Capítulo 11 - O Segredo da Câmara dos Anciões (Parte 2)

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"Eugeo.

Eugeo...

O que houve?

Teve um pesadelo...?"

Uma luz alaranjada tremulava no interior da lamparina com um som muito suave.

Em pé no corredor, Eugeo estava com parte de seu rosto afundado no seu travesseiro, enquanto o

abraçava fortemente. Olhava para dentro do cômodo através da porta ligeiramente aberta,

escondendo parte de seu corpo.

Havia duas camas simples de madeiras dentro daquela habitação, mas provavelmente caberia

muito mais ali, já que seu tamanho assim o permitia. A da direita estava vazia, com somente uma

colcha recém-lavada e dobrada depositada em cima.

Uma silhueta muito esbelta estava sobre a cama da esquerda, olhando Eugeo com sua parte

superior do corpo ereta.

Não era possível visualizar seu rosto muito bem na parca luz da lamparina. Vestia uma camisola de

um branco muito puro, aberta em um decote muito acentuado, mostrando boa parte de sua pele

desnuda, igualmente alva como sua vestimenta.

Tinha cabelos longos e soltos se espalhando pela cama, tão suaves quantos fios de seda da mais

alta classe.

Mesmo a pouca luz, seus lábios lindamente brilhantes, mostravam um sorriso aconchegante.

"Está com frio, não é? Venha até aqui, Eugeo!"

A colcha sobre suas pernas lentamente se ergueu. Aquilo de fato não parecia ser feita de tecido e

sim de um material líquido viscoso, quente e escuro. Nesse momento, a friagem do corredor em

que se encontrava pareceu aumentar exponencialmente.

Então, seus pés se moveram antes que pudesse pensar.

Eugeo foi-se dirigindo à cama com passos incertos.

Estranhamente, conforme se aproximava, a luz da lâmpada parecia ficar mais e mais fraca,

fazendo o rosto daquela mulher continuar jogado à penumbra. Porém, nada disso importava para

Eugeo, seus pensamentos estavam cheios de desejo de se esquentar naquela cálida escuridão, por

isso, seguiu caminhando.

Gradativamente, sua visão foi-se estreitando, se estreitando, até... ficar apenas um único ponto,

mas nem mesmo isso o fazia se sentir estranho ou desconfortável.

Finalmente chegou à cama. Percebeu que a mesma era absurdamente alta, então, jogou o

travesseiro em sua superfície e se preparou para subir.

Nesse momento, um pano muito suave se agitou sobre ele, jogando sua visão em total escuridão.

Mas o garoto apenas continuou seguindo em frente, deslizando mais e mais para dentro daquele

mundo tingido de negro.

Poucos instantes depois, seus dedos entraram em contato com uma porção de pele quente,

cheirosa e muito macia.

Sword Art Online - Alicization Running [Underworld] Onde histórias criam vida. Descubra agora