N O T A S D O A U T O R
• Hey, viados, viadas, héteros, garotos e garotas. Vim anunciar juntamente de bastante alegria - ou tristeza - que estamos quase chegando no final dessa one-shot. Sem mais delongas, desejo uma boa leitura à vocês. ❤❤❤❤❤─────────────────────────
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Depois do dia exaustivo, Jughead ansiava somente por uma saída imediata. Não queria ver ninguém e não queria conversar com ninguém, mas ao mesmo tempo queria. Aqueles que ele desejava já não estavam mais do seu lado. Jughead se viu solitário.A cena de Betty aos beijos com um dos caras mais detestáveis do colégio fora reproduzida em sua mente. Não ia embora. Não dava o mínimo sossego merecido para Jughead. De repente, alguém o dizia para finalizar sua vida sem covardia. Era isso que ele planejava a um bom tempo. Afinal, não faria diferença para os demais que girava em torno de si.
Apesar dos pensamentos suicidas que atormentavam a mente do rapaz, Jughead tentou manter a calma. Sentou-se no sofá, paralisado, e procurou se distrair. Ligou a televisão e nenhuma programação parecia interessante. Folheou as páginas do seu livro favorito e nada. Nada conseguia livrar Jughead daqueles pensamentos mortais.
Estava preparado para se levantar, quando seu pai adentrara à sala. Apressado, dando à entender que já estava de saída para o trabalho. Aparentava procurar as chaves para isso acontecer.
— Desculpe. Não sabia que tinha chegado. – FP disse e esboçou um sorriso sútil ao se deparar com o menor.
— Está tudo bem. – Jughead o respondeu em um murmúrio tristonho, desconsiderando a pressa de seu pai.
Desde que seus pais se separaram e sua mãe partiu para longe seguido de sua irmã, ele se distanciara completamente. A relação de pai e filho não era mais a mesma. Longe de compreensão, demonstração de afeto ou apoio. FP só pensava em trabalhar, por mais que notasse a tristeza evidente do seu filho quanto à separação. Não tirava um minuto do seu tempo puxado para falar do assunto.
— Pai. – FP estava quase saindo, quando Jughead o chamou repentinamente. — Quando a mamãe volta?
Jughead o encarou após ter questionado. FP não tinha respostas para suprimir aquele clima angustiante e os olhos esverdeados árduos de seu filho. No momento que entreabriu a boca para respondê-lo, seu telefone tocou - o que sempre se repetia quando Jughead tentava iniciar um diálogo com seu pai -. Portanto, o mais novo suspirou, enfastiado.
FP acariciou a cabeça de seu filho com frieza sem dizer absolutamente nada, tratando de atender a ligação depois de ter saído. Jughead braveou, irritado, levantou-se e chutou o primeiro móvel em sua frente. Sentiu a enorme vontade de chorar, mas se conteve - na verdade, as lágrimas não desceram dessa vez. Seu objetivo anterior fora tão intenso ao ponto de destruir sua sensibilidade, restando apenas a raiva.
Jughead subiu os degraus da escada, se locomoveu até o banheiro do segundo andar e trancou-se no cômodo. Ele retirou o gorro de sua cabeça e o jogou sobre a pia. Defrontou seu próprio reflexo no espelho, refletindo se era exatamente aquilo que pretendia fazer para que seu sofrimento acabasse.
Não quis pensar muito. Não quis fraquejar. No instante que sentiu o gélido da lâmina na palma de sua mão, estava decidido do que iria fazer.
Jughead sentou-se no chão do banheiro, solevantou as mangas de sua blusa na altura de seus braços e posicionou a lâmina no pulso esquerdo. Umedeceu os lábios, nervoso. Respirava descontroladamente. Fechou os olhos antes de fracassar, como nas últimas vezes fizera.
O moreno aprofundou a lâmina em sua pele e deslizou aos poucos. Jughead gemeu pela ardência que lhe pegou e pelo líquido aterrorizante que caía na mão que segurava o objeto. A visão do garoto embaciou, ficando cada vez mais turva. Seus movimentos ficaram mais frágeis.
Ainda animado, teve a capacidade de escutar a agitação vindo do primeiro andar até o segundo. Alguém moveu a maçaneta inúmeras vezes em um ato desesperado. Ele reconheceu aquela voz de primeira:
— JUG! JUG!! ABRE A PORTA! – a voz enrouquecida e aflita de Archie entrou nos ouvidos de Jughead, que abrira os olhos no mesmo minuto.
A quantidade de sangue que saía do seu pulso aberto lhe assustava, juntamente da insistência excessiva de Archie para entrar. Jughead quase arrependeu-se. Quase. Mas por algum motivo, lágrimas quentes escorreram em suas bochechas empalidecidas e gemidos involuntários acompanhavam aquela onda.
Com o auxílio de um chute, Archie conseguiu derrubar aquela porta. Ele arregalou os olhos e tentou reanimar Jughead, o chamando pelo seu nome inutilmente. Jughead não tinha estruturas para atendê-lo, por mais que quisesse. Só chorava e soluçava, observando-se perder uma quantidade assustadora de sangue.
— Jug! Jug! Fala comigo, por favor! – Archie implorava enquanto o abraçava, mas não adquiria nenhum sinal de estabilidade.
A palidez no rosto de Jughead tornou-se perceptível. A voz do ruivo chamando a ambulância pelo telefone ressoou nos seus ouvidos, não concretamente. Não identificava mais nada, sua visão não permitia; sua mente se desligava da realidade. Inconsciente, tombou sua cabeça no ombro do ruivo, perdendo todos os sentidos.
Enquanto Archie, prendia o corpo do garoto contra o seu e tentava romper o sangramento com a sua mão vaga. Dizia a si mesmo que Jughead não iria partir tão depressa. Aquela apreensão o amedrontava. Archie iria perder uma parte de algo que não chegou nem perto de ser seu; e aquilo era triste. Não poderia ocorrer. Não com o ruivo, que desejava tê-lo inconsequentemente.
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Hey, nenéns. O que acharam deste penúltimo capítulo? Comentem aqui em baixo a opinião de vocês e votem muitíssimo. Vocês não têm noção do quanto eu chorei escrevendo este capítulo, sério. Até o próxima. ❤❤❤❤❤
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Suicide Letter ❏ jarchie.
Ficção Adolescente❝onde archie chega a tempo antes de jughead tentar se suicidar.❞ créditos do plot: @-parkeryhollx. ◉ One-shot fanfiction. ◉ Início: vinte e dois de outubro, dois mil e dezoito. ◉ Término: vinte e um de fevereiro, dois mil e dezenove.