Capítulo 33

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Mia

Pedro era muito gato, era atencioso e estava se formando em medicina muita inteligência ali, mas não fazia meu tipo, Henrique não saia da minha cabeça um minuto. 
Ele me deixou em casa e quando ia me despedir ele roubou um beijo, e que beijo me deixou até sem ar. Correspondi, acariciei seu rosto enquanto ele entrelaçava a mão entre meus cabelos, parei com selinhos e ele me olhou sorrindo. 

Mia: a gente se vê.

Pedro: espero que logo – ele sorrio e entrei –.

Os dias se passaram rapidamente a organização para a festa da Nanda estavam a todo vapor, seria na casa dela. Era sexta-feira e a festa seria amanhã, fomos para a escola de manhã e passamos a tarde terminando os preparativos, já havia marcado salão e comprado nossa roupa tudo certo, nada daria errado amanhã. Resolvemos sair para jantar e já comemorar o aniversário dela, fui pra casa correndo me arrumar, tomei um banho e passei hidratante não demorou tanto para achar uma roupa, vesti uma calça cintura alta, um salto e um cropped que realçava os seios, coloquei algumas joias e peguei minha bolsa. Desci para esperar ela fora do condomínio e Barbara estava na varanda.

Mia: Babi tô indo, cadê meu pai?

Barbara: foi viajar – ela riu – reunião em BH.

Mia: sério? 

Barbara: sim, ele e a tal secretaria que ainda não conheço – falou pensativa e disfarcei –.

Mia: fica tranquila, é só trabalho – apertei a mão dela –  estou saindo pra jantar. Não quer ir? 

Barbara: vou ficar com a Manu, amanhã cedo marquei spa pra nós duas – ela riu –.

Mia: mimadas – mostrei linguá – qualquer coisa me liga.

Sai de lá super intrigada, queria muito ir pra BH só pra desmascarar meu pai mas esse final de semana não iria dar, queria ligar para o Henrique e esfregar na cara dele que eu estava certa só pra ver ele perdendo a aposta. 

Nanda buzinou e entrei no carro atrás já que Raphael também estava, ele ficava de gastação comigo e me perturbava por não estar com o amiguinho dele, chegamos no Outback e começamos a comer. Pedimos três copos de chopp e começamos a brincadeira, conversamos e rimos muito. Estava feliz em ver Nanda feliz com Raphinha ele também era um cafa, mas um cafa solteiro e isso bastava. Estava na segunda sobremesa e no terceiro copo de chope, estava me sentindo pesada mas continuei comendo quando menos espero Pedro me aparece por lá. 

Nanda: tá perseguindo? 

Raphinha: nem vem não vai sentar aqui não – falou baixo e rimos –.

Mia: para de k.o, o doutor é legal.

Raphinha: nem dele tu gosta Mia, não mete essa – ele riu –.

Pedro: Você por aqui – ele sorrio e beijou meu rosto e falou com os dois –.

Mia: comemoração do aniversário da Nanda – sorri –.

Pedro: não ia ser festa? 

Mia: pré comemoração – ri – a festa e amanhã.

Nanda: pode ir se quiser Pedro, só não leva sua mãe em  – ela riu e Raphinha revirou os olhos –.

Pedro: ela gosta de vocês po – ele riu sem graça –.

Ele sentou um pouco e graças a Deus foi embora logo, passamos no quiosque já era 02h da madrugada e peguei uma Stella amanhã estaria numa ressaca mas não queria nem saber, continuamos a beber.

Raphinha: tu não brinca em serviço não em.

Mia: aqui quem tá sou eu Raphinha – dei um último gole antes de secar toda a garrafa –.

Raphinha: vou ter que chamar Henrique pra dar um jeito nisso.

Mia: quer me foder? Me beija – rimos –.

Nanda: não apareça com ele amanhã em? Não quero b.o na minha festa. 

Mia: problema meu eu resolvo, e direitinho – pisquei e eles riram –.

Saímos de lá e eles foram me deixar em casa, antes passamos em um posto de gasolina para abastecer, estava dentro do carro quando vi uma Mercedes preta e a Dalila saindo de longe vi meu pai e não acreditei. 

Nanda: o que foi Mia? 

Não disse nada sai do carro e fui até lá, Maurício me olhou assustado e Dalila com a maior cara de vadia mal amada. 

Mia: que bonito em – ri e bati palma –.

Dalila: essa garota que foi no seu escritório. Quem é ela Maurício? 

Ele ficou quieto apenas me observando, vi que engoliu a seco e continuei de braços cruzados olhando para os dois.

Dalila: quem é ela? – falou mais alto –.

Mia: FIlHA DELE! – gritei e ela arregalou os olhos –.

Maurício ficou de todas as cores possíveis, Dalila me olhava com raiva e pra ele também. 

Mia: porque a cara de espanto? Secretariazinha de quinta. Vai me dizer que não sabia que ele tinha família? -eles ficaram em silêncio – tinha né? Porque depois disso – ri nervosa –.

Dalila: me leva embora daqui Maurício.

Mia: se você sair com ela daqui nem precisa voltar pra sua casa porque a Barbara ficará sabendo de tudo. 

Maurício: pega um táxi – tirou a carteira e sacou $200,00 –.

Dalila: Mas Maurício...

Mia: vaza daqui.

Continuei seria e ela saiu batendo o salto e todos olhando, olhei pra ele e balancei a cabeça.

Mia: quando penso em não me arrepender de ter ido morar contigo você me apronta isso né? Bem que a Babi tinha razão.

Maurício: não fala pra ela.

Mia: eu? Não, quem vai falar é você.

Entrei no carro do Raphinha e saímos dali, queria contar pra Barbara mas não iria me meter, ela fez isso com a minha mãe e simplesmente aconteceu a mesma coisa, eu queria resolver a minha vida e não passar por isso também. Eles me deixaram em casa e fui direto pro quarto, tomei um banho pra tirar aquele cheiro de cerveja de mim e coloquei uma camisola me joguei na cama e apaguei até o outro dia com Nanda me ligando pois havia perdido a hora do salão.

Coração de açoOnde histórias criam vida. Descubra agora