Hospital

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P.ov. Damon

Conto até  5 após ter escutado ela dizendo ENTRE e abro a porta.
Não sei o que dizer, ou como agir.

-Oi! Você é a  Andy?

Sim, e esta aí é  minha bolsa? Ela diz apontando para mesma.

Estendo o braço  e coloco a bolsa em cima da cama, ela rapidamente a pega dizendo que precisa ligar para sua mãe.
- Ela já está a caminho, eu atendi seu telefone e disse que vc tinha sofrido um acidente e passei o endereço do hospital.

-Céus, ela vai me matar!

Como você está se sentindo? Pergunto.O médico disse que a pancada foi muito forte e que precisa ficar em observação até amanhã, mais não foi nada grave, vai ficar bem.

 Muito obrigada por ter me trazido até aqui, mais quando ao ficar bem, tenho muitas dúvidas, hoje seria um divisor de águas na minha vida, e foi tudo por água a baixo por causa deste acidente, perdi minha entrevista de emprego, e com ela se foram todos meus planos de morar longe da minha mãe, e ter uma carreira.

Ela despejou em cima de mim

Quando eu fui abrir minha boca para falar algo que nem sei o que era, talvez contar que a entrevista seria na minha empresa e que estava tudo bem remarcarmos entra uma mulher louca, com roupas escandalosas e maquiagem forte, gritando
-Andy, você está louca menina, ser atropelada no meio da Rua, bem hoje que eu estava indo viajar com o Peter, de novo você estragou tudo.

Fiquei inconformado, como pode uma mãe falar assim com a filha?
E ela continuou...

- Só liguei para falar que a chave iria estar na portaria e um desconhecido atendeu falando que você estaria aqui, isto é  papel que se preste?
Você sabe quanto custa este hospital, nem se eu vendesse um rim eu iria conseguir pagar para você estar aqui menina, não sei o que você vai fazer, você já  está bem grandinha para se virar.

Andy ouviu tudo calada e no final respondeu:
-Eu estou bem mãe, mais vou ficar em observação até  amanhã.
Quanto ao hospital não se preocupe que vou dar um jeito.

Eu quanto a "conversa" das duas fluía eu continuava no canto do quarto parado igual um dois de paus, sem acreditar nas palavras que saíram da boca daquela mulher.

Quando achei que já tinha escutado o pior ela lança:
- Já que vc está bem, vou indo o Peter está me esperando aí na frente e eu não sou louca de deixá-lo ir sozinho para Argentina naqueles cassinos incríveis e cheio de mulheres, me liga quando sair tchauzinho.

Como um furacão a mãe da Andy passou por mim, deixando a filha no hospital, acidentada, com um estranho no quarto e foi embora, provavelmente para viajar com o tal Peter, assim que ela saiu eu permaneci imóvel, sem reação após presenciar aquela troca de afeto em mãe  e filha.

Andy também não disse nada, e me surpreendeu ver que ela não estava abalada e nem triste, parecia que  aquelas palavras insanas não a tinham afetado como sua mãe gostaria que fizesse, ou talvez só pareceu!

Ela só  saca o celular da bolsa e faz uma ligação

-Alô! Juan!
Não vou poder te encontrar mais tarde...

Não  a entrevista não aconteceu...
Tudo bem!

Na verdade fui atropelada por uma moto e estou em observação...
Não precisa vir nao!
Hospital São João
Ok
Blz
Um beijo
(Fim da ligação)

E eu, continuava ali no quarto, e neste tempo descobri muitas coisas sobre Andy Peterson, que ela realmente era jovem, doce, tímida, meiga, tinha uma mãe louca, queria muito o emprego na Poke e o por fim e mais importante, ela tinha namorado e provavelmente ele estaria a caminho agora mesmo, tomo fôlego novamente e digo:
- Bom, acho que já vou indo.

-Ok! Muito obrigada mais uma vez senhor...

- Pode me chamar de Damon.

- Até  mais senhor Damon.

-AH! E Pode aposentar este senhor aí, estou me sentindo um idoso de bengalas.
Nós  dois irmos, e em um impulso, me aproximei da sua cama e lhe dei um beijo na bochecha e disse:
- Fique bem Andy

Quando me apaixonei!Onde histórias criam vida. Descubra agora