20. love u, goodbye

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Y O U N G J A E

Eu me sentia a pior pessoa do mundo ao fazer o que estou fazendo. Depois de passar a noite mais incrível da minha vida com o cara que eu jamais serei capaz de esquecer, estou saindo sem me despedir. Porque é isso que covardes fazem. E eu sou um deles.

Amar Jaebum anos atrás, foi jovem e bonito, quente e frio, foi difícil e doeu, ainda dói. Porque depois do que fizemos eu não posso mais negar, não tem como, eu vou amá-lo para sempre. Ele vai sempre morar num cantinho quente e bonito do meu coração.

Vendo ele ali deitado, os lábios em um biquinho fofo que eu tanto gostava de beijar, cabelos bagunçados e a respiração leve, eu tive mais uma das inúmeras certezas de minha vida. Amar Jaebum teve consequências.

Eu sei que preciso ir, tenho minha vida em Seul, caralho eu estou noivo! Eu não posso fazer isso, não é justo com nenhum dos dois.

Terminei de vestir minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto, o olhei uma última vez e saí de fininho. Procurei um papel em sua cozinha e escrevi um bilhete. Covarde, é isso que você é, Youngjae.

"Eu te perdoei a muito tempo. Mas não posso fazer isso com você, não é justo. O errado sou eu e também sou eu quem lhe pede perdão agora. Você se tornou um homem incrível, vai encontrar alguém incrível também. Eu vou sempre amar você, Jaebum. Seja feliz.

Youngjae."

Assim que saí de seu apartamento, deixei que as lágrimas caíssem. Era tudo o que tinha me restado para fazer, chorar.

Chorar por amar Jongin e saber o quão errado e podre foi o que eu fiz, por saber que ele merece alguém melhor que eu. Por amar Jaebum em níveis que nunca fui capaz de amar outra pessoa. Droga, eu me odeio.

E foi assim, como uma criança chorona, que fui para o único lugar onde eu sabia que me sentiria acolhido e que não iam me julgar. É como dizem "o bom filho a casa torna".

Ao estacionar meu carro em frente aquela casa, depois de tanto tempo, no mínimo me senti nostálgico. As lembranças dos momentos vividos ali, vinham como uma enchurrada em minha mente. E o maldito sorriso de Jaebum estava ali de novo, mas eu já havia acostumado, ele não iria embora nunca.

Corri até a porta que logo foi aberta por minha mãe, sem esperar me joguei em sues braços, sendo acolhido em um abraço quente e gostoso na mesma velocidade. Talvez eu precisasse de um colo de mãe para colocar as coisas em ordem na minha cabeça.

- Vem meu filho, vamos sentar ali no sofá.

Ela sentou numa ponta e deitei minha cabeça em seu colo, esticando meu corpo no restante do móvel. Com calma e carinho, ela acariciava meus cabelos.

- Eu traí o Jongin, mãe. Com o Jaebum. - falei baixinho e ouvi ela suspirar.

- Filho...

- Mãe, eu não consegui evitar, foi mais forte que eu, meu coração ainda é dele.

- Você não pode fazer isso com Jongin, não é justo com ele, meu amor. - sua voz era pacífica.

- Eu não sei o que fazer.

- Você sabe sim. Mas se quer minha opinião, peça um tempo. Coloque suas idéias e sentimentos no lugar, eu sei que você vai saber o que fazer, no fundo você sabe o que quer. Quem sempre quis.

- É tão difícil, mãe. - solucei.

- Eu sei, meu anjo. Vai ficar tudo bem.

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oioi, estamos nos aproximando do fim

alguma ideia do que vai acontecer? k k

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