"Não me sentia limpo, mas era melhor que nada".
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O chão sumiu sob meus pés.
O ar desapareceu de meus pulmões.
Eu havia aberto a passagem, e pisado no suposto chão à frente. Um chão composto principalmente de ar.
"Por que eu fui confiar nele?"
Eu estava em queda livre.
"E por que diabos foram fazer jaulas veganas suspensas no ar?"
Senti um friozinho extremamente forte de alojar em minha barriga.
A sensação era horrível, não havia apoio nos pés, tato nas mãos, nada que pudesse lhe dar a sensação de algo sólido onde você poderia se afirmar, nada.
Se eu fosse descrever a experiência, com uma única palavra, essa palavra seria "nada".
E parecia que não ia acabar. Qualquer movimento parecia errado, e quase sem comando.
O ar voltou de repente, e comecei a gritar.
Mas assim que abri a boca, eu tive que fechá-la quase que imediatamente. Senti várias coisas entrelaçadas me segurarem no ar.
Tente me apoiar nela, mas era escorregadia, e cheia de buracos.
Era uma rede!
Feita com cipós grossos e, como quase tudo naquele lugar, com uma camada de limo.
Finalmente consegui segurar um único cipó e descolar meu rosto da rede. Fiquei de joelhos e sentei com as pernas dobradas.
Minha camisa estava com marcas verdes quadriculadas de limo.
- Então era por isto que haviam dois conjuntos de roupa. Não custava nada avisar.
Agora, em retrospectiva, tudo acontecerá tão rápido, mas ao mesmo tempo, a hora em que eu abri a passagem daquele quarto esférico, parecia ter acontecido muito tempo atrás.
O ambiente onde estava era igual ao do local onde eu tivera o meu nada conveniente encontro com a cobra.
Exceto pelas muitas bolas de galhos, suspensas no ar por cipós grossos e resistentes, não muito diferentes dos que constituíam a rede em que me encontrava. A visão era assustadoramente macabra. Pareciam vários casulos de aranhas, e eu preso em uma teia. Não me surpreenderia se ouvisse uma voz dizendo:
"Venham almoçar crianças!"
Aqui a selva era menos densa, com campos largos e abertos, raios de sol passavam pelas grandes folhas e galhos das árvores, e batiam no chão.
Mas no lugar em que estava quando cheguei aqui, o sol entrava por cima do barranco, o que deixava difícil enxergar a serpente, dando vantagem a ela...
"Espera, meu ombro deveria estar machucado, e meu queixo...".
Levei a mão até o queixo e, estava intacto!
Nenhuma marca cicatriz, sangue coagulado no ombro, nada!
- O que tá acontecendo comigo?
- Olha você aí! – Jack vinha andando tranquilamente até mim. Miserável.
- Você sabia que eu ia cair?
Ele realmente sabia como parecer culpado.
- Mais ou menos. Pra mim é muito divertido, achei que ia gostar.
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As aventuras de Jhonatan
PertualanganJonathan é um garoto de 12 anos que mora em uma vila pacata e desolada. Mas sua vida sofre uma drástica reviravolta quando a chegada de um homem(tão misterioso quanto a arma que carrega), lança o garoto em uma jornada tão perigosa. Drama e suspense...