The Mikaelson Witch

Fear

(Episódio paralelo)

Henry tinha me chamado pra sair. Me arrumei inteira, prendi meu cabelo e fui de táxi até o restaurante.

O jantar foi maravilhoso. Ao ir embora, Henry se ofereceu para me levar, mas eu recusei. Precisava pensar.

Me despedi dele com um beijo de canto de boca, coloquei meus fones e fui andando até em casa. Eu não morava longe do restaurante.

No caminho, um carro preto passou por mim e o motorista ficou me encarando. Não levei muito a sério, pois já estava acostumada com esses olhares que me davam.

Continuei a andar pelas ruas, que por conta do horário de verão, estavam lindas. 

O mesmo homem do carro preto passou me encarando com o carro mais algumas vezes. Na última vez que ele passou, eu já tinha chegado no portão da minha casa.

Com medo, pois já era a 6° vez que isso acontecia, tirei a chave do bolso e abri o portão apressada. Enquanto eu abria o portão, o homem do carro preto estava fazendo a curva para voltar a rua.

Quando consegui entrar e trancar o portão, eu ainda não me sentia segura. Caminhando a passos inseguros, eu me aproximava da porta. E com a mão trêmula, tentava abrir a porta.

Nesse meio período de medo, o cara passou novamente me encarando, e novamente aquela sensação de medo tomou conta de mim.

Quando finalmente consegui abrir a porta, entrei em um Flash, e tranquei a porta. Me encostei na mesma, e fui descendo minhas costas até o chão.

Lá cruzei as pernas, coloquei a cabeça apoiada no joelho e me permiti chorar. Chorar por ter vencido isso, chorar por medo de não ter chegado em casa ilesa.

Meu pai quando me viu chorando daquele jeito, sentada no chão, entenderá sem nenhuma palavra o que estava me acontecendo. Ele se sentou no chão comigo, e me abraçou de lado

E mesmo eu sendo Melissa Wood Mikaelson, sendo uma herege, sendo filha da primeira Herege, até mesmo andando com seguranças as vezes, eu tinha medo de sair na rua

E situações como essas, me ajudavam a cada vez mais querer ficar em casa. Mas agora, até em casa tenho medo de ficar

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Pessoal, esse não é o tipo de capítulo que eu costumo trazer pra vocês, mas eu realmente precisava falar sobre isso.

Esse capítulo paralelo, foi inspirado o que aconteceu comigo hoje. Ou melhor, a 30 minutos atrás.
Eu estava indo buscar minha carteira de trabalho, e ao voltar para casa, aconteceu exatamente o que foi descrito acima.
O medo que eu sinto, o medo que muitas mulheres sentem, não pode ser reprimido por comportamentos assim.
Então, eu lhes digo: Denunciem.
Converse com alguém de sua confiança. Converse com sua mãe ou seu pai, ou responsável. Conte o que você passou, e como você se sentiu. Conte o medo que você deve ter sentido ao viver aquela situação.
Pois é isso que eh vou fazer. Não sinta medo ou vergonha de contar. Você nunca será a errada. Sua roupa não é um convite para assédio.
Juntas somos mais fortes, juntas nos acabaremos com isso.

E se você já passou por uma experiência semelhante ou igual a essa, comenta aqui com você se você se sentir confortável para falar

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Se fere minha existencia, eu serei resistência