Capítulo 6 - Parte 2

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Subi as escadas junto com as meninas e procurei pela minha porta. Meu quarto ficou subindo as escadas, virando no corredor a direita, terceira porta. Com o tempo eu me acostumaria. Por azar fiquei ao lado de Daisy, só esperava não trombar com ela muitas vezes.

Entrei em meu quarto e meu queixo caiu. O lugar era praticamente minha casa inteira. Minha cama ficava de frente para um sobrado que dava para o jardim. Minhas malas estavam em um pequeno salão ali presente e colada na parede estava minha penteadeira e um armário simples. Caminhei até a segunda porta existente no meu quarto e abri me deparando com um banheiro dos meus sonhos. Tudo branco com alguns detalhes em lilás. A banheira praticamente me chamava, e até o box parecia ser relaxante. Parecia que eu havia morrido e ido para o céu.

Fechei a porta e voltei para cama, só então me dei conta do pacote em cima dela. Sentei sentindo a maciez da cama e me deitei outra vez sobre o travesseiro, trazendo o embrulho nas mãos. Rasguei o papel vendo a foto de uma caixinha de celular. Quando abro, uma nota de papel cai sobre mim e pego para ler.

"Seja bem-vinda ao seu quarto Ariel. Espero que esteja do seu agrado. O celular contém os contatos de seus familiares e o meu, como deve ter sido informada. Gostaria de ter estado presente para recebê-la, mas estarei aí amanhã de manhã.

Estou ansioso para vê-la, Ariel.

Jamie."

Deixo o papel de lado ligando o celular. Sorrio ao ver a foto que enviei para a seleção no fundo de tela. Vou para os contatos e vejo apenas três números, o lar de minha avó, o número de Laura e o dele. Eu não tenho tantos parentes.

Ouço uma batida à porta e me sento na cama. Sem esperar que eu diga algo, vejo Laura passar pela porta e ficar de queixo caído ao ver o quarto. Gargalho de sua reação.

— Espera só até ver o banheiro! — digo e ela vai correndo. Escuto seu praguejar e caio rindo na cama. Laura volta e pula na cama junto comigo.

— Isso que eu chamo de quarto!

— Eu que o diga! Nunca imaginei que um dia dormiria em um quarto assim. — digo olhando tudo de novo e paro o meu olhar em minhas malas. — Me ajuda com aquilo? — pergunto a Laura e ela se levanta da cama pronta para me ajudar.

— E então, como foi com as outras mulheres?

— Foi tranquilo, ainda não decorei o nome de todas, mas sei de quem gostei e de quem realmente não gostei.

— Mas você sabe que é o Jamie quem tem que gostar, não é? — ela me recorda e concordo.

— Eu sei, mas vou tentar mostrar a ele, as cobras que não viu na primeira entrevista.

— Já fiquei sabendo. As meninas que estavam acompanhando-as, falaram que são o cão em forma de anjo.

— Forma de anjo? Aquilo lá tem forma de demônio mesmo, mas sabe o pior?

— O quê?

— O quarto de uma delas é do lado do meu. — Laura para o que está fazendo e me olha assustada.

— Por via das dúvidas, mantenha a porta do seu quarto fechada, enquanto dorme!

Acho graça do seu desespero, mas prometo fazer o que ela diz. Depois do almoço, — que quase superou os pratos de minha avó — passamos o resto da tarde arrumando as malas. Conversava com algumas meninas e depois voltava para o quarto. À noite, enquanto me preparava para dormir, Laura deixara avisado que seu quarto ficava no andar de baixo, e me lembrou de fechar a porta, depois que ela saísse e quando finalmente fechei a porta, caí na cama exausta.

Havia sido um dia bastante cansativo!

Acordei comprovando que batidas em minha porta e sussurros, não faziam parte do meu sonho. Verifiquei no celular que só havia fechado os olhos por duas horas. Argh! Quem é o ser humano que acorda uma pessoa que já está dormindo?

Liguei o abajur do lado da cama e saí da mesma chutando os lençóis. Destranquei minha porta e sem esperar que eu abrisse, ela veio num rompante me fazendo pular para trás.

— O que foi... — comecei, mas minha fala foi interrompida por mãos grandes.

— Fala baixo, Ariel! — Jamie me repreendeu sussurrando e paralisei.

O que ele estava fazendo aqui? Não iria aparecer só amanhã? Destampei minha boca tirando suas mãos e me afastei.

— Ficou doido, é? Pensei que você fosse vir só amanhã? — sussurrei de volta.

— Tecnicamente é amanhã, só que estamos no começo da madrugada. — murmurou e olhou ao redor de forma serena com um rosto tranquilo. — Então, você dorme de porta trancada? — indaga caminhando até minha cama e se sentando.

— É por proteção. — explico, vejo ele me olhar esquisito e reparo que está de moletom e regata, me dando uma amostra de todos os músculos adquiridos em seu braço. Wow! E que braços! Sacudo a cabeça voltando ao presente. — O que faz aqui?

— Acabei de chegar de uma viagem de negócios. Estava ansioso, apenas troquei de roupa e vim lhe ver, quero saber o que achou das minhas escolhidas. — fala sem pressa e cruzo meus braços gemendo.

— Não podia esperar o dia amanhecer? — resmungo e me sento ao seu lado.

— Esperar o amanhecer significaria perder você de baby-doll. — diz divertido e reviro os olhos.

— Encare como um short e uma blusa e sim, conheci as suas mulheres. Não muito bem, falei pouco com elas.

— E, então? — Insiste e mordo meu lábio inferior.

Será que devo dar minha opinião? Melhor não, quer dizer, por enquanto não.

— Ainda não tenho uma opinião formada Jamie, mas gostei muito da Esther e da Malu, essa última é enfermeira..., mas você já sabe disso. Pesquisou a vida de todas. — falo sem importância e vejo uma de suas sobrancelhas erguer.

— Disse que tinha me perdoado.

— Eu não perdoei você, eu desculpei você, é bem diferente!

— Ah, é? Me explique então qual a diferença, Ariel? — notei o divertimento em sua voz e fiquei o olhando por segundos.

Que petulante!

— Por que você não dá o fora do meu quarto, hein? — digo e vejo sua cabeça cair para trás com a risada baixa. Seguro meu riso não querendo acompanhá-lo por pura teimosia.

— Tudo bem, Ariel, já estou indo. — diz respirando fundo. — Muito obrigado por essa pequena conversa.

Jamie se levanta e faço o mesmo. Seu rosto se abaixa para me olhar ainda com um sorriso nos lábios e o empurro para a porta revirando os olhos. Abro a porta e saio para o corredor vendo se não há ninguém, depois me afasto para que Jamie possa sair.

— Vejo você daqui a pouco, Ariel. — sussurra e beija minha bochecha. Abro a boca surpresa.

Jamie da meia volta e quando não o vejo mais, levo minha mão até o local do beijo que foi suave e quente.

— O que foi isso? — sussurro e volto para o quarto, precisamente, minha cama.

Eu precisava dormir.

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Hey meus amores!!!! Último capítulo deste ano! Hahahha Capítulo novo agora só em 2019!

Feliz Ano Novo adiantado, que 2019 seja surpreendente.

Amo vocês meus amores!
😍

A Conselheira de Jamie West - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora