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Yuta /On

- Nós estamos demorando demais para fazer progresso - falei tragando o cigarro

- E você está me estressando com essa merda de cigarro - Yuki retrucou

- Ah me desculpe, se estou psicologicamente instável e com os nervos à flor da pele - debochei

- Não aceito suas desculpas - ela levantou-se do sofá - Você - sé aproximou de mim - É o líder da missão - empurrou meu ombro - Então trate de se recompor, por que eu não sou sua babá e por favor, para de fumar, merda

Eu fiquei paralisado sem saber como reagir aquilo

Eu sou o líder, assim como ela falou

Então como líder eu deveria a repreender?

Hum, não sei, no fundo foi mais como um conselho

Mas mesmo assim estou chateado poxa, por que não é mais delicada?

Saí do apartamento do Jaehyun e me debrucei sobre a meia parede e continuei a fumar.

- Você deveria relaxar um pouco - Jaehyun recostou-se no meu ombro

- Se afasta branquelo - lhe dei uma ombrada

- Ui ui, teve outro round com a senhorita TPM eterna? - ele perguntou

- Olha, vamos ser diretos, você viu seu irmão? - mudei de assunto

- Ah vi sim - ele suspirou

- E então? - perguntei ansioso

- Ele não achou nenhuma prova - falou

- Merda - murmurei

- Cara, na moral, por que vocês precisam de provas? Ele divulgou o experimento na mídia

Eu o encarei sério e soltei a bituca de cigarro

Espero que não tenha caído na cabeça de alguém

- Por que ele pode muito bem ter burlado a mídia

- Yuta, acredite ele não burlou nada, você está perdendo tempo - Jaehyun insistiu

- Jaehyun, você sabe especificamente quais as ordens que eu e eles temos? - olhei em seus olhos, ele permaneceu em silêncio - Temos ordens para matá-los, matar pessoas que como você mesmo falou, são públicas agora e que irão trazer grande repercussão, ah e tem mais uma coisa, eu nunca matei ninguém, não quero tirar minha virgindade de assassinato com pessoas inocentes

- Terminou? - ele me perguntou entediado - Olha eu sei que é difícil, seu primeiro trabalho e tal, mas então por que aceitou?

- Você acha mesmo que eu tive escolha? - perguntei sério - Não é assim que as coisas funcionam na maçonaria, você tem apenas uma escolha a de fazer parte da ordem ou não, depois você é apenas um boneco dos que estão acima de você

- Então por que entrou?

- Dinheiro, eu sou um homem político, Jaehyun, eu preciso de dinheiro e preciso de conexões, entendeu?

Ele assentiu

- Mas estou começando a me preocupar com esta demora - estalei os dedos

- Você acha que eles fariam algo de ruim à vocês se dessem para trás?

- Hum, vejamos… Estamos lidando com um tabu humano, com a igreja católica, com a maçonaria, olha talvez a gente vá para o mesmo lugar que o tailandês antes do tempo, mas é só uma suposição

Ele arqueou uma sobrancelha

- Então acho melhor você livrar-se dessa tensão de virgindade e fazer o que tem que ser feito logo - ele disse

- É - passei a mão pelos cabelos - Eu sei - peguei outro cigarro e coloquei entre os lábios

…

Jaehyun /On

Eu que coloquei meu irmãozinho nessa, vou ter que ajudá-lo a sobreviver, pois pelo que estou vendo se depender do japonês, ele está morto.

Tomei um banho e me vesti

Eu conheço alguém que poderá me dar as provas que o Yuta tanto quer e eu sei bem onde esta pessoa está.

Saí de casa e passei pela lojinha de conveniência, comprei uma cerveja e fui andando tranquilamente pelas ruas.

A fila da boate já estava um pouco vasta, mas deixei minha preguiça na esquina e fui. Após meia hora lá estava eu, dentro daquele furdunço.

As luzes me deixam um pouco zonzo, mas me direcionei para o bar e logo avistando meu alvo.

- De novo por aqui, Seo? - me sentei ao seu lado

Ele me olhou de soslaio

- Lhe pergunto o mesmo, Jung - tomou sua bebida

- Semana difícil - menti

- Faça das suas, as minhas palavras - ele levantou o copo em forma de brinde

Eu apenas sorri, já que não estava bebendo ainda

- Parou de trabalhar com o Ten? - perguntei

- Durante todas as vezes que nos encontramos aqui você fingiu que o tailandês não existia, então por que tocar neste assunto hoje? - ele virou-se para mim

- Meu irmão mais novo começou a estagiar no laboratório…

- Você tem um irmão? - me interrompeu

- Por parte de pai, enfim ele não citou seu nome entre os colegas de trabalho - falei

- Ah, então foi isso - ele sorriu e baixou o olhar - Garçom, mais duas doses, por favor - pediu - Você vai me acompanhar e sobre o meu antigo trabalho, não toque mais no assunto

Eu apenas sorri novamente