Prólogo

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Esta história vem sendo contada por várias gerações

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Esta história vem sendo contada por várias gerações. Eu mesma ouvi de minha avó, que ouviu de sua avó e assim em diante. É sobre uma garota e um garoto, incertezas e destino. Você talvez tenha ouvido, mas caso seja a primeira vez, não leve os acontecimentos ao pé da letra. Algo pode estar diferente, então perdoe minha memória.

Há centenas de anos, o mundo era diferente. Não o mundo em si, mas as pessoas que viviam nele. A nação era governada por reis que, em sua majestade, faziam o que bem entendiam. Esta nossa terra tinha um rei bondoso, que se atentava às leis e beneficiava seus súditos. E sua querida rainha se preocupava em cuidar das viúvas e órfãos. Eles foram abençoados com dois lindos filhos e duas lindas filhas. Como costume, as meninas foram criadas com a mãe e os meninos, ao completarem dez anos, entregues para a Academia Real. Eles ficariam por quase uma década convivendo com garotos da própria faixa etária, aprendendo várias coisas como história, política, guerra e sobrevivência.

Entenda, as coisas eram diferentes naquela época. Todos os rapazes eram criados juntos. Guerreavam, estudavam, conviviam, sem distinção. Isto quer dizer que ninguém sabia quem eram os herdeiros do Rei, que entendia que para seu filho ser um bom sucessor, ele deveria conhecer de perto os problemas da sua nação.

Todos os anos, os rapazes que atingiam a maioridade escolhiam entre voltar para casa e assumir alguma função como aprendiz ou fazer carreira nas forças armadas. A saída da Academia Real ocorria 40 dias antes do Solstício de Verão, que era a época mais propícia para conseguir trabalho. É aí que nossa história se inicia.

LatenteWhere stories live. Discover now