Querida mamãe.
Saiba que eu estou morrendo de saudade da senhora.
Max também está sentindo sua falta, ele amava quando a senhora trazia aqueles petiscos caninos para ele.
Eu tenho uma triste história para lhe contar.
(Sei que a senhora puxaria a minha orelha se estivesse viva e soubesse disso.)
Mas eu não sei como reagir, apenas tenho a certeza que dói bastante.
Hoje cedo eu fui para a casa de Gemma, para ajudá-la nos preparativos de seu casamento com Horan.
Como a senhora sabe, quando eu e minha irmã começamos a conversar e contar histórias antigas de nossa adolescência, acabamos perdendo o foco das horas e quando eu fui ver, já estava tarde.
Louis já havia chegado em casa e precisava almoçar, mas como eu saí cedo e jurava que iria voltar rapidamente, não me importei de já deixar o almoço pronto.
Um grande erro meu, mamãe.
Niall havia acabado de chegar do trabalho e acabou me oferecendo uma carona, aceitei seu convite e fui com ele até em casa.
Louis nos viu, mamãe.
E ele interpretou tudo errado!
Assim que eu fechei a porta de casa, ele me empurrou e começou a gritar comigo!
A senhora acredita nisso?
Ele começou a falar palavras feias e gritava que eu era um garoto de rua, prostituto e vadio. Usou tantas palavras feias para me nomear que eu comecei a chorar pela humilhação.
Fiquei com muito medo de Louis me bater, mamãe.
Mas ele era bondoso demais, carinhoso comigo, quando a briga acabou comecei a pensar no quão idiota eu fui por pensar que Louis era o monstro da história.
Eu fui o errado!
Não deveria ter entrado no carro de outro homem que não seja o meu marido, não deveria ter saído sem a sua permissão, muito menos ter deixado o almoço sem fazer.
Louis também xingou a senhora, disse que a minha mãe era a culpada por eu ser assim, um moleque de rua.
Ele está certo, mamãe?
Eu tenho medo de dar a minha resposta sincera para ele ou para a senhora.
Sinto muito a sua falta!
Tenho certeza que Lou também sente.
H.S