Capítulo 4

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Corri pelo corredor avermelhado pela sirene e apertando o dossiê embaixo do braço. Por um segundo me perguntei para onde eles foram em tão pouco tempo.

O corredores pareciam enormes. E sinceramente não sabia em qual deles virar quando parei em uma esquina tentando recuperar o fôlego.

O som alto de perigo tirava qualquer resquício de raciocínio que havia em mim.

De repente alguém gritou meu nome e quando me virei para o lado, vi que era a Lia que estava com Mike ao seu lado. Ele carregava um fuzil.
Me tremi um pouco.

-Dianna, você está bem?- disse ela ofegante. Sinalizando que ela estava correndo a pouco tempo.

-Me diz o que exatamente está acontecendo lá .- disse ignorando a pergunta dela.

-Parece que os serpentes nos encontraram.- respondeu ela pegando uma pistola de suas costas e me entregando.

-Mas como assim? Eles descobriram que eu estava com o dossiê?- disse pegando a pistola e colocando na cintura.

-Sim.- respondeu ela empunhando outra pistola e verificando se havia munição. -O problema é que eles souberam o dia e a hora exata que você estaria aqui. Quando estava lá, vi que eles pareciam bem diretos nos lugares que invadiam. Alguém daqui os informou sobre a sua chegada e há tempos sobre a estrutura do local.

Fiquei impressionada com a linha analítica da Lia. Mas com a sua expressão seguinte percebi que não iria ser tão fácil sair daqui.

-Vocês conseguem dizer mais ou menos aonde eles estavam?- perguntei.

-Entrando nas salas de monitoramento.- disse Lia.

-Ok. Como eles estão procurando em cada sala, isso quer dizer que não sabem em qual sala o dossiê pode estar. Isso é bom.- disse. -Ao contar pelo número de salas, temos pelo menos uns três minutos até eles chegarem nesse corredor.

-Sim. O problema é que esse corredor não tem saída. As únicas eles colocaram guardas.- murmurou Lia.

-Os dutos.- respondeu Mike de costa para nós. Ele vigiava o corredor.

-Isso mesmo Mike!- disse Lia eufórica. -Tem os dutos de ventilação. Eles não podem nos levar pra fora!

-Mas imagina como é a teia de dutos com uma estrutura deste tamanho que é o esconderijo.- disse desanimada.

-Tem uma sala onde tem todas as plantas do esconderijo. Seja interna ou externa.- disse Lia. -É possível que haja as plantas dos dutos de ventilação.

-Deixa eu adivinhar. Essa sala não está aqui do lado não né?- brinquei esperando a resposta que eu já sabia. Ela sorriu.

-Deixe que eu vou.- disse Mike.

-Não Mike. A gente não decidiu isso ainda.- murmurou Lia se virando para ele.

-Lia, não começa com isso.- disse Mike. -Você sabe o que a gente põe em jogo aqui. A gente renunciou a tudo por esta causa. Logo, está na hora de morrer por ela.

-Mike você não tem que fazer nada. A gente consegue de outra forma.- disse exitante. Ele riu.

-Eu não sou idiota Senhorita Dianne. eu sei o que fazer quando é preciso fazer.- sussurrou ele segurando firme o fuzil. -Mas não me entendam mal. Eu não sou a porra de um herói.

Então ele caminhou até sumir do nosso campo de visão. Eu não o conhecia, mas ainda assim senti um certo aperto no coração.

-Dianne temos que ir.- disse Lia tocando meu braço e me tirando do transe.

O Dossiê de Evie (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora