Finalmente em casa

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Eu entedia o motivo de estar no meu estado atual, mas mesmo assim era incômodo e irritante. Eu não conseguia mexer nem meus braços e muito menos minhas pernas por conta da camisa e calça de força que colocaram em mim. E para piorar a situação, eu ainda não conseguia enxergar nada por causa da venda que estava nos meus olhos. Essa venda tinha um selo que me impedia de usar meu dojutsu e de abrir meus olhos. Tudo isso e eu ainda estava em uma cela de segurança máxima com no mínimo três Anbus de vigia e com algemas de vidro que me impediam de controlar meu chakra. Akira estava em uma cela ao lado.

Eles realmente haviam pensado de tudo para evitar que eu fugisse. Não que eu quisesse fugir, na verdade aquilo estava fora de cogitação. Tudo o que eu tinha que fazer era aceitar seja lá qual fosse o destino que eles escolheriam para mim. Ficar presa nessa cela o resto da minha vida, ser torturada, ir para uma cela menos pior, voltar para Konoha. Qualquer coisa que fizesse com que eu pagasse pelos meus pecados. Sasuke provavelmente estava na mesma situação que eu.

Apesar de que a opção de voltar para Konoha estava meio que fora de cogitação. No mínimo eles iriam me levar para uma cela de segurança máxima sobre o controle de todas as Cinco Grandes Nações, para ficar de olho em mim. Isso não me surpreenderia nem um pouco. Lembro muito bem das expressões de desprezo que todos fizeram assim que viram eu e o Sasuke junto com o Naruto.

Eu não os culpo, mesmo que eu tenha ajudado a impedir a destruição do mundo, eu meio que ajudei na parte de começar a destruição. Não meio, eu literalmente fiz parte de praticamente todas as etapas do processo. É, eu definitivamente não culpo as pessoas que desconfiam de mim. Que são praticamente todo mundo, com exceção do Kakashi, do Naruto e da Sakura.

Então quando eles viram eu e o Sasuke ao lado do Naruto, todos surtaram e levantaram suas armas para nós. É claro que o Uzumaki tentou acalmar todo mundo, mas acabou sendo em vão. Eu já estava cansada de fugir, então acabei por me render antes que alguém começasse um ataque, Sasuke fez o mesmo, o que nos levou para a nossa atual situação, presos em celas de segurança máxima a quilômetros abaixo da superfície de Konoha. Eu não tinha nem ideia de quanto tempo eu estava lá, mas definitivamente tinha sido muito tempo.

— Akemi. — Uma voz firme me tirou dos meus pensamentos. Eu conhecia aquela voz, era do Kakashi. Eu não sabia o porquê de ele estar lá, ou porque sua voz soava tão próxima, como se ele estivesse ao meu lado. — Venha comigo.

Então ele estava realmente perto de mim, mas parecia que ele não conseguia enxergar direito, porque não tinha como eu segui-lo, pelo simples fato de que eu estava amarrada dos pés a cabeça... literalmente.

— Vou tem certeza? — Uma voz sussurrou, também perto de mim. Ibiki. Meus olhos podiam estar selados, mas minha audição continuava afiada.

— Sim. — Kakashi disse, a voz firme e autoritária. Aquilo começou a me deixar com um pouco nervosa. Me lembro que, quando eu era menor, ele só falava com aquela voz quando eu fazia alguma coisa errada e sempre me dava um sermão.

Senti um peso ser tirado dos meus olhos e demorei alguns segundos para assimilar o que tinha acontecido. A venda com o selo não estava mais lá. Abri os olhos devagar, demorou um pouco para que minha visão se acostumasse com a penumbra do local e conseguisse identificar as duas figuras que estavam a poucos metros na minha frente. Eu estava certa, Kakashi e Ibiki estavam lá, os dois me encarando enquanto três Anbus estavam atrás deles, alertas.

— A decisão já foi tomada. — Kakashi disse e os três Anbus se aproximaram de mim. Um deles tirou uma kunai da bolsa de armas e a aproximou do meu peito. Eu ia morrer. Era isso, eles decidiram me matar. Foi bom estar nesse mundo enquanto durou mas pelo menos eu...

O caminho do lobo Onde histórias criam vida. Descubra agora