Capítulo Oito

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Estela estava na casa de Pedro quando seu celular começou a tocar.

Pedro e Estela namoravam há poucos meses, mas sentiam como se conhecessem a anos. E era um sentimento tão bonito, o que eles tinham um pelo outro... Era como se tudo virasse apenas o resto, quando os dois estavam juntos. E o resto, que no momento se chamava Amália, estava os atrapalhando numa hora nada boa.

-Ai quem é?- Pedro resmungou mal-humorado, passando a mão pelos cabelos castanhos escuros.

-É a Amália...-Estela disse olhando fixamente para a tela do celular, que continuava vibrando.-Eu amo a Amália, mas eu realmente não sei se quero atender agora.

Pedro sabia que ela queria no fundo, Amália e Estela eram como irmãs de pais diferentes, e ele não podia, e nem queria fazer nada pra mudar isso.

-Atende vai. Ela pode estar precisando.-Pedro suspirou, e revirou os olhos.

-Você é um fofo.- Ela disse deixando um beijo em sua bochecha, e indo para a varanda.

-Alô.

-Estela, onde você tá? To te ligando faz um tempo já.

-Adivinha...

-Pedro?

-Pedro.

-Tá com camisinha né? Não quero ser tia aos 19 anos.

-Vai se fuder. Já foi? Agora me diz, o que se passa.

-Ah, você tá ocupada, eu tenho muito o que falar, sério.

-Você tá me deixando curiosa moça, e eu sou uma stalker obsessiva, não me deixe curiosa.

-Ta, tem a ver com o Lucas. Ele esteve hoje no quiosque.

-OI? O GRINGO? AMÁLIA, PORRA! Não faz isso, eu não posso escolher entre o amor da minha vida e uma boa treta, isso é golpe baixo.

-Tá, então, o quiosque tá quase fechando, eu vou pra aí, e depois a gente vai pra faculdade direto.

-Nossa que abusada. Vai invadir a casa do meu namorado mesmo?

-Vou sim. Beijo.

-Mala. Tchau.

Estela então, desligou o celular, e se deitou com a cabeça no colo de Pedro.

-Amorzinho da minha vida...- Ela disse fazendo uma voz de bebê insuportável.

-Ai, já sei, já sei...-Ele levantou as mãos se rendendo.- Dia com as garotas... O que eu não faço por você...

Estela então, levantou-se de modo a ficar de frente pra ele, jogou seus cabelos loiros de lado, sorriu, e começou a se aproximar lentamente de Pedro, até cochichar maliciosamente em seu ouvido:

-Você sabe que eu retribuo.

Ele então sorriu de forma adorável, e a puxou pra si.

Os dois começaram a se beijar apaixonadamente, e longos minutos depois, estavam vendo um filme qualquer, até que Amália chegasse.

(…)

Enquanto isso os meninos jogavam videogame, e conversavam enquanto estavam jogados no sofá da sua casa de praia... Não importa onde estivessem, ficar jogados no sofá enquanto jogavam videogames era sempre uma das melhores coisas a se fazer.

-Luke e Amália, Luke e Amália.-Calum cantarolava.

-Eu... Eu não gosto dela. -Lucas disse gesticulando nervosamente.-Eu só quero... Pegar ela, é diferente.

Serendipidade | l.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora