Capítulo 39

8K 625 11
                                    

Mia

Rique: sim, comprei ela hoje. Precisamos mobiliar mas fora isso é nossa. Você aceita? – ele segurou minha mão e segurei o choro –.

Mia: está cedo Rique – falei acanhada – não quero que tu enjoe de mim – ri –.

Rique: tá maluca é? Nunca iria aceitar você na casa da Nanda sendo que tem eu aqui, sendo que tem essa casa toda só pra gente. Não quero te forçar nada, se tu achar que não deve eu vou entender mas vem ficar comigo. 

Mia: essa cara de cachorro sem dono é demais cara – ri e abracei ele –.

Rique: isso é um sim? 

Mia: claro né Rique.

Ficamos sentados em um tapete que tinha na casa à noite toda imaginando como seria e como iríamos decorar tudo, parecia que eu estava vivendo um sonho. Fizemos amor à primeira vez na nossa casa e mal podia acreditar, saímos de lá as 4h da manhã e fomos para um hotel pelo menos para dormir, descansamos e acordamos por volta das 11h. Iríamos no advogado de Rique para fazer o pedido da minha emancipação, ele iria dar continuidade e iria nos ligar sei que não seria fácil, ou talvez o meu pai iria querer se livrar de mim de vez. O Natal estava chegando e fiquei impressionada por ninguém ter me ligado, havíamos comprado bastante coisa para a casa e o Natal seria na casa da mãe do Rique e confesso que estava com receio de ir. Faltava alguns detalhes ainda na casa, ia sair com a Nanda para comprar peguei um táxi e fui até a casa dela, fizemos um 10 lá e quando ia sair dou de cara com o meu pai.

Maurício: precisamos conversar.

Mia: Nossa, lembrou que tem filha? Ahh... passou tantos anos longe que até que voltou logo né? – debochei e ele não gostou –.

Maurício: recebi uma carta, você quer se emancipar? 

Mia: eu tô bem e você como está? E a Manu? Não estão maltratando ela né? Ahh, eu estou morando com o Rique sabia? Não vou ficar na casa da minha amiga incomodando já que a sua ex amante e agora atual esposa me colocou pra fora. E sim – respirei fundo – eu quero me emancipar e se você puder por favor assinar o que tiver de assinar e me livrar disso serei eternamente grata.

Maurício: é isso que você quer? 

Mia: é isso que a vida me obrigou desde quando minha mãe se foi. 

Nanda parou com o carro e dei um sorriso pra ela.

Mia: tô indo nessa tá.

Maurício: calma filha.

Mia: nem sei porque você me chama assim ainda. Sua filha se chama Manu – sorri triste –.

Entrei no carro e ela saiu de lá, encostei a cabeça no banco e soltei um suspiro que havia segurado todo esse tempo.

Nanda: tá tudo bem? 

Mia: tudo vai se ajeitar Nanda.
 
Nanda: tu sabe que não está sozinha né? 

Mia: graças a você e o Rique eu não estou – sorri –.

O dia do Natal chegou, era uma data que eu amava até a minha mãe ir embora pra sempre. Acordei por volta das 9h com o Rique me enchendo de beijos e com café da manhã na cama, para ele não existe mesmo.

Mia: vou te prender aqui no quarto em – rimos –.

Rique: não vou desacreditar porque né, falei que tu seria minha. Só minha. E olha só... 

Mia: aí convencido – ri e beijei ele –.

Rique: preciso ir nas lojas pra dar uma geral e animar mais o pessoal – ele deu aquele sorriso lindo e selou nossos lábios –.

Levantei da cama e coloquei uma roupa para malhar e desci para a academia do prédio que até personal disponível tinha, malhei até 11h e estava suando subi de volta e tomei um banho demorado, lavei meu cabelo pois não ia aguentar até a hora do salão coloquei um vestido e passei hidratante, fui direto para a cozinha e preparei um almoço simples e duas sobremesas para levar no jantar. Deu 15h30 Nanda passou lá para me buscar e fomos direto para o salão, nem queria tivemos nosso dia de princesa como de costume. Saímos de lá por volta da 18h50 e passamos na loja do Rique para buscar o vestido da Nanda, entramos e estava bem cheio assim que ele me viu não evitou de dar aquele sorrio que eu amo e foi até a gente. Me beijou na frente de todo mundo e arrancamos os olhares. 

Nanda: a melação em.

Rique: Raphinha vai pra lá e tu vai né? 

Nanda: minha família é vocês filho. Aguenta – rimos –.

Rique: vou fechar aqui já, estava só esperando vocês vim.

Mia: te espero então – sorri –.

Nanda: então vou indo e apressar teu amigo que é pior que eu. 

Nos despedimos e ela saiu, ajudei a fechar o caixa com a funcionária e saímos de lá as 20h30. Fomos pra casa juntos Rique foi tomar banho e fui me arrumar, coloquei um macacão vermelho e um salto alto, coloquei meus Acessórios e deixei o cabelo solto que estava com cachos nas pontas.
Rique saiu do quarto e eu estava na sala, ele ficou encantado quando me viu e nos beijamos. Ele pegou a chave do carro e me olhou de um jeito nada bom.

Mia: o que aconteceu? 

Rique: preciso passar na Roberta para buscar o Enzo.

Mia: vamos.

Rique: tu não se importa? 

Mia: não vou sair do carro, nem ver a cara dela – ri – mas vou contigo sim. 

Rique: por isso que eu te amo.

Mia: você o que? – fiquei de todas as cores, pensei que iria desmaiar de tanta surpresa –.

Rique: te amo, minha marrenta.

Mia: me ama? 

Rique: claro. Tu é madura Mia, pra sua idade então meu Deus.  – ele se aproximou e acariciou meu rosto – tô contigo e não abro mão. 

Mia: eu então? Preciso nem falar né? – rimos e nos beijamos –.

Saímos e passamos no AP da Roberta aquela situação me incomodada um pouco confesso mas não posso me apegar já que é comigo que ele está. Quando menos esperei Rique saiu com o Enzo no colo e ela toda arrumada, virei para o lado e fingi que não estava vendo. Rique foi em direção o carro e colocou Enzo atrás e ele entrou logo em seguida.

Rique: falou Oi pra Mia filho? 

Enzo: Oi tia Mia – falou todo fofo –.

Mia: Oi lindeza – virei pra trás e mexi com ele brincando –.

Fomos conversando sobre tudo e Enzo era bem espertinho para a idade dele, chegamos na casa da Claudia e estava um pouco aflita ainda bem que a Isa estaria lá. Entramos e subimos direto, a porta estava aberta então entramos, tinha algum pessoal da família dele e Rique me apresentou como namorada, alguns me olharam feio já outros adoraram a ideia de Roberta não está lá. Enzo era mimado por todos, a cara da Rique todinho, Isa desceu e respirei aliviada.

Isa: cunhadinha – me abraçou rindo e Vítor desceu logo em seguida –.

Olhei para Rique que tentou disfarçar ao máximo se falaram normal mas sabia que no fundo ele estava incomodado.

Coração de açoOnde histórias criam vida. Descubra agora