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Through the night - IU

Jaehyun /On

- Ah filho, sobre isso - minha mãe surgiu atrás de mim

Eu me virei devagar, os olhos arregalados, o coração disparado

- Os lee anunciaram que o Taeyong não havia morrido - ela estava nervosa por algum motivo

- Como? - eu estava incrédulo

- Toda aquela história dele ter câncer, era para esconder os problemas dele com as drogas…

- Mãe, fazem três anos…

- Sim, filho - ela segurou em meu ombro - Três anos que ele estava em uma casa de reabilitação, me desculpa por não contar antes, eu sabia que sua reação não seria uma das melhores

- Eu quero ir lá - falei voltando-me para janela dele novamente

- Filho

- Agora mãe! - gritei

Vendo que eu não iria me acalmar, ela segurou em minha mão, ato que eu não repudiei por que esta a bastante nervoso e como uma criancinha, atravessei a rua de mãos dadas com ela e fomos até a casa dos Lee.

Tocamos a campainha e esperamos até que o mordomo aparecesse

- Olá, a senhora Lee se encontra? - minha mãe perguntou

-  Claro que sim, por favor entrem - o mordomo deu espaço para entrarmos

Nós fomos guiados até a sala de visitas e alguns minutos depois a senhora Lee apareceu na sala

- Olha que surpresa boa - as duas se cumprimentaram e depois eu a abracei - O que os trazem aqui?

- Bem, meu Jaehyun veio nos visitar e acabou vendo o Taeyong pela janela, ele ficou tão nervoso…

- Percebi - ela falou fitando nossas mãos entrelaçadas

- Ele quer ver seu amigo de infância, espero que não esteja pedindo muito - minha mãe estava escolhendo muito bem as palavras

- Claro que não, lembra-se como chegar no quarto dele ainda, querido? - eu assenti - Então pode ir e você vai tomar um chá comigo enquanto os garotos colocam os assuntos em dias

Eu saí as pressas da sala e subi as escadas correndo

Meu coração provavelmente vai sair pela boca

Ao chegar no corredor moderei meus passos, fui me segurando pelas paredes, a porta de seu quarto está aberta.

Me recostei na entrada do quarto silenciosamente e fiquei fitando suas costas nuas. Cruzei meus braços e reprimi o choro.

- Você é idêntico a ele - falei

Ele virou-se assustado

- Quem é você? - perguntou com raiva

- Eu ainda tinha esperança daquele idiota ter feito o trabalho direito e ter trazido a alma dele de volta - entrei no quarto

- Você o conhecia? - ele abaixou o olhar

- Não se sinta culpado - me aproximei o bastante para tocar seu rosto, seus olhos fecharam-se ao receber meu calor - Até a pele é macia como a dele, a sua voz… Eu posso te abraçar?

Ele assentiu em silêncio

Eu o abracei com todas as minhas forças e comecei a chorar, aos poucos suas mãos confortaram minhas costas

- Eu não pude me despedir dele - falei entre as lágrimas - Ele se foi tão rápido

- Eu entendo - ele falou baixinho

- Nunca imaginei que poderia ouvir essa voz novamente - eu me afastei e sentei em sua cama

Cobri meu rosto com as mãos e continuei a chorar, ele aproximou-se de mim devagar e começou a afagar meus cabelos.

- Ele deve ter sido muito especial para você - falou

- Sim, ele foi - respondi - Mesmo que os sentimentos que ele tivesse por mim não fossem os que eu desejava, ele foi o único que me deu apoio quando o meu irmãozinho foi mandado pra longe, ele era o único que ouvia meus problemas, ele era meu amigo

Taeyong ajoelhou-se em minha frente

- Deve ser doloroso ter que encarar este rosto, me perdoe por estar com um corpo igual o de alguém que você ama, me perdoe por favor - ele pediu

- Você não tem culpa - dei um meio sorriso - A culpa é daquele desgraçado maluco - me levantei e fui até a janela

E agora o que eu devo fazer?

Como meu coração sempre soube, eu não tenho forças para entregá-lo

Olhei para ele atrás de mim, parado

Seu olhar pesaroso

Mesmo que não seja o meu Taeyong, ele…

Eu não consigo

Eu passei por ele sem nada dizer a desci as escadas

- Jae - minha mãe chamou

Assim que ela viu meu rosto choroso, veio correndo ao meu encontro

- Foi demais para você meu querido, nós não devíamos ter vindo tão cedo assim - ela me abraçou e eu me permiti chorar em seus braços novamente

A mãe do Taeyong olhava tudo aquilo com uma expressão triste

Do alto da escadaria Taeyong nos observava, sua expressão estática

Eu obviamente devo ter deixado-o muito confuso

Nós saímos assim que eu me acalmei um pouco

Eu não posso voltar para o meu apartamento, eu não posso fingir que estou bem na frente daqueles malucos.

Quando voltamos para casa,  eu sentei no sofá e peguei o celular, disquei o número da única pessoa que poderia me acalmar agora.

- Johnny? - falei assim que a chamada foi aceita

- Não está mais com raiva de mim? - sua voz soou um pouco fadigada

- Por favor, me encontra agora - comecei a chorar

- O que aconteceu? - seu tom de voz tornou-se duro, preocupado

- Só me encontra, por favor - pedi em desespero

homunculus » taeten+johnny « HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora