frio e negro. O vazio negro era amedrontador, mas não era pior que a desolação que senti em meu ser. Ele tinha ido, para sempre.

Tentei ouvir os gritos do Jake, mas eram como uma lembrança apagada, mas eu podia jurar que escutava meu nome, me concentrei nisso, e sim estava lá de novo meu nome sendo chamado, com insistência, com grande necessidade. Ouvi outro barulho um baque que me fez ser atraída para o som, eu estava próxima, e com clareza pude escutar meu nome sendo gritado com angustia e necessidade e amor esmagador. Eu era puxada, a força do chamado não podia ser negado. Era um chamado poderoso.

Eu vi meu corpo imóvel, pálida quase cinza de costas um homem moreno me abraçava, me segurando, senti um empurrão. E eu era eu novamente, abri minhas pálpebras, o rosto de Jake a centímetros do meu inclinado em cima de mim, suas mãos apertando forte meus braços. Jake tinha nos olhos um medo intenso que se diluiu em alivio, eu tentei falar, mas minha língua estava uma pasta, eu sentia frio e estava gelada.

_ Nunca mais faça isso comigo, prometa que nunca vai me deixar novamente. – Jake disse numa ordem, eu via a sombra do medo que ele sentiu ainda nos olhos.

_ Eu prometo nunca mais fazer isso. – minhas palavras tinham duplo sentido, eu nunca mais queria ser um espírito, porque eu sabia bem o que tinha acontecido como as lendas, eu podia me separar e ficar em espírito, mas a dor e angustia disso não compensava. Carlisle por fim conseguiu separar Jake de mim, Edward nos olhava aliviado, e eu senti um calor e adormeci.

...

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Já faziam três dias desde a batalha, minha perna se recuperou rápido, dois dias no gesso e ela já estava boa, Jake ficaria mais dois dias em repouso, Alice deu alguma desculpa para meu pai, hoje era a primeira vez que dormia sozinha desde que eu e Jake ficamos juntos. Eu não falei com ninguém Billy tinha ido mais cedo buscá-lo na casa dos Cullens e olhar para qualquer um deles era doloroso, eu via a cara de choro de Rose e Esme, até Edward sofria, mas o pior era Jasper, ficar ao meu lado doía nele, eu via. Porque eu sofria calada, mas sofria, meu sonho foi tirado de mim, no fim Victoria conseguiu sua vingança, levando junto meu bem mais precioso.

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