Capítulo 3

20 0 0
                                    

A viagem de avião foi bem cansativa.
Eu realmente me senti horrível dentro de um avião por quatro horas consecutivas.
Mesmo sendo primeira classe.

Pensando nisso, primeira classe para Israel nessa linha aérea não é barata. O clã do cavalo deve ter muita influência.

Fiquei curiosa em descobrir mais sobre esse 'mundo novo' que agora desconheço.
Quem são realmente esses Cavalos? Como vou saber se ela não quero o dossiê pra algum fim como os outros e está me usando?
Mas se eles só querem proteger o dossiê, por que insistiram em me levar?

Acho que isso tudo é o meu extinto de detetive.
Eu não achei que isso ainda existia em mim. Isso me fez sorrir.

Agora era pelo menos umas 3 da manhã e estávamos em um Corolla cinza correndo em alguma estrada de Tel Aviv em Israel.
A gente havia descido do avião mas não entramos no aeroporto em si. Pegamos outra rota por onde os aviões transitam com esse Corolla.
Provavelmente pra evitar qualquer transtorno com outro clã.

O clima aqui é bem mais frio do que eu imaginei que fosse.
Talvez fosse por ser manhã ainda.
O fuso horário é estranho.

Olhei pela janela do carro e não vi muita coisa diferente.
A paisagem era bem igual sempre. Montanhas secas e bem poucas árvores.

Nós estávamos numa pista literalmente no meio do nada.
A última construção humana que vi foi a uma hora mais ou menos.
Se essas pessoas estavam tentando me matar, este é o lugar perfeito.

Eu não aceitei ser um Cavalo lá em Londres.
Embora a oferta que ela me dera no departamento de investigação do clã fosse irrecusável, eu ainda tenho minhas dúvidas.
Mas eu aceitei em ajudar no que precisasse. Claro, há várias ressalvas quanto a isso.

Não aceitar o convite me deixaria parcialmente livre. Pelo menos até eu consegui entender o que é isso tudo que está acontecendo.
Pretendo investigar por mim mesma e ficar na defensiva por enquanto.

A Lia estava sentada na frente ao lado do motorista. E eu estava logo atrás sozinha e distraída em meus pensamentos.

-Dianna, eu preciso que você faça uma coisa.- disse Lia olhado para mim pelo retrovisor. -Como você não é do clã, eu peço que coloque essa venda. Você é uma detetive e nem preciso explicar porque.

A venda caiu macia no meu colo. Então a peguei e coloquei em meus olhos.

-Pronto?- disse ela. Eu apenas acenei com a cabeça.

De repente o carro fez um movimento brusco.
Me segurei na maçaneta de cima e firmei meu corpo na porta do carro.
Coloquei metade da minha mão para fora da janela do carro.
Eu estava atrás do banco do passageiro e com a mão para fora eu não senti o vento forte da velocidade do carro.
Se eu estivesse sentido o vento isso indicaria que a curva foi aberta, mas como eu estava atrás de Lia, isso significa que a curva foi fechada pendendo para o lado onde eu estava.

Então o carro virou para a direita.
E pelo movimento turbulento do carro, nós saímos da estrada.

Isso é ótimo. Posso ter uma ideia de onde eu estou e como posso sair.

O carro seguiu mas alguns quilômetros quando notei uma redução na velocidade.
O carro estava andando mais devagar e pelo meu corpo está se inclinando para trás, eu percebi que estávamos descendo algum tipo de ladeira.

A medida que o carro ia descendo, eu notei que a minha respiração ficou mais ofegante e mais gélido.

"Isso é algum tipo de câmara subterrânea. O que significa que eles não querem ser mesmo encontrados. Vai ser difícil me mover aqui, já que provavelmente tem guardas" pensei.

O Dossiê de Evie (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora