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Tudo dói.

Meu peito, meu rosto, meus braços.

Os lugares onde fui ferido estão machucados, com hematomas escuros, incluindo meu pobre coração, que está aos pedaços.

Louis saiu hoje cedo sem nem sequer falar comigo, apenas ouvi quando o motor do carro ligou na garagem de casa.

Eu o perdoei.

Mas isso não significava que no dia seguinte eu iria beijá-lo e agir naturalmente, como se não tivesse sido espancado.

Gemma ligou para o celular dele.

Eu e ela brigamos pelo telefone assim que gritei que não iria para casamento nenhum.

Tudo parece estar desmoronando, mãe.

É como se eu tivesse pedido para todo esse caos entrar na minha vida de uma maneira brusca, sem nem ao menos pedir licença pela passagem.

Não estou conseguindo comer, minha mandíbula parece ter sido triturada por um triturador, ando me alimentando só por meio de água, sucos e sopas.

Não consigo dormir, pois cada vez que viro para um lado, meu braço pede clemência e eu grito por misericórdia pela dor aguda.

Nunca pensei que diria isso, mas estou completamente exausto.

Nem cheio de dores Louis Tomlinson me liberta dessa prisão como dono de casa, ainda assim tenho que limpar a casa, cuidar de suas roupas e fazer sua comida.

Se eu não o fizer, tenho medo de levar outra surra novamente.

E confie em mim, mamãe, levar outra surra é tudo o que eu menos quero nessa vida miserável.

Sinto falta de seus abraços acolhedores, aqueles mesmos abraços que você me dava quando eu estava triste por uma nota na escola e a senhora tentava me consolar dizendo que eu não precisava de um número para ser feliz por completo.

Max late toda vez que eu falo seu nome em voz alta, acho que ele também sente a sua falta.

Eu amo você, mamãe.

Com amor...

H.S

Frágil // L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora