capítulo 5

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Dizer era fácil, mas chegar ao Egito não é como ir comprar cigarro no supermercado. Além do mais eu já tive aventuras demais pra um dia. Na minha mente, eu ainda estou processando a explosão no meu apartamento.

Eu e Lia estávamos numa pequena loja de conveniência. Ela pegava algumas comidas enlatadas e eu esperava ao lado do caixa. Um senhor de cabelos grisalhos assistia a TV quando fui pega pela reportagem.

“... A perícia diz que a explosão na noite passada em um apartamento no bairro de Londres foi causado por um raio que coincidentemente acertou o duto de gás...”

—Claro. Eles tem influência na polícia também.— disse Lia se aproximando com as latas.

—Acha que eles manipularam?— perguntei.

—Eu não arriscaria apostar que não.— disse ela colocando o dinheiro sobre o balcão —E é possível que até o serviço de mídia inglesa esteja sendo controlada por eles.

—Vocês são conspiradores?— Murmurou o velhinho desconfiado.

Lia apenas sorriu e saiu porta a fora. Eu a segui.

—E agora? Como a gente vai chegar ao Egito? E melhor, o que vamos fazer lá?— perguntei.

—La fica a maior parte do conhecimento sobre o próprio Egito que não tem na internet ou em qualquer biblioteca do mundo. — disse —Eu espero encontrar alguma instrução sobre o que fazer com o dossiê já que o clã foi corrompido.

— Certo, mas como a gente vai chegar lá?— insisti.

—Eu conheço uma pessoa que pode nos ajudar a chegar pelo menos no continente. Daí até o Egito se torna mais fácil. — disse ela se aproximando de um orelhão.

—Não sabia que essa coisa ainda existia.— brinquei.

—Exatamente nessas horas que um orelhão serve.— disse ela pegando alguma coisa no bolso.

“Se comunicar com  outra pessoa após um atentado a sua base secreta? Lógico que é pra isso que serve.” pensei.

—O que vai fazer?— disse.

—Vou garantir que somente duas pessoas vão ouvir a ligação.— Murmurou ela abrindo o telefone. Depois de algum tempo ela o fechou e fez a ligação. —flor de lis 36.

—O. K.— murmurou a voz grave do outro lado. —O sabugueiro está morto.

Depois disso ele desligou.

—Tudo certo.— disse Lis —Quer ligar pra alguém? Ainda temos dois minutos.

Peguei o telefone e a vontade de ligar pra Lis era enorme. Explicar o que aconteceu com nosso apartamento e todo o resto desde então, mas acho que a última coisa que eu quero é alguém me perguntando o que está acontecendo. Até mesmo porque eu não sei.
Disquei o numero do Yuri.

—Alô?!— disse ele.

—Yuri, sou eu, a Dianna.— respondi —Olha, sendo breve. Eu estou bem. Estou em Israel. A explosão no meu apartamento não foi um raio. Algumas pessoas estão me caçando e eu estou indo para o Egito. Não diga nada a ninguém sobre isso. Ok?

—Depois eu fico furioso e surtado, mas a princípio, o que vai fazer no Egito?— disse ele contendo a surpresa.

—Vou saber quando eu chegar lá. Mantenho contato. Até mais.— e desliguei.

***

O por do sol já tinha acabado a algum tempo. Eu e Lia estávamos na beira de uma rocha um pouco longe da cidade. Lia disse que era perigoso dormir lá. Eu concordo com ela, mas dormir no deserto sem cobertor não era das melhores ideias.

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⏰ Última atualização: Aug 29 ⏰

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