De Repente Amor (Dilmer)

Capítulo 9

Demi pov:

O Guilherme me prendeu no círculo de amigos dele me impedindo a cada vez que eu tentava sair. Pelo menos ele não vai tentar fazer nada comigo aqui, mas mesmo assim eu tô com medo do que esse homem que eu não conheço mais possa fazer. Quanto mais o tempo passa mais tediosa fica a conversa dos amigos do meu ex que é um verdadeiro filha da puta. Olho todos ao meu redor mas não vejo nenhum conhecido pra que eu possa inventar uma desculpa e sair de perto desse homem. A maioria das pessoas estão indo embora por estar tarde (03:15). Apesar de estar na casa do Willy, eu não o vi nenhuma vez, o que me faz pensar que ele deve estar isolado em alguma parte da casa já que ele não é muito sociável e não gosta das festas do Nick. E o que falar das minha amigas? Me abandonaram real, tudo por causa dos meninos, mas não as culpo, afinal a gente veio pra essa bendita festa pra nos divertimos. Porém eu mais uma vez não consegui me divertir nem fazer novas amizades, mas dessa vez a culpa é toda do Guilherme, ele só sabe atrapalhar minha vida, um verdadeiro peso morto que insiste em mim perseguir.

- Vou ao banheiro. — Falo baixo só pra Guilherme escutar

- Eu te acompanho! — Ele fala se levantando.

- Não, obrigada! — Falo saindo de perto desse homem que me dá nojo a cada vez que o olho.

Corro direto para a escada em direção ao banheiro que fica no corredor, entrando e trancando porta do mesmo, ficando lá por um bom tempo.

Wilmer pov:

É realmente a Demi não veio com as meninas, o que é bom e ruim ao mesmo tempo, ruim pra mim que não vou ver aquele sorriso extremamente lindo que só ela tem, e bom pra ela que não vai precisar ver minha cara. Já que eu tenho mestrado em fazer merda, decepciono todos a minha volta, acho até que dá pra ganhar um bom dinheiro com isso se eu desse aulas. Nunca doeu tanto dispensar uma mulher como doeu em dispensar a Demi, vai ver é porque ela é a única que mexe comigo depois de todo esses anos. Já eram 03:30 e boa parte das pessoas estavam indo embora graças a Deus. De repente vejo a Demi correndo pelas escadas com uma cara de assustada indo diretamente para o banheiro e se trancando nele. Eu fiquei tão feliz em ver ela mesmo de longe ela me faz tão bem, porém a expressão em seu rosto me deixou muito preocupado com ela. Ela estava aqui esse tempo todo e eu não a vi, vou esperar ela sair pra poder saber o que houve, ela não está bem, minha nena não está bem. E pela demora tá parecendo que ela tá se escondendo de alguém ou pode ser coisa só da minha cabeça.

Demi pov:

Onde será que o Willy tá? Será que ele desistiu do juramento que fez para si mesmo e tá se agarrando com uma qualquer em seu quarto? Não tô tão assustada que estou ficando paranóica. Eu só queria ele agora, não sei por quanto tempo o Guilherme vai ficar lá fora me esperando. Daqui a pouco ele derruba essa porta, se eu já tenho medo dele sóbrio imagina ele bêbado, quero nem pensar nisso. Mais um tempo se passa e escuto toques na porta na esperança de ser Wilmer, mas era o homem de quem eu tinha medo.

Demetria abre a porra dessa porta agora!! — Guilherme fala impaciente.

- O que você quer? — Falo trêmula.

- Eu quero você, só pra mim hoje! — Quando ele fala isso eu me desespero, não tenho saída, meu celular ficou na bolsa da Miley.

Parece até um pesadelo, que homem o Guilherme se tornou eu nunca pensei que ele pudesse chegar a esse ponto. Algum tempo depois ele fez o que eu mais temia arrombou a porta do banheiro e veio em minha direção fechando a porta com o pé.

- Agora sim, tenho você só pra mim, tira logo a roupa! — Ele fala retirando sua camisa.

- Não vou fazer nada com você seu louco! Se você tentar algo comigo eu vou gritar pra todo mundo escutar.

- Pode gritar, não tem mais ninguém nessa casa a não ser o dono dela que deve estar lá embaixo limpando a sujeira.

- Wilmer me aju.... — Guilherme tampou minha boca desabotoando a minha calça.

- Ele não vai te salvar dessa vez! — Dou uns gritos mesmo com a minha boca sendo tampada.

Wilmer pov:

Já fez muito tempo que Demi está nesse banheiro, todo mundo já foi embora. Vou até lá, algo tá acontecendo porque essa demora não é normal. Antes de bater na porta ouço uns gritos abafados, então eu não bati e entrei rapidamente. Ao entrar me deparo com um homem em cima da minha nena que estava apoiada na pia e com a calça desabotoada, ela estava chorando horrores e tentando o máximo pra sair dali.

- Willy! — Ela fala com a voz aliviada

- Larga ela agora antes que eu te mate!

- Eu não tenho medo de você seu grande bosta! Esqueceu que eu sou um lutador profissional?

- Não testa minha paciência seu lutadorzinho de merda! — Quando eu falo isso ele larga Demi sobre a pia e vem pra cima de mim.

Não penso duas vezes e já dou um soco em sua maldita cara e assim começa a briga. Demi estava em choque dava pra ver, ela não parava de chorar isso me deixa com mais raiva ainda. Então parei de brincar e dei uma surra no Guilherme sem dar chances dele me bater, mas antes que eu o tirasse da minha casa ele me deu um soco no nariz, fazendo com que eu empurrasse ele no chão da rua. Quando entrei vi a Demi na frente do banheiro sentada e chorando desesperadamente.

- Eu estou aqui, ele já foi embora não precisa mais ter medo, nena. — Falo me sentando ao seu lado.

- Ele ia...

- Eu sei não precisa falar mais sobre isso nena. — Ela me abraça e ficamos assim por um longo tempo.

- Que horas são? Eu preciso ir pra casa. — Ela fala se soltando do abraço e enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

- Nada disso você vai dormir aqui!

- Mas aqui não tem nenhum segurança, e se ele voltar?

- Seu segurança hoje sou eu! Eu que vou cuidar de você. Se ele voltar eu vou estar aqui pra te proteger. Vamos, você precisa tomar um bom banho pra relaxar e poder dormir melhor.

- Tá bem. — Ela fala eu a ajudo a se levantar, levando ela para o quarto de hóspedes.

- Quer uma blusa minha?

- Quero sim, por favor. — Vou até o meu quarto e pego uma blusa pra ela.

- Aqui estar.

- Obrigada Willy... Wilmer.

- Vou sair pra que você possa tomar seu banho e se vestir.