O Invasor

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"Eu te amo tanto... Tanto...".

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-Seis.

Clarissa suava, ela estava com medo, eu podia sentir.

SZIIIIIIM!

Puxei a espada da bainha. Se Clarissa ainda não havia ganhado aquele jogo de tabuleiro estúpido, eu teria que me virar sozinho. Olhei para a espada, no punhal, em uma letra brilhante quase ilegível pelo desgaste, li: "METACRONOS".

Uma sombra se aproximou de mim pela minha lateral esquerda, mas eu já esperava esse tipo de ataque. Ergui Metacronos e finquei-a bem no flanco direito da sombra, que se transformou em um pó amarelo.

Vaporizei o segundo (um javali com uma coloração amarronzada) cortando sua cabeça que também se transformou em pó.

-Então isso é tudo que pode fazer?! – gritei para a escuridão – Um exército de Glumbpunks? Vai precisar de muito mais para me vencer! - Sabia que aquilo era mentira, mas precisava de todo tempo possível.

Uma gargalhada fria, e sem um pingo felicidade, veio acima de mim:

- Que bom que vós sabeis disso. Acho que tenho a coisa perfeita.

E então parei. A figura escura cujos membros estavam prestes a ser arrancados por Metacronos, aproveitou minha distração para fugir desembalado.

Era ela. Mas não podia ser! Mas era.

Stella.

Seus olhos já não tinham aquele brilho natural, que muitas vezes me pegaram tentando atrair sua atenção.

Não. Isso não existia mais, e nunca mais existiria. No local onde costumava ficar o globo ocular, agora tinham rochas. Duas pequenas pedrinhas que giravam enlouquecidas, dentro dos olhos ocos.

Seu lindo cabelo, outrora belo como um jardim florido, agora estava escuro como a noite sem luar.

De repente, uma dor lancinante em minhas costas me joga no chão.

Caio como que em câmera lenta, num rodopio lento, horripilante, mas gracioso.

Minha vista embaça, mas ainda pude ter um vislumbre de um vulto se aproximando de mim, e então um grito. Frio e cheio de dor.

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Acordei suando.

Dessa vez o pesadelo fora cem vezes mais real.

Eu vinha sonhando com ele fazia cerca de uma semana e meia.

Toda vez que eu deitava em minha cama, meu sonho era o mesmo. Eu ouvia uma voz que parecia vir de dentro de minha própria consciência: "Seis", era uma voz profunda, metálica e inexpressiva. Então eu sentia uma espécie de simulação de medo, como se eu pudesse sentir as emoções e sentimentos de outra pessoa. Sacava minha espada, "Metacronos", e me preparava para a massa de corpos disformes que vinham em minha direção. Sentia que um deles se aproximava em forma de sombra bem do meu lado esquerdo, num giro desesperado, retraio "Metacronos" e enfio-a no u lado esquerdo da sombra. Aí um dos vultos se transforma em um javali e vem pra cima de mim. Corto-lhe a cabeça e, mesmo sem poder ver nada naquele breu, grito:

As aventuras de JhonatanOnde histórias criam vida. Descubra agora