Mia
Pedro era muito gato, era atencioso e estava se formando em medicina muita inteligência ali, mas não fazia meu tipo, Henrique não saia da minha cabeça um minuto.
Ele me deixou em casa e quando ia me despedir ele roubou um beijo, e que beijo me deixou até sem ar. Correspondi, acariciei seu rosto enquanto ele entrelaçava a mão entre meus cabelos, parei com selinhos e ele me olhou sorrindo.Mia: a gente se vê.
Pedro: espero que logo – ele sorrio e entrei –.
Os dias se passaram rapidamente a organização para a festa da Nanda estavam a todo vapor, seria na casa dela. Era sexta-feira e a festa seria amanhã, fomos para a escola de manhã e passamos a tarde terminando os preparativos, já havia marcado salão e comprado nossa roupa tudo certo, nada daria errado amanhã. Resolvemos sair para jantar e já comemorar o aniversário dela, fui pra casa correndo me arrumar, tomei um banho e passei hidratante não demorou tanto para achar uma roupa, vesti uma calça cintura alta, um salto e um cropped que realçava os seios, coloquei algumas joias e peguei minha bolsa. Desci para esperar ela fora do condomínio e Barbara estava na varanda.
Mia: Babi tô indo, cadê meu pai?
Barbara: foi viajar – ela riu – reunião em BH.
Mia: sério?
Barbara: sim, ele e a tal secretaria que ainda não conheço – falou pensativa e disfarcei –.
Mia: fica tranquila, é só trabalho – apertei a mão dela – estou saindo pra jantar. Não quer ir?
Barbara: vou ficar com a Manu, amanhã cedo marquei spa pra nós duas – ela riu –.
Mia: mimadas – mostrei linguá – qualquer coisa me liga.
Sai de lá super intrigada, queria muito ir pra BH só pra desmascarar meu pai mas esse final de semana não iria dar, queria ligar para o Henrique e esfregar na cara dele que eu estava certa só pra ver ele perdendo a aposta.
Nanda buzinou e entrei no carro atrás já que Raphael também estava, ele ficava de gastação comigo e me perturbava por não estar com o amiguinho dele, chegamos no Outback e começamos a comer. Pedimos três copos de chopp e começamos a brincadeira, conversamos e rimos muito. Estava feliz em ver Nanda feliz com Raphinha ele também era um cafa, mas um cafa solteiro e isso bastava. Estava na segunda sobremesa e no terceiro copo de chope, estava me sentindo pesada mas continuei comendo quando menos espero Pedro me aparece por lá.
Nanda: tá perseguindo?
Raphinha: nem vem não vai sentar aqui não – falou baixo e rimos –.
Mia: para de k.o, o doutor é legal.
Raphinha: nem dele tu gosta Mia, não mete essa – ele riu –.
Pedro: Você por aqui – ele sorrio e beijou meu rosto e falou com os dois –.
Mia: comemoração do aniversário da Nanda – sorri –.
Pedro: não ia ser festa?
Mia: pré comemoração – ri – a festa e amanhã.
Nanda: pode ir se quiser Pedro, só não leva sua mãe em – ela riu e Raphinha revirou os olhos –.
Pedro: ela gosta de vocês po – ele riu sem graça –.
Ele sentou um pouco e graças a Deus foi embora logo, passamos no quiosque já era 02h da madrugada e peguei uma Stella amanhã estaria numa ressaca mas não queria nem saber, continuamos a beber.
Raphinha: tu não brinca em serviço não em.
Mia: aqui quem tá sou eu Raphinha – dei um último gole antes de secar toda a garrafa –.
Raphinha: vou ter que chamar Henrique pra dar um jeito nisso.
Mia: quer me foder? Me beija – rimos –.
Nanda: não apareça com ele amanhã em? Não quero b.o na minha festa.
Mia: problema meu eu resolvo, e direitinho – pisquei e eles riram –.
Saímos de lá e eles foram me deixar em casa, antes passamos em um posto de gasolina para abastecer, estava dentro do carro quando vi uma Mercedes preta e a Dalila saindo de longe vi meu pai e não acreditei.
Nanda: o que foi Mia?
Não disse nada sai do carro e fui até lá, Maurício me olhou assustado e Dalila com a maior cara de vadia mal amada.
Mia: que bonito em – ri e bati palma –.
Dalila: essa garota que foi no seu escritório. Quem é ela Maurício?
Ele ficou quieto apenas me observando, vi que engoliu a seco e continuei de braços cruzados olhando para os dois.
Dalila: quem é ela? – falou mais alto –.
Mia: FIlHA DELE! – gritei e ela arregalou os olhos –.
Maurício ficou de todas as cores possíveis, Dalila me olhava com raiva e pra ele também.
Mia: porque a cara de espanto? Secretariazinha de quinta. Vai me dizer que não sabia que ele tinha família? -eles ficaram em silêncio – tinha né? Porque depois disso – ri nervosa –.
Dalila: me leva embora daqui Maurício.
Mia: se você sair com ela daqui nem precisa voltar pra sua casa porque a Barbara ficará sabendo de tudo.
Maurício: pega um táxi – tirou a carteira e sacou $200,00 –.
Dalila: Mas Maurício...
Mia: vaza daqui.
Continuei seria e ela saiu batendo o salto e todos olhando, olhei pra ele e balancei a cabeça.
Mia: quando penso em não me arrepender de ter ido morar contigo você me apronta isso né? Bem que a Babi tinha razão.
Maurício: não fala pra ela.
Mia: eu? Não, quem vai falar é você.
Entrei no carro do Raphinha e saímos dali, queria contar pra Barbara mas não iria me meter, ela fez isso com a minha mãe e simplesmente aconteceu a mesma coisa, eu queria resolver a minha vida e não passar por isso também. Eles me deixaram em casa e fui direto pro quarto, tomei um banho pra tirar aquele cheiro de cerveja de mim e coloquei uma camisola me joguei na cama e apaguei até o outro dia com Nanda me ligando pois havia perdido a hora do salão.
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Coração de aço
Novela JuvenilEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia Capa: sophiadelrey • + 15 | O que fazer quando você tem apenas 16 anos, conhece um cara 10 anos mais velho e se apaixona? Morte de seus pais, ficar sozinha por um tempo, difícil em fazer a...