Capítulo 2| Lorena

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[Capítulo revisado]

Depois de dançar com Jorge e sentir um pico de machismo em quando ele mencionou que era apenas uma festa para empresários, que mal tem uma mulher ser empresária, a maioria deles pensam assim, por isso maioria dos que estão aqui são homens, mas meu pai nunca teve filho por isso decidiu mudar a ordem conhecida.

Depois daquela festa eu decidi sair dali, peguei as chaves do meu carro e vesti o meu casaco, ambientes machistas me enjoam, e o olhar permanente e quente de Jorge estava tornando o clima tenso, admito ter gostado da sua figura, ele parecia um escultura grega ou romana, em que os homens eram musculados e com o rosto esculpido e detalhado, sem falar da voz masculina sussurrando no meu ouvido, me fazendo ficar mais tensa, mas não podia me deixar levar por um homem que só ouvi falar, a primeira impressão que me deu é de ser mulherengo e machista.

Comecei a arrumar as minhas roupas na mala para a minha viagem, havia prometido ao meu pai que não sairia de Nova York sem ir àquela festa, e foi o que fiz.

Assim que desembarquei em Paris fui para o hotel que meu pai ficava a negócios, eu não estava aqui pra tratar disso, apenas como férias, depois que herdei a empresa de meu pai minha cabeça tem estado aquecida o tempo todo, trabalhos a todo tempo, disse ao meu pai que precisava descansar.

Enchi a minha banheira e deitei relaxando com o cheiro de maçã das velas e coloquei meu celular do lado, quando estava no auge do meu momento meu celular vibra, abri e revirei os olhos, peguei e atendi

Lorena você já está em Paris?

Já meu pai, desculpa não ter avisado a viagem foi cansativa

Bom...amanhã infelizmente arrumei um trabalho para você

Sério?

Sinto muito filha mas era necessário. Amanhã você vai fechar um negócio com Jorge Rodriguez

Era o que me faltava.

— Amanhã? Eu acabei de chegar

Pode ser essa semana mas não passa disso, ele vai ligar para você amanhã

- Está bem pai, agora me da licença que eu preciso de descanso.

No dia seguinte enquanto tomava o meu café meu celular tocou, confesso que estava com um pouco de ansiedade para falar com ele

Sempre previ que nos encontraríamos de novo — a voz masculina e sensual soa no outro lado da linha

— Eu não previa, mas cá estamos

Sempre soube que seu pai não negaria a proposta que lhe fiz

Duvido que não negaria uma proposta vinda de um Rodriguez

Me encontre no restaurante do hotel

Tudo bem— desliguei o celular, e fui me vestir, coloquei um vestido com bolinhas brancas de estampa azul escuro e calcei uns tênis brancos, peguei a minha bolsa e o meu sobretudo branco e sai do quarto. Entrei no restaurante e vi Jorge sentado bebendo um café e vendo alguma coisa no celulae, estava numa posição relaxada, usava uma camisa polo azul escura e uma calça social e sapatos brancos, me aproximo e penduro o casaco na cadeira, ele levanta suas iris esmeraldas e encontra as minhas e abri um leve sorriso de canto e arqueia as sobrancelhas

— Não me lembrava de você ser tão linda

— Tinha pouca iluminação por lá, como sabia que estava hospedada aqui? — pergunto assim que me sento

— Seu pai me disse, e eu também estou hospedado aqui, bem a frente do seu quarto

— Tudo bem, o que viemos tratar hoje?

— Fica para amanhã, hoje quero aproveitar um pouco do clima de Paris, acho que não se vestiu assim para vir ter comigo — eu pisquei algumas vezes ponderando que resposta dar a ele — Vamos lá Lorena, você não planeia ficar no quarto o dia todo — Era um dos meus planos

— E para aonde vamos?

— Onde quiser.

Desci do carro em frente ao famoso parque Monceau, o clima fresco e agradável e com puca movimentação na entrada, começamos a caminhar

— Costuma vir aqui? — Jorge me pergunta

— Não costumo vir a Paris com tanta frequência por conta do trabalho

— Nem a negócios?

— Herdei a empresa do meu pai recentemente, achei que já soubesse disso

— Imaginei, Paris costuma ser comum entre as viagens e negócios, fiquei curioso em saber apenas

— O que te atraiu tanto nos negócios?— pergunto

— Os números, e você?

— Nada, nunca quis ser empresaria?

— Porquê?

— Acho que não combina comigo

— Eu acho que combina, você aparenta ser ótima empresaria, eu acho que deveria ter mais mulheres nos negócios para ser mais equilibrado

— Eu também acho — ele solta uma gargalhada abafada

— E se não fosse empresaria o que faria?

— Nunca pensei nisso, e você? sempre quis ser empresário?

— Eu queria ser medico — eu segurei o riso — É muito normal, uma criança querer ser medico, mas com o tempo descobri que ser empresário era um...alvo na minha mira

— Tudo bem então — nós andamos e conversamos pouco, Jorge é bastante educado e calmo, conversa muito bem, mas fala pouco, ele é daquele tipo de pessoa que parece ser paciente com tudo.

Depois de um passeio Jorge me deixa na porta do meu quarto no hotel

— Foi um ótimo passeio — ele diz

— Posso dizer o mesmo, até amanhã

- Boa noite — ele beija a minha mão e entra no quarto, entrei no meu e não imaginava a reação que eu teria, eu tirei os meus sapatos o meu casaco e me jogo no cama, me sentindo leve.

Eu tinha planos de sair sim, mas não com o Jorge, e confesso que gostei imenso de ficar com ele.

Vai ser interessante o tempo aqui em Paris.

Justamente Ele - Os Rodriguez Onde histórias criam vida. Descubra agora