Rachadura

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O campo de batalha estava um caos, Obito fazia de tudo para conseguir capturar o Naruto. Mas mesmo assim parecia falhar.

Ele colocou todas as bestas na forma Bijū. Era incrível como ele conseguia controlar as seis de uma vez só. Obito as colocou contra Naruto e Killer Bee, em uma batalha intensa.

Enquanto a luta deles se desenrolava, eu estava ocupada com outra batalha, que estava prestes a acabar. Ou pelo menos era o que eu pensava.

Me teleportei para detrás do mascarado e coloquei minha katana em seu pescoço, fazendo pressão o suficiente para criar uma fina listra de sangue, que escorria pela sua roupa.

Seu cabelo prateado estava caído e bagunçado por conta da batalha. Seu corpo estava rígido, como se ele estivesse se preparando para o meu golpe final.

Mas ele não era de desistir facilmente, eu sabia disso. Aquela não era a natureza dele.

Foi por causa desse pensamento que eu pulei para trás, me afastando o mais rápido possível antes mesmo de poder dar o golpe fatal. Escapando de sua kunai, que, por milésimos, não perfurou minha barriga.

Ele se virou e me encarou, seu olho com o sharingan estava na forma de Mangekyō, enquanto o outro me encarava com tristeza.

Nós estávamos a uma boa distância um do outro, a noite dificultava a visão daqueles que não tinham dujutsu e o barulho da luta de Naruto e Killer Bee contra as Bijūs se tornava cada vez mais distante.

O chão de terra seca ajudava a levantar poeira cada vez que alguém se mexia. Mas nós simplesmente nos encarávamos, nenhum dos dois ousando baixar a guarda.

Já que eu estava com o meu dojutsu, eu sabia o que ele estava sentindo. Aquilo era tristeza, uma tristeza tão forte que emanava do seu corpo com abundância, eu não precisava do Swylagan para ver aquilo, estava óbvio.

O sentimento de traição acompanhava a tristeza, eu nunca o tinha visto naquele estado, nem quando ele visitava os túmulos dos amigos mortos e nem ao menos quando tinha pesadelos sobre a morte daqueles que amava.

Mas ele estava lidando com tudo aquilo, reprimindo esses sentimentos ao máximo e focando na luta, deixando para se remoer depois.

Então, em segundos, seus olhos se tornaram frios, ele abandonou os sentimentos e segurou as kunais com mais força, analisando cada movimento meu, a espera de uma abertura para atacar.

Mas meus olhos estavam iguais, frios, sem sentimento. A dor do meu coração era substituída pelo aumento da frequência cardíaca, por conta da adrenalina da batalha, me fazendo esquecer de toda a angústia que eu estava sentindo naquele momento e do medo de eu me arrepender por matá-lo.

Eu sabia o que deveria fazer e a adrenalina me impedia de hesitar.

— Nunca pensei que teríamos que lutar assim algum dia, Akemi. — Ele disse e colocou uma kunai em frente ao peito à medida que dava alguns passos para o lado, já planejando seu ataque.

Eu andei para o lado oposto, mantendo uma distância constante entre nós.

— Eu também nunca imaginei isso, Kakashi. — Minha voz saiu fria e um pequeno sorriso se formou no meu rosto assim que eu dei um passo à frente, abrindo espaço para o seu ataque, ele parecia hesitar.

Uma hesitação que só durou um segundo, já que momentos depois ele correu na minha direção. Preparei minha katana para o impacto com sua kunai, a levantando no momento exato em que sua arma iria me atingir.

Faíscas surgiram e nós nos afastamos alguns centímetros antes de partimos para o ataque novamente.

Era um luta basicamente de Taijutsu e de armas. Graças ao meu treino, eu conseguia acompanhá-lo, evitando seus golpes e aplicando os meus.

O caminho do lobo Onde histórias criam vida. Descubra agora