-Wendy! Eu vou me atrasar!Abri os olhos e me levantei em um pulo. Nate estava parado na porta do meu quarto, vestindo o uniforme de sua escola, com um olhar aborrecido e os braços cruzados.
Entrei no banheiro e troquei de roupa rapidamente. Nate tinha aula às 8 horas, ou seja, precisávamos correr.
Desci as escadas correndo e saí pela porta da frente, percebendo que ele me esperava dentro do carro, onde eu
Entrei e dei a partida:-Desculpe o atraso.
Sua expressão não havia mudado, ele parecia chateado comigo.
Nate tinha 15 anos e era muito parecido comigo: nossos cabelos tinham a mesma tonalidade de castanho escuro e possuíamos feições parecidas. A diferença estava nos olhos, pois os dele eram pretos, como o do nosso pai, enquanto eu havia herdado os olhos verdes da mamãe. Fiquei um pouco triste ao me lembrar deles.Ao chegar na escola, estacionei o carro e destranquei a porta do lado dele.
- Sabe que eu te amo, não é?
Ele assentiu e me deu um abraço, logo antes de sair do carro.
Liguei o carro para voltar pra casa e voltar a dormir.Consegui dormir tranquilamente durante algumas horas, pelo menos até acordar com o som do meu celular tocando.
-Oi. Não era pra você sair da aula só às 15 horas?-Srta. Tate? Aqui é o diretor Pullman.
Me levantei, sem saber o que estava acontecendo.
-Está tudo bem? O que houve?
- bem,... É que... Nós não encontramos o Nate.
-Como?
- já o procuramos por todo o campus, ele simplesmente foi ao banheiro e não apareceu mais.
- eu... Estou indo aí agora.
Peguei o carro e comecei a dirigir loucamente até a escola. No caminho, um turbilhão de lembranças passava por minha cabeça: o acidente há dois anos, eu contando ao Nate que nossos pais não voltariam para casa, que agora éramos só nós dois.
Ao chegar lá, o diretor estava no portão me esperando. Quando estacionei, ele entrou e sentou no banco do carona.
-Vamos procurar ele no quarteirão. Não faz muito tempo, ele não pode ter ido muito longe.
Concordei e dei a partida, sem reação. Meus olhos começaram a formar lágrimas, mas eu respirei fundo e comecei a dirigir.
Muitas horas depois, sem encontrar nada, deixei o Pullman na escola novamente.
-Sinto muito. Mas amanhã poderemos acionada as autoridades.
Continuei balançando a cabeça sem prestar muita atenção e logo voltei a dirigir, dessa vez para casa.
Ao parar em um sinal vermelho, olhei pela janela pela primeira vez bpude ver duas garotas paradas em frente a um muro onde havia um desenho grafitado. Arregalou os olhos ao perceber que era a mesma imagem que aparecia em meus sonhos quase toda a noite.
Meus pensamentos estavam divagando até ouvir o barulho de uma buzina e perceber que o sinal já havia ficado verde, então pisei no acelerador.
Foi quando senti um impacto. Demorei alguns segundos para entender o que havia acontecido. Não consegui processar imediatamente a garota desacordada e sangrando que havia escorregado do meu parabrisa para o chão frio. Não entendia por que as duas garotas paradas em frente ao muro haviam corrido na direção do meu carro.
Foi quando caiu a ficha. Eu tinha atropelado a garota!
VOCÊ ESTÁ LENDO
As asas da quimera
FantasyEssa é a história de quatro pessoas, que aparentemente, não possuem nada em comum. Na verdade, elas nem ao menos se conhecem. Mas, em uma noite, em um incidente inesperado, elas acabam se unindo... Cara, eu sou péssima nessas sinopses. Se eu falar m...