Capítulo Quatro

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Já eram quase sete horas da noite, e logo estaria na hora de Amália ir para a faculdade, onde começava hoje o segundo semestre do curso de Gastronomia.

Amália foi tomar um banho, se trocou rapidamente e foi comer alguma coisa.

Assim que termina seu lanche, se despede da mãe e da irmã, e sai de casa.

No caminho liga para sua amiga.

-Alô?

-Oi, Estela?

-Amalinha! Cade tu?

-Já estou passando ai,é hoje, tá pronta?

-Eu nasci pronta. Vem logo que meu pai vai nos levar de carro hoje.

-Nasceu pronta pra apanhar! Sério? Amém. Não aguento mais ônibus.

-Ui.

-Pelo menos não hoje. - ambas riram. -Ta, beijo to chegando.

Amália conhecia Estela há um bom tempo. Elas se conheceram quando tinham apenas 15 anos e Estela veio morar com o pai, que era separado da mãe, ela era uma patricinha fútil, que sempre viveu com a mãe na Baixada Fluminense, em uma casa grande, e quando sua futilidade e birra estavam passando dos limites, sua mãe não aguentou e decidiu que ela precisava passar um tempo com o pai, no Vidigal, para aprender a ser gente. E ela aprendeu, e gostou tanto que nunca mais saiu de lá. Claro que demorou bastante para Amália que não suportava Estela, e seu jeitinho fresco, se aproximar dela, e demoraram séculos igualmente, para Estela, entender o jeito simples de Amália, e com o tempo ficaram bem mais unidas.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro, era linda, e colossal. Hoje começava o segundo semestre, e todos os alunos estavam pra lá e pra cá, com folhas, livros, entrando e saindo de salas, procurando as certas. Amália e Estela estavam ansiosas, mas controladamente, afinal, você não pode se comportar como uma adolescente histérica quando se tem 19 anos, e está em plena faculdade.

-Então, como foi seu dia hoje? -Estela pergunta, enquanto passava rímel, elas já estavam em sala de aula mas o professor estava atrasado, uns minutos.

-Ah, normal. Fui a praia...

-Claro, teu ritual né. -Estela, que agora ajeitava os cabelos longos e claros, riu.- Só me responde uma coisa. Porque é que uma menina que está todos os dias na praia, trabalhando das sete da manhã até as seis da tarde, no único dia de folga que tem, vai à praia também?

-É bem diferente. No quiosque é uma loucura, é como se eu não estivesse na praia, sabe? Claro, amém, que eu e minha mãe estamos ganhando uma grana boa la, e nossa vida tá melhorando, mas a gente não para, não da pra aproveitar... E segunda, tá tudo calmo, eu amo aquele lugar... A areia, o som do mar, a brisa, o sol...- Amália suspirou porque, ela realmente amava aquela praia.

-Hmm... É verdade, vai fazer um ano de quiosque né?! Mas só com o quiosque vocês conseguem ganhar bem? -Estela não tirava os olhos de um pequeno espelho, voltando a passar maquiagem, mas demonstrava interesse nos assuntos financeiros de sua amiga.

-Sim sim, tipo, o quiosque vive de temporada, mas em quase um ano, já teve ótimos rendimentos, e é em Ipanema né, sempre tem turista lá, o movimento é muito bom. E além disso, minha mãe cuida de uma senhorinha toda segunda de manhã até a tarde. É um troco a mais.

-Entendi, mas gata – Estela finalmente tirou os olhos do espelho e olhou Amália com uma cara séria – Vamos passar um pouco de base nesse rosto, e PRINCIPALMENTE nessa testa porque, eu não sei o que você fez, mas tá roxo.

-Droga!- Amália não colocou o bendito gelo enquanto estava vermelho, e agora já havia ficado roxo. -Passa ai vai.

E enquanto terminava de pincelar o rosto da amiga, Estela pigarreou.

-Ah, tá, você quer saber né? Nossa, já cansei de repetir isso. Tudo bem vamos la. Eu estava na praia, e ai um garoto me acertou sem querer com uma bola.

-OPA. -Estela elevou a voz, fechou e guardou sua bolsa de maquiagem e sorriu maliciosamente.-Você disse garoto? Quando eu te perguntei como tinha sido seu dia na praia, você não mencionou nenhum garoto. Como você faz isso comigo? Pode falar tudo.

Amália sorriu, e falou.

-O que? Não tem nada pra falar.

-Ah, sério?! Como ele era? -Estela perguntava animada.

-Ele era muito simpático, mas ele era gringo, e não sei, ele tinha um jeito meio desajeitado, ele me pareceu meio estranho... Ah, ele me deu o número dele.

-É, dona Adaliz, e você ainda diz que “não tem nada pra falar” -Estela imita a voz de Amália em tom debochado. Ambas riem.- Mas, e como ele se chamava?

-Lucas. E ele tinha um piercing no lábio... -Amália recorda do beijo que ele lhe deu na bochecha.

-Amiga PARA! Menino com piercing no lábio é a coisa mais sexy que existe.- Estela sorri e com seus grandes olhos castanhos, olha para o teto.

-Sexy?! Ele era estranho tá?!De onde você tirou isso? -Amália dá uma gargalhada nervosa, por que, há uma possibilidade de ela concordar com o que a sua amiga disse, no fundo.

-De onde?! Gata, tu já ouviu falar em 5 Seconds of Summer? Um dos integrantes, tem um piercing no lábio, e o que é aquilo... Ele fica mordendo o lábio... é muito sexy...- Estela riu.

-Ah... Desconheço essa banda... Mas... É... Talvez seja um pouco...-Amália lembrou que Lucas também ficava mordendo o lábio, e sim, ela admite que era sexy, daí a compará-lo com algum cantor famoso... Ela já não tinha muita certeza, mas passou uns segundos voltando na imagem de Lucas em sua cabeça.

-EI! -Estela gritou fazendo com que todos os alunos olhassem pra elas por uns instantes, e apontou o dedo para sua amiga– Eu percebi isso ein... Esse olhar pro nada... E... Você admitiu que ele era sexy? Foi isso mesmo?!

“Isso é que dá conhecer a menina há séculos, ela já lê tua mente” Amália pensou, e quando ia abrir a boca pra negar qualquer suposição de estar sequer ligeiramente interessada no estranho, porém, simpático e talvez um pouco sexy gringo chamado Lucas, o professor entrou na sala, pedindo desculpas pelo atraso enorme, e Amália se limitou a sorrir para Estela que virou os olhos murmurou:

-Sortudinha... por um fio.

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OI OI OI! Ai gente, finalmente foi se um dia né? auhsuahs acabei de me tocar que foram 4 capítulos em um dia só. Enfim, to demorando a postar porque essa votação tá me deixando louca e aaaaaaah! #vote5sos enfim, espero que vocês gostem, e votem e comentem e spread the world! xoxo ly 

Serendipidade | l.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora