A Chegada do Príncipe

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     Eleonora avistara o castelo com as últimas torres do mesmo serem iluminadas pelos últimos raios do entardecer daquele dia. Ela pegou a antiga estrada real, por onde sairá da última vez, e se aproximou de um antigo estábulo, onde desceu do cavalo e se apressou para entrar sem que fosse vista. O ranger da velha porta de madeira na entrada dos servos do castelo, ecoou sobre a sala de condimentos, onde estava apenas um velho senhor que apenas referenciou a rainha e lhe abriu a outra porta.
   Os castelo estava vazio, havia pouco guardas no subsolo, então Eleonora subiu as pressas para o quarto, ainda encapuzada, porém ao alcançar o último degrau, ela se deparou com Catia, sua enteada, que estava espantada em vê-la.
    - Porque você demorou?- sussurrou ela.
    - Eu tive alguns problemas para voltar. Seu pai já chegou?- perguntou Eleonora, retirando o capuz.
     - Sim, e está furioso por não ter te encontrado no castelo. Nem retire essa roupa, pelo menos alguma coisa vai convencê -lo a se acalmar.- disse Catia,  e delicadamente tranpassou seu braço com a da jovem madrasta e desceu às escadas.
      No salão do trono, Vortigern estava sentado com o apoio de uma perna só sobre a mesa, e comia uma ameixa pensando em sua esposa, desaparecida desde a manhã daquele dia.
      As portas se abriram, revelando os soldados que acompanhavam Catia, que entrou primeiro e depois, Eleonora, cabisbaixa.
       Vortigern se irou ao ver a esposa com vestes humildes, e jogando o resto da ameixa no prato. Ele se endireitou e gritou:
       - Onde você estava?!- com os olhos fixos em Eleonora, a alguns metros de distância. Entre os soldados que estava reverenciados junto a Catia, diante do Rei.
        - Eu fui a cidade, novamente para ver o que eu já havia lhe dito.- disse Eleonora, olhando fixo para ele.
        Vortigern estreitou o olhar, e bufando,  derrubou a mesa de madeira e assustando a todos, gritou:
        - TODOS PARA FORA!!!!
        Catia,  os soldados e os demais servos que estavam no salão rapidamente passaram por Eleonora, que olhava fixo para Vortigern, e fecharam as porta após a rápida saída a mando do Rei.
        Vortigern olhava para Eleonora, com as mãos na cintura e ofegante. Tentava não explodir em sua raiva, com sua mente trabalhado em pensar no que ela estava fazendo o dia inteiro, enquanto ele esteve fora.
        Ele desceu os degraus que os separavam, chutando algumas frutas e tigelas de prata que estavam caídas no meio do caminho, e se aproximando de Eleonora ele disse:
      - Me dê uma explicação para eu não trancá-la na torre, Eleonora...- disse o rei, ofegante e com o rosto vermelho.
      - Eu estava olhando pela criança em que eu desejo criar.- disse ela calmamente, olhando para o Rei enfurecido.
      - E porque tanta visita a essa criança? Por acaso ela está doente? E por que não me pediu permissão para sair do Castelo?- gritou ele.
      - Eu sou rainha, Vortigern, tenho liberdade para ir e vir quando me convém...- respondeu ela.
       Vortigern a encarou e estreitando o olhar, se aproximou do rosto da garota, inclinando-se para nivelar seu olhar. Eleonora sentiu medo e podia sentir o arfar quente da respiração do Rei em seu rosto, porém a mesma se manteve imóvel e sem expressar qualquer reação ao ódio dele.
      - Devo lembrar de que você é minha mulher antes de ser rainha. E como minha mulher e cidadã deste país, deve obedecer a mim.- disse Vortigern.
       Eleonora continuou o encarar, sem responder ou contender com a afirmação dele. Vortigern se endireitou e a olhando de cima, respirou fundo, e passando as mãos por trás do pescoço de Eleonora, fingiu um sorriso ao puxar levemente os cabelos dela para trás, e vendo a pé e branca de seu pescoço e a borda dos seios dela sobre o decote, ele sorriu e largando-a,  disse:
      - Suba e se banhe.  Coloque uma roupa digna de uma rainha e me espera na cama. Estou com saudades de seu corpo, esposa.
      Eleonora simplesmente abaixou a cabeça e atravessando a lateral do corpo de Vortigern, pegou a escada que dava acesso a outros andares e ao quarto de Rei.

      

      Mais tarde, Eleonora estava deitada de braço sobre a cama, vestida com uma camisola fina de seda rósea, lendo um antigo livro sobre a cama, de forma que cruzava na transversal, com a cabeça de frente a entrada do quarto. Era tarde quando Vortigern abriu a porta do quarto, e Eleonora o pode ver, a alguns metros de distância, ao entrar no hall antes do closet e do propriamente, quarto.
    Ele suspirou e olhou para ela, em seguida retirou a coroa e a colocou sobre uma grossa almofada de linho, sobre uma mesa no centro do hall de entrada do quarto. Eleonora ouviu os passos dele até a porta do quarto, ele abriu a fresta por onde Eleonora observou este tempo inteiro. E se colocando entre as portas, ele observou em como ela estava  na cama.
     Ele sorriu e disse:
     - Mesmo que eu queira, não consigo ficar longe de você, mulher.-  disse ele despindo-se.
      Eleonora o olhou por cima do livro e então vou a ler. Ela olhava as sombras do corpo dele se despindo as roupas e quando ficou realmente nu, Vortigern andou pela lateral da cama, e subindo de joelhos sobre a cama, deitou-se levemente sobre o corpo de Eleonora, beijando-lhe o pescoço disse:
       - Senti saudades do teu corpo, do teu cheiro... de como é estar dentro de você.- disse ele subindo a fina camisola que ela vestia.
       Eleonora fechou os olhos e foi obrigada a largar o livro quando Vortigern ficou de joelhos sobre a cama e puxou-lhe o quadril para trás, penetrando com força. Ela segurou o grito e mordeu os lábios enquanto o sentia entrar e sair bruscamente, ela olhou para o lado e para trás, vendo que ele a segurava pelo quadril fortemente e gemia ao usá-la de forma pouco gentil. O choque de seus  corpos ecoava no quarto, Vortigern fechava os olhos e cada vez mais sentia prazer, sua força aumentava, de forma que ele apertava o volume dos quadris de Eleonora provocando vermelhidão na pele branca dela. A jovem espremia os olhos e tentava não gritar, era prazeroso mais ao mesmo tempo, pouco doloroso devido ao tamanho do membro e a forma de como Vortigern entrava a ela. Eleonora, suavemente tocou a mão de Vortigern sobre seu quadril, e disse:
     - Meu Rei...
     E então o mesmo urro quando se alugou por completo dentro dela. E caindo sobre o colchão, descansou ofegante. Eleonora abaixou a camisola e sentou-se lentamente, ainda sentindo as dores que ele causara nela.
    - Deite comigo, meu amor.- disse ele,  puxando a mão de Eleonora junto a seu peito desnudo, e aceitando, Eleonora deitou-se com a cabeça sobre seu peito.
     
     Depois de alguns minutos, ambos acordados e pensando em suas vidas e  segredos, Vortigern abraçou a cintura da garota, enquanto a mesma desenhava suavemente com os dedos da mão sobre os músculos do peitoral do Rei.
     - Nunca lhe contei como me tornei rei, não é?
      Eleonora levantou sua cabeça e olhando para cima, afirmou que não.
      - Meu irmão mais velho, Uther, era quem tinha a coroa sobre a cabeça. Eu desejava-a, muito e muito, pois eu sabia que eu a teria. Eu sempre fui grandioso, egocêntrico e vaidoso. Eu queria mais poder do que eu tinha como príncipe, eu queria governar e colocar a todos sobre meus pés. Então... procurei Mordred, um dos magos da ordem de Merlin, e fiz um pacto que se derrubássemos o reinado de meu irmão, compartilharíamos poder e glória. Ele era podoreso e eu também seria, porém meu irmão era portador da espada Excalibur, a qual foi feita por Merlin e derrubou tudo o que eu tinha planejado, matando Mordred.
     Eleonora o encarava com suavidade, tentando não correr dos braços dele, que era a sua vontade. Ela suspirou e então fingiu estar interessada na conversa:
     - E o que você fez após isso?
     Vortigern a olhou, detalhando cada centímetro de seu rosto perfeito e tocando suas bochechas com uma outra mão, disse:
       - Eu busquei força obscuras que eu aprendi com os anos de estudo com Mordred. Busquei algo que me tornasse poderoso, mais do que meu irmão e a espada. Eu matei minha primeira esposa em troca de poder, e ofereci seu corpo aos sereianos que me deram um poder obscuro e sombrio. Naquela noite, enquanto todos que eram leais ao meu irmão foram mortas, eu fui pessoal.ente matá-lo. Não a mim, como Vortigern, mas como um ser poderoso e sedento de sangue. Matei sua esposa e meu próprio irmão, morreu, e a espada desapareceu com ele. A única coisa que perdi de minhas vistas aquela noite foi o filho do Rei, Arthur, meu sobrinho.
     Eleonora engoliu a seco e neste momento abaixou a cabeça e deitou-se sobre o peito de Vortigern, enquanto disseminava tudo aquilo em sua mente. O que Blue falara naquela ter era verdade, e seu passado com Arthur agora parecia tudo mais claro. Ele era o verdadeiro rei, enquanto aquele que acariciava suas costas e que ela dormia sobre seu peito naquele momento era um ser mau, egocêntrico e cruel. Mesmo assim, Eleonora não demonstrou nenhum sinal contrário à Vortigern, ela apenas voltou a descansar sobre seu peito e deslizar suas mãos sobre o peito do Rei.
    - Isso já se faz 21 anos, e ainda sou jovem como naquela noite, mais poderoso do que era e um pouco mais feliz pois além da glória e poder que consegui conquistando reinos na Inglaterra. Eu tenho a mulher mais bela de toda a Inglaterra ao meu lado.
     Ele a derrubou sobre a cama, e segurando seu rosto olhou para os olhos castanho-avermelhados de Eleonora, e tocando sua pele macia  ele disse:
      - Alguém que ao contrário de mim, tem seu coração bom que chega a corromper minha ações maldosas e cruéis. Você consegue mover meus sentimentos de ódio à de misericórdia. Consegue me dar parede e de estar dentro de seu corpo mesmo que eu seja rude e bruto com você. Como pode me amar, Eleonora, sendo eu tão pobre em relação a sua imensa riqueza de mulher?
    Eleonora sorriu e beijou-me os lábios suavemente:
     - Porque para todo veneno tem um antídoto.
     Vortigern sorriu e beijou-lhe de volta, mais profundamente.

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⏰ Última atualização: Dec 08, 2018 ⏰

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