Sem perceber eu juntei sua mão a minha e a segurava como se minha vida dependensse daquilo.
- Sr. Lee - falei quando o senhor entrou
Eu escondi o homúnculo atrás de mim de forma que o senhor não conseguisse ver seu rosto de primeira.
- Por que depois de tantos anos você nunca acostumou-se a me chamar de pai? - perguntou agora com sua voz cansada - Eu fui um criador tão ruim assim?
- Claro que não, espero que o senhor saiba da tamanha admiração que eu tenho por você - eu falei - Mas você está ciente sobre o motivo que está aqui?
- É o rapaz que está atrás de você? - ele perguntou
eu engoli em seco e apertei a mão do Taeyong, o mesmo fez alguns carinhos com seu polegar em minha mão, como se quisesse dizer que iria ficar tudo bem.
- É, se você achar melhor não ver...
- Como um pai, não iria querer ver seu filho? - ele perguntou sorridente
- Você sabe que ele não é o...
- Ele tem meu sêmen, que eu saiba tecnicamente... É meu filho de qualquer forma
Eu mordi meu lábio inferior e assenti de cabeça baixa, concordando com ele. Então devagar soltei a mão do garoto e saí de sua frente, o revelando para o homem à nossa frente, o mesmo assim que viu o rosto do homúnculo, levantou-se rapidamente de sua cadeira, ficando paralisado com a boca entreaberta.
- É o Taeyong - foi apenas o que ele falou
- Não, ele apenas se parece com ele - eu falei
- Isso não é parecer, Chittaphon, ele é idêntico ao meu Taeyong - falou se aproximando do garoto
O senhor continha um sorriso em seus lábios, mas seus olhos choravam. Ele ficou de frente para o Taeyong e segurou em cada lado de seu rosto.
- Você não lembra do seu pai, Yongie? - perguntou com a voz trêmula
Taeyong olhou para mim desesperado, sem saber como agir naquele momento.
Mas eu também não sabia o que fazer.
- Ele vai morar comigo - o senhor falou depois de algum tempo
- Eu tenho que levar ele à imprensa - eu expliquei
- Você não vai usar meu filho como um rato de laboratório - ele olhou furioso para mim
- Sr. Lee, me desculpe o que eu vou dizer agora, mas é exatamente o que ele é - eu disse
E ele levantou a mão para esbofetar minha face.
Mas Taeyong o segurou.
- Ele tem razão - falou cabisbaixo - Eu não sou o seu filho, não entendo por que o senhor acha que eu sou... Mas... Ele tem razão
Sr. Lee olhou incrédulo para mim
- Você não contou? - perguntou à mim
- Qual a necessidade de eu contar? - perguntei
- Mesmo não sendo ele, as pessoas vão reconhecer e não entender o que está acontecendo Chittaphon, ele deveria pelo menos ter conhecimento sobre a situação - me repreendeu
- Vou explicar depois da coletiva de imprensa - eu falei
- E o rosto dele, vai levar à conhecimento público também? - ele perguntou
- Não, eu já tomei minhas providências sobre isto, por que mesmo sendo artificial, ele pode viver uma vida comum - eu falei
- Por isso ele vai morar comigo - o senhor voltou a insistir
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homunculus » taeten+johnny « HIATUS
Ciencia Ficción→ Onde Taeyong desenvolve sentimentos pelo seu criador. 10.06.18 • Longfic