Strange Love (Scorbus)

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Sentei na cama. Fechei os olhos e suspirei. Mais um sonho, sempre com Albus. Me joguei de volta na cama, fechei os olhos e seu rosto apareceu nos meus pensamentos. Me sentia zonzo. Deus, como eu quero ele, Albus é como uma tentação constante, a todo tempo eu me imaginava com ele, beijando-o, abraçando-o e isso nunca parava. Quanto mais eu tento parar de pensar nele, mais ele aparece em meus sonhos, tirando todo o meu sossego. É tão difícil, querer tanto ele e não poder ter, não poder dizer, não poder fazer nada para que eu realize esse desejo tão profundo que me consome por inteiro. As vezes, eu penso em como seria se eu finalmente agisse com os meus sentimentos, com certeza minha vida viraria de cabeça para baixo, com certeza James iria ficar furioso. Com certeza eu me sentiria realizado.

Ignorando tudo que sinto e tentando pensar o mínimo possível em Albus, vou para o banheiro e tomo um banho, eu tenho um show hoje, não posso ficar pensando em Albus. Ele nem sequer deve lembrar que eu existo. Após o banho, tomei café da manhã e meu celular começou a tocar. James.

— Oi — Digo quando atendi, colocando o celular em cima da mesa, no auto falante.

— Pronto para o show hoje? — Ele diz animado. Eu sorrio.

— Claro que sim! Não vejo a hora. — Digo animado. Eu amava a banda, amava todos os integrantes e os fãs que já tínhamos.

— Lily está tão animada, essa é a nossa maior platéia! — Ele diz e eu podia ouvir seu sorriso e animação.

— Não é só ela pelo que posso ouvir — Digo rindo e com a boca cheia de panqueca. Ouço ele coçar a garganta.

— Sim, eu estou explodindo de animação. — Ele disse, e então um silêncio estranho fica na linha. — Estou muito feliz que você faz parte da banda, Scorpius.

Arqueei as sobrancelhas.

— Eu também, James — Falei e era verdade.

— Ah! Não esqueça na festa que vai ter depois do show na minha casa — Ele diz, animado. — Estarão todos lá!

— Todos?

— Bem, menos meus pais é claro. E Albus. Ele não foi convidado.

— Ah claro — Digo, fingindo animação. No fundo, tinha pena de Albus, do jeito que James tratava ele. Mas também, sei que ele merece. Eu sei que estou confuso.

— Bom, minha mãe está me chamando e eu estou morto se ignorar ela, nos falamos depois? — Ele disse.

— Claro — Falei animado.

Suspirei. Eu tinha que dar um jeito de superar Albus.

A noite, quando subi no palco, senti meu coração se encher de alegria. Os gritos, as 40 mil pessoas cantando nossas músicas junto com nós e eu sabia que queria ter isso para o resto da vida. A adrenalina de estar no palco, as músicas que adorava. Eu me sentia completamente alegre.

Após o show, James pulou nas minhas costas e nós fomos rindo para dentro do carro com Lily gargalhando atrás de nós.

Chegamos na casa de James e todos já estavam festejando. Assim que colocamos os pés na porta, todos levantaram as bebidas e nos deram parabéns. Nós três rimos e nos servimos de bebidas também.

— Scorpius! — Ouvi uma voz me chamar. Me virei e me deparei com Rose Weasley, prima de James e que estava sempre tentando se jogar para cima de mim. Mas eu gostava dela como amiga.

— Rose! — Digo animado, ela era legal no fundo. Dei um abraço nela e ela sorriu feliz.

— Parabéns pelo show! Eu estava lá, vocês três estavam maravilhosos! — Ela disse sorrindo. — Suas músicas são maravilhosas, quem escreve elas?