a little bit dangerous - choni

chapter 15

As duas andaram abraçadas por um bom tempo. Cheryl parou e percebeu que o corpo da pequena estava tremendo, era a raiva que fluía por suas veias.

Eu devia ter arrancado a cabeça dele e dado de comida para os cachorros!

- Toni?

A morena voltou à realidade. Cheryl ainda a confortava com os braços ao redor de seu corpo.

- Oi, ruiva?

E Cheryl sorriu, a situação estava se amenizando.

- Você não sabe o que fez por mim. Muito obrigada!

- Você acha que eu fiz por você? - Falou a morena brincando. - Aquilo foi uma desculpa para bater em alguém, eu tava precisando!

Cheryl lhe deu um tapa no braço e a abraçou apertado.

Ah não, ruiva! Ai já é tortura demais. Ter essa boca divina tão perto da minha e não poder fazer nada!

Cheryl respirou ar quente no pescoço de Toni que se arrepiou com o calor.

Faça cálculos, Toni. Não pense besteira! Vamos lá, um + dois = boca da Cheryl. Puta que pariu!

Toni quebrou o abraço. A ruiva estranhou a reação.

- O que foi, Toni?

- Não é nada, estou atrasada para a aula!

E saiu apressada. Deixando uma Cheryl alienada no meio do corredor.

---x---

- Blossom! - Verônica veio correndo na direção de Cheryl que estava guardando alguns livros no armário. - Onde está o seu rabo?

Cheryl arqueou uma sobrancelha.

- Quê?

- A anã que anda com você. Bom, na verdade ela é uma cruza de anã com gnomo cantante!

Cheryl ainda não tinha entendido nada.

- Do que você está falando?

E Verônica sacou o notebook da bolsa e abriu de frente para Cheryl. O queixo da líder de torcida foi de encontro ao chão. Era o vídeo de Toni cantando no bar na noite passada.

- Chama ela para entrar no clube! Todos já debatemos e estamos de acordo.

A ruiva estava incrédula.

- Até você? Você quer a Toni no clube do coral?

- Se ela começar a usar saias curtas na sala do coral, eu não vou fazer objeção.

A ruiva a sua frente socou o armário para fecha-lo. E encarou a latina com os olhos faiscando.

- Você quer a Toni lá? Então você vai lá e chama ela.

E saiu trotando dali.

Esqueci que não posso falar das pernas da anã perto da branca de neve. Que furada! Um dia eu morro pela língua.

---x---

Toni estava sentada na arquibancada, acendendo um cigarro atrás do outro. Tentando aliviar a tensão e a dor que lhe invadiam sem pudor. Mas o azar era seu acompanhante e esse veio na forma de uma latina nada simpática.

Lá vem a piranha de Tebas!

- Anã, eu quero falar com você!

E eu quero que você fique muda para sempre. Mas nem sempre se tem o que se quer!

- Não tenho tempo para suas idiotices agora!

Mas Verônica fez uma barreira na frente dela, tirou um papel de dentro do bolso e começou a lê-lo.