UM · A chegada

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DOIS ANOS ANTES

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DOIS ANOS ANTES

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Querido diário, hoje é minha primeira vez indo para Coreia. Eu quero muito conhecer esse país, minhas amigas me disseram que lá é muito legal. Elas viram por dramas, por vídeos e me mostraram, confesso que não acho que seja daquele jeito, independente de tudo estou indo lá apenas para obter um ensino melhor.

Minha vozinha já fez minha matrícula para o Ensino médio, à escola me aceitou e prometeu me ajudar em tudo que preciso.

Conversei com minha mãe sobre antes de vir, mas ela sempre fala que lá não é lugar de criança como eu. Poxa, mãe! Eu sempre falo pra ela que eu não sou mais criança, e lá é um país normal como o nosso, porém ela sempre me dá aquele sermão toda vez que eu reclamo de como ela fala de lá, mas tudo bem, afinal, ela é minha mãe e independente do que ela disser não adianta eu falar o quanto ela está errada, ela sempre dirá que está certa.

Enfim, já avisaram que o avião pousará daqui a duas horas. Irei descansar um pouco, quando eu chegar lá eu escreverei mais!

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Aquela era a minha primeira vez saindo do país e eu me encontrava aflita, mas prometi para mim mesma que me esforçarei não apenas para me adaptar, e sim para também fazer amizades, já que ás pessoas me taxam como metida e grossa.

Descemos todos do avião e eu segui os passageiros, seguindo as instruções da minha mãe. Por sorte eu consegui chegar até a esteira de bagagem, onde eu pegaria esperaria para poder pegar a minha mala e, se tudo corresse rápido, chegaria até a casa dos meus avós logo.

Não foi muito difícil para localiza-la, já que a forma que tentei enfeita-la colocando alguns pets a deixou mais esquisita do que já era. Peguei-a com uma extrema dificuldade, devido ao peso, e a coloquei no chão.

Agora caiu a pesada realidade, eu não deveria ter trago tanta coisa.

Já era a hora de procurar por eles, fui carregando aquela mala pesada de um lado para o outro a procura, olhei rosto a rosto para ver se eu conseguia reconhece-los. Minha mãe havia os descrito, porque eu não os via há muito tempo, e assim que meus olhos focaram em um casal de idosos, não tive dúvidas, eram eles.

"Seja bem vinda, netinha!"

Meus olhos encheram d'água e meu coração palpitava mais rápido na medida que ia me aproximando rapidamente. Abri meus braços e os abracei utilizando um pouco de força. Se não fossem idosos e seus corpos não fossem tão fraquinhos, juro, eu ia joga-los no chão e esmaga-los.

- (Vó) Como cresceu, minha netinha! - disse ela, alisando meus cabelos e cheia de lágrimas no rosto.

Faziam anos desde a última vez que os vi e, pra ser sincera, nem me recordava mais de como eram a aparência de ambos. Minhas memórias pescavam coisas inúteis, como a vez em que eu a vi regando algumas plantas e xingando as formigas, mas só me lembrava de suas costas e da sua camisa amarela de algodão grosso.

Muito Além do LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora