× 69 ×

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× Capítulo 69 ×

É possível amar de longe. Ana descobriu durante os meses que se passaram. Ela via Teddy na maioria dos dias da semana, Grace também aparecia do nada muitas vezes para fazer uma visita e exibir o neto esperto que tinha. E nessas horas, Ana sequestrava o menino para o jardim e ficava horas o mostrando tudo o que existia no seu mundo ali. De longe era possível ver a ligação dos dois, se Ana estava por perto, não existia quem pudesse tirá-lo dela.

Era noite de sexta, o aniversário de vinte e um anos de Ana, e ela não sabe da onde veio a ideia, mas era nove e cinquenta e dois do dia 10 de setembro e ela estava recostada no peito de Christian, no meio de centenas de pessoas que a amavam e ela amava, no jardim da casa dos Grey, segurando uma taça de champanhe como todos.

_ Um brinde a Ana - disse Grace, com o silencio absoluto de todos prestando atenção a si - alguém que nunca vou cansar de agradecer.

A garota sorriu largo e mordeu o lábio inferior, sentindo-se emocionada.

_ Nós te amamos, querida, como uma filha - foi Carrick quem falou dessa vez, fazendo as lágrimas escorrerem pelo rosto de Ana.

Teddy estava no colo de Carla, ao seu lado, tocando como podia hora o rosto de Ana hora seu cabelo, chamando sua atenção como sempre.

_ À Ana - todos brindaram e a garota se virou para Teddy, escondendo o rosto por estar corada.

_ Um brinde ao futuro incrível que vamos ter - Christian sussurrou em seu ouvido, batendo a taça na dela levemente.

Era a comemoração de seu aniversario, mas também uma despedida. Eles iriam viajar na manha seguinte, rumo a algum lugar que Christian não deixou nem Ana suspeitar.

Mas já aviso logo: eles vão para a Europa.

Ana olhou atentamente para Teddy, que ainda segurava uma mecha de seu cabelo e tentava colocar seu cordão na boca, fazendo a garota morrer de amores e pega-lo no colo em seguida. A morena apertou o bebê contra si e o mesmo sorriu, mostrando a gengiva com os dentes quase aparecendo, e a covinha única no lado esquerdo da bochecha, e então deitou a cabeça em seu ombro, mirando Christian, seu tio favorito.

Ana deixou Grace e Carrick lhe abraçarem, logo tendo Kate - a enfermeira que havia se tornado amiga - lhe agarrando também.

_ Vinte e um, caramba, nem parece com tamanho tão pequeno - disse a loira.

Ana revirou os olhos e bufou, se afastando da garota enquanto Christian ria atrás de si.

_ Vê se trás alguns presentes para mim aonde quer que você vá - continuou Kate.

_ Até parece - Ana desdenhou sorrindo, mas logo o sorriso se fechando quando o namorado de Kate parou ao lado da garota.

Era uma coisa cômica, mas também um pouco trágica para Ana: Elliot Grey. O homem ainda não ia muito com a cara da garota, ele se esforçava para não demonstrar ainda mais depois de se tornar namorado de Kate que era melhor amiga da morena. Ana estava acostumada a ser paparicada, amada e ser o centro das atenções para todo mundo, era um pouco desconfortável quando Elliot apenas dizia 'bom dia' e então ia para o outro lado do recinto em que ela estivesse.

_ Meus parabéns, Ana, eu sei que você vai ter muitos desses ainda - ele falou e então para a surpresa de muita gente que olhava, se inclinou e beijou a bochecha da morena, tocando a cabeça de Teddy num carinho.

_ Obrigada - disse a garota.

Kate sorriu largo e agarrou no braço do namorado, logo saindo com ele porque tinha uma fila de gente querendo abraçar Ana.

Após ser simpática e paparicada põe todos, Ana foi levada por Christian para fora da casa, tendo de deixar Teddy com Grace confessando em voz alta que era conta sua vontade.

Eles caminharam pelo jardim, Christian a guiou em direção a ponte do lago e parou a garota bem no meio, fazendo-a franzir o cenho e encara-lo em expectativa.

_ Eu quero te dizer uma coisa - ele falou contra seu cabelo e a garota se virou para ele, lhe dando total atenção como sempre.

_ Vai me contar para onde vamos? - ela tentou, um sorriso atrevido nos lábios.

_ Não - ele respondeu direto, e a garota bufou, cruzando os braços.

_ Então eu não falo mais com você - ela resmungou.

Ele sorriu e descruzou os braços da menina, beijando suas mãos em seguida.

_ Eu só preciso que você diga sim ou não.

Ana balançou a cabeça e deixou claro que estava prestando atenção.

_ Eu amo você.

A morena sorriu enquanto brincava com os botões de sua camisa, recostada na ponte e tendo o corpo dele colado ao seu.

_ Eu amo seu sorriso - ele sussurrou.

Ana sentiu o rosto esquentar.

_ Eu amo quando você cora também - ele ressaltou, tocando em seu rosto com carinho.

Ela mirou seus olhos ainda sorrindo, era impossível não sorrir com Christian bem ali na sua frente dizendo aquelas coisas. Seu coração mesmo já estava disparado.

_ Eu estou sentindo seu coração bater rápido - ele falou, apertando-a contra si e encostando o peito no dela, sentindo mais ainda o coração. - E eu nunca pensei que ficaria tão feliz em sentir um coração bater desse jeito - confessou. - Nossa, eu amo mesmo você, cada detalhe em seu rosto, no seu corpo, o seu jeito... Eu amo suas cicatrizes - ele tocou com o indicador e trilhou a linha vertical em seu peito. - Tudo pedacinho por pedacinho. Cada defeito. Completamente tudo. E eu quero passar o resto da minha vida amando. Eu quero ficar com você para sempre, e quero que esse para sempre seja literalmente para sempre. Eu quero... Quer saber? Eu não vou ficar enrolando. Eu quero me casar com você.

A garota arregalou os olhos já molhados e embaçados com as lágrimas, o coração todo descompassado já nem sendo digno de se chamar coração com o toque desenfreado que ele causava em seu corpo.

_ Então... Casa comigo?

Anastasia sorriu. Um sorriso de verdade. Do tipo que faz todas as coisas ruins do mundo se tornarem pó, que faz os anjos cantarem e... E Christian saber que era um sim para sua pergunta.

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Sem comentários, deixo com vcs, ta acabando... 😉 eu espero q vcs tenham curtido a fic como eu ❤❤

Coração que CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora