Feliz ano novo, mamãe!
Espero que tenha comido bastante e que tenha festejado demais com o vovô e a vovó.
Eu passei o final do ano em casa, sentado em uma mesa de jantar farta de comida, sem acompanhante porque o meu marido decidiu se atrasar e não permitiu que eu convidasse amigos e família para comemorar comigo.
Ele disse que pegou trânsito, mas não havia trânsito aqui na nossa região, porque se houvesse, teria passado no jornal.
Ele veio chegar uma da manhã, bêbado e com cara de sono, pedindo para que eu tomasse um banho no andar de baixo porque ele iria usar o banheiro do andar de cima.
Eu não queria, mas mesmo assim o fiz, exatamente do jeitinho que ele mandou (não com essas palavras, pois não vou citar o vocabulário chulo de meu marido neste momento).
Pensei que ele tivesse pedido isso para sairmos e aproveitar o resto de nossa madrugada, juntos, como um casal.
Mas ele me agarrou na cama e tirou minhas roupas as pressas, falando palavrões e dizendo que eu iria ser dele por bem ou por mal naquele dia.
Eu não queria, mas ele forçou tudo, mamãe.
Mas eu não considerei estupro, pois estupros não acontecem dentro de relacionamentos, não é?
Ele me apertava fortemente com a sua mão extremamente pesada, deixando marcas roxas e doloridas por todo o meu corpo.
Fiquei triste por ele ter sido tão bruto comigo naquele momento.
Mas o perdoei, mamãe.
Era coisa de momento, ele vai mudar, tenho plena certeza disso.
Na manhã seguinte ele saiu cedo e nem sequer me avisou, revirou o guarda-roupa inteirinho e de manhã dei por falta de seu terno caro que ele usava para ocasiões super importantes.
Mas ele estava de férias, o que havia de tão importante assim se não fosse o seu trabalho?
Sinto tanto a sua falta!
H.S