Capitúlo 18| Jorge

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Ano novo se passou, de volta à realidade, chega de festas, hora de trabalhar.

Mas antes eu tenho uma confissão...

Eu e meus pais nunca mencionamos um simples facto, eu não sou filho único, eu tenho uma irmã. Mas está presa.

A muito tempo, eu tinha 23 anos, ela tinha 22, a polícia bateu a nossa porta a dizer que ela foi presa por matar o ex-namorado que lhe traiu.

O meu pai quando era jovem, também tinha meio que um...distúrbio mental, agia sem pensar e quando chagavam as consequências ele fugia, e foi nessas fugas que encontrou a minha mãe.

Bom, depois minha irmã foi a uma clínica psiquiátrica tratar dela e depois foi para a cadeia, depois daí minha mãe disse para eu não mencionar mais sobre a minha irmã.

A nossa família ficou com o nome mesmo manchado, não foi a primeira vez que um homicídio acontece e parte da nossa empresa ficou sem saber, muitos dos homens com quem convivo tentam de tudo para me destruir,ou seja, acabar com a minha riqueza, pois podemos dizer que sou mais rico que quase todos é isso incomoda muitos.

Por isso, durante a minha adolescência, muitos desses velhos tentaram empurrar suas filhas para se casarem comigo, por causa da herança que tenho de meu bisavô, meu avô e o meu pai, e juntando tudo da muito, muito, muito dinheiro, que nem eu mesmo sei como gastar.

Cheguei a prisão e me sentei numa cadeira desconfortável esperando minha irmã, muitos poderiam dizer "Se você é tão rico, porque não paga a fiança da sua irmã?" Minha mãe não deixa.

Uma mulher de cabelos castanhos claros e olhos esverdeados entra algemada e se senta, e logo abre um sorriso simples

— Jorge! Pensei que me esqueceu — ela diz

— Nunca esqueceria você Diana

— Veio pagar a minha fiança? — ela diz entusiasmada — Estou cansada dedicar naquela jaula almofadada

— Infelizmente não posso... você sabe que isso é o que eu mais quero, mas sua mãe não deixa

— Então tente convencer ela! Você sempre foi mais mimado, mesmo eu sendo mais nova

— Sim...mas não cabe a mim decidir e você sabe que se a nossa mãe souber acaba comigo — eu digo — Como está?

— Como estou? Estou ótima, comendo sei lá o que é, não sei se é purê de batata ou as fezes do cozinheiro, bebendo água de chuveiro, como estou? Faça uma pergunta mais interessante — ela diz sarcástica, eu ri de tudo que ela falou

— Água de chuveiro? Diana você exagerou um pouquinho

— Você acha? Tem um sabor salgado igualzinho ao do chuveiro — ela diz e ri — Estou tentando me manter viva... se for para viver assim, nunca mais mato alguém

— E você sabe quanto isso nos custou! Sorte que somos bilionários e deu para pagar o enterro dele, e ainda pagar um milhão para a família

— Eu sei... mas você poderia pagar e me esconder na sua casa — ela diz

— Boa ideia! Mas verei sobre isso, eu vou vender a mansão e comprar um apartamento em Upper East Side em Manhattan para ter um pouco mais de sossego

— Aí obrigado Jorge, se desse para te dar um abraço bem forte eu dava — ela deu um rosno típico dela mesmo e bateu nas grades

— Você se parece tanto comigo — eu digo e nos rimos, na verdade ela era mesmo, tanto na sua forma de ser como na aparência, qualquer um que olhasse para mim e para ela diria que somos realmente irmãos, um policial entrou na sala

Justamente Ele - Os Rodriguez Onde histórias criam vida. Descubra agora