Capítulo 5: Estúdio

1K 109 40
                                    

Impossível... Eu não conseguia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Ele realmente estava ali! Mas por quê? Depois de tantas aventuras dimensionais ao lado da Star, depois de tantas brigas e desentendimentos, batalhas e tréguas, risos e discussões... Por que ele veio aqui?

– Já faz um tempo. – o ouço dizer com um leve sorriso provocativo em seu rosto.

– Sim, faz. Mas confesso que estou surpreso em ver você, cara.  – admito, sincero. – Veio visitar a Star? – pergunto tentando parecer calmo e tranquilo, embora estivesse sentindo o completo oposto por dentro.

– Na verdade, eu só estava de passagem. Eu queria dar um tempo de casa e acabei vindo pra cá. – murmura com um longo suspiro. – Mas também fiquei surpreso em te ver. Não sabia que trabalhava aqui. – diz, apontando para o Café a poucos metros de onde estávamos.

– Ah não, eu não trabalho aqui, esse Café é da Jackie. Ela me pediu para cobrir ela hoje porque havia se inscrito em um Campeonato de Skate que era do outro lado da cidade e não havia ninguém para cuidar da loja. – expliquei. – Pra ser sincero, eu me formei em marketing e em fotografia. – revelo, vendo Tom ficar surpreso.

– Sério? Marco Diaz, fotógrafo profissional?! – murmura incrédulo, e com uma leve pitada de ironia.

– Ah, qual é? Eu não era tão ruim assim. – rebato, vendo-o arquear levemente a sobrancelha, me fazendo suspirar e erguer as mãos em rendição.  – Certo, eu admito que eu não era muito bom antigamente, mas foi por isso que me especializei nessa área. E até que me sai muito bem fique você sabendo. – digo orgulhoso de mim mesmo. – Na verdade, meu estúdio fica aqui perto. Vem, vou te mostrar.

E sem nem mesmo esperar por sua resposta, segurei em sua mão e o guiei rapidamente pelas ruas, sendo iluminado pelos postes e pela luz da lua, que vez ou outra era escondida pelas nuven enquanto nos distanciávamos cada vez mais do Café ao percorrer os quarteirões.

Não demorou muito tempo e logo nos encontrávamos na frente de um belo edifício. Seu exterior era todo preto, com alguns detalhes em dourado dando ao local um charme e uma pitada de sofisticação, enquanti que notas musicais pintadas na cor branca e flashs de câmeras também podiam ser facilmente notados, destacando-se sobre o preto da parede e entrando em harmonia com o doutorado.

Retirei as chaves do bolso, destranquei a porta e desativei o alarme, acendendo as luzes logo em seguida e dando passagem para que Tom também entrasse. O interior também era bem equilibrado, tendo duas paredes pretas e duas brancas, e alguns vasos de plantas que davam uma cor sutil, adicionando assim um pouco de verde ao ambiente. Fotografias e imagens de trabalhos realizados anteriormente também podiam ser vistos facilmente, decorando as paredes ao redor, enquanto que a mesa da recepção ficava mais ao fundo.

– Bem-vindo ao meu estúdio. – digo, voltando minha atenção novamente para o príncipe do submundo.

– Uau, você não tava mesmo brincando quando disse que era procurado. – disse, olhando algumas das fotografias.

– Vem, vou te mostrar o local. – aviso, subindo as escadas que levavam ao segundo andar do prédio.

No segundo andar, a direita ficava meu estúdio. As paredes eram brancas para permitir o melhor aproveitamento da iluminação, os tripés, as câmeras e os filmes ficavam em um armário do lado direito da sala, enquanto que as fantasias, acessórios e enfeites ficavam do lado esquerdo, permitindo assim que na parede central ficasse os holofotes e os cenários que embelezavam ainda mais o momento, dando as fotografias uma definição única e mágica.

Já do lado esquerdo do corredor, ficava a área de marketing. A sala parecia mais um estúdio de gravação, contendo um pequeno palco, cabines e alguns instrumentos musicais, além de aparelhos de efeitos especiais, cenários, filmadoras e holofotes. Do outro lado da sala ficava uma mesa de desenho, onde eu podia criar as logomarcas e símbolos que eram encomendados. Em um canto mais afastado estava meu computador onde eu juntava tudo e melhorava os efeitos, criando assim as apresentações dos meus trabalhos.

– E aí? O que você achou do Estúdio Diaz? – pergunto, animado, vendo Tom encarar cada objeto ao nosso redor.

– É impressionante. Você pode fazer qualquer coisa que quiser aqui, desde um clipe ou vídeo até um pequeno filme. É demais! – exclama, entusiasmado.

Meu estúdio era um pouco longe de casa, mas em compensação era perto do Café da Jackie. Ali era um lugar tranquilo e bom para se trabalhar, os clientes eram fiéis e sempre havia algum evento ou comemoração na cidade que precisava de um fotógrafo. E embora houvesse trabalhos e projetos difíceis, o final de cada um era recompensador.

Novamente sou tirado de meus pensamentos ao ver o Tom subindo no pequeno palco e se dirigindo diretamente para um dos painéis de controle. Era graças aqueles painéis que muitos efeitos eram adicionados durante as gravações, como as máquinas de fumaças, as mudanças de luzes, chuvas de confete, volume do som e vários outros.

– O que esse botão faz?

– Espera Tom, não aperta isso!!!

Mas era tarde demais... De repente, todas as luzes da sala mudaram de cor, tornando-se um vermelho sangue, o som havia sido acionado e uma música de rock and roll tocava no volume máximo, enquanto o ambiente era completamente tomado pela densa fumaça criada pelas máquinas e que agora limitavam nossa visão.

– Caramba! Como é que se desligar essa coisa? – exclama ele, desesperado.

Aquilo era uma verdadeira bagunça, mas por sorte eu vivia com a Star, então já estava acostumado com um pouco de caos. Rsrsrs... Enfim, me dirigi rapidamente ao palco, subindo no mesmo, e com cuidado tateei as cegas pelo caminho até finalmente chegar ao painel de controles, desligando assim a música e as máquinas de fumaça.

– Tom, você está bem? – grito, procurando ao redor de toda aquela fumaça.

De repente, sinto alguma coisa se chocar contra mim, me derrubando e prendendo-me ao chão. Era ele. Tom havia retirado sua blusa para tentar dissipar a fumaça e agora estava sobre mim apenas com uma camisa preta sem mangas.

Eu estava preso sob seu corpo com nossos rostos a poucos centímetros um do outro, sentindo minha garganta ficar completamente seca e meu coração bater tão forte que por um momento fiquei com medo de que ele pudesse ouvi-lo.

Noto Tom se aproximar lentamente de mim e involuntariamente me vejo fazendo o mesmo, dirigindo meu olhar aos seus lábios. Ele vai me beijar? Sinto o calor de seu corpo junto ao meu e sua respiração se misturando a minha. Eu deveria me erguer e dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas não conseguia. Minha mente estava em branco!

De repente, Tom e eu somos tirados rapidamente daquele transe ao ouvir meu celular tocando ruidosamente, fazendo com que Tom se afastasse imediatamente de mim, voltando a ficar de pé. Faço o mesmo, me levantando também e aproveitando para ver quem estava me ligando naquele momento. Era a Star.

🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸
Pô Star, você tinha que ligar justo agora?! Rsrsrs...

Enfim pessoal, o capítulo de hoje é dedicado a ChuvaDeDezembro, zRened, tiah_soph, Natsume_Gray, Potter_w, SummerBrS2, user60529451, Aodbeve e a todos os demais leitores que tem acompanhado esta obra. Muito obrigada pelo apoio de vocês, sem isso eu jamais conseguiria continuar seguindo em frente.

Espero não ter decepcionado vocês com o capítulo de hoje. Rsrsrs... Se estão gostando, por favor, vote, comente, digam o que estão achando da fanfic. Isso realmente me ajuda e me inspira muito a trazer novos capítulos para vocês. Tchau pessoal, beijos e até a próxima. :3

Meu Querido DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora