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Passaram-se seis meses desde que me mudei com Victor para Ipanema. Nosso apartamento era lindo e muito espaçoso. Além da bela vista para a praia bem após a porta de correr que nos leva até a varanda. Adorei a decoração que Victor escolheu para o apartamento, tudo em madeira clara, paredes brancas e arrumação simples. Deixei alguns vasos de planta distribuídos pela casa, alguns quadros para dar um pouco mais de vida, meus livros somados com os dele encheram a estante ao lado da TV.
Eu adorei a liberdade que ele me deu para decorar o apartamento, pude colocar em uma parede do nosso quarto um lindo papel de parede com imagens de câmeras fotográficas abstratas e ele nem quis que eu mostrasse antes de aplicar.
- Sério que não quer nem opinar? - Eu disse na época.
- Jenny, eu já escolhi todos os móveis da casa, se você quisesse desenhar cavalos na parede e dormir em um monte de palha, eu aceitaria.
Eu estava terrivelmente apaixonada por aquele homem.
Morar em Ipanema não era ruim também. Apesar de mal ficar em casa devido ao trabalho, já conhecia algumas pessoas do meu prédio e foram sempre muito simpáticos comigo e Victor.
Na primeira semana nos dedicamos em arrumar o apartamento e Beth, nossa nova vizinha de frente, até nos ajudou com algumas caixas para desocupar o elevador quando estava indo para o trabalho.
- Não se preocupe! Se alguém tivesse me ajudado na época que eu e meu marido nos mudamos eu teria agradecido com um jantar.
Nos entreolhamos e de repente caímos na gargalhada.
- Beth... - Digo ainda com um sorriso - Quer jantar comigo e meu namorado alguma noite, você sabe, pela ajuda?
Ela também achou graça e fingiu surpresa.
- Oh que generosidade, claro que aceito.
- Leve seu marido e se tiver filhos...
- Um menino de dois anos.
- Que maravilha! Como se chama? Já estou louca para conhecê-lo!
Beth abriu um grande sorriso.
- Se chama Caio. Podemos marcar para quando terminarem a mudança.
- Feito!
- E pode chamar se precisar de alguma coisa.
Ela deixou a última caixa e foi para o trabalho. Jantamos dois dias depois. A cozinha já estava pronta graças à ajuda de seu marido César que fez amizade rapidamente com Victor ao descobrirem que torcem pelo mesmo time.
Pois é, descobri que Victor era apaixonado por futebol.
Homens.
Claro que não cozinhei, comprei comida japonesa e comemos nas caixinhas mesmo, mas rimos bastante. O bebê Caio andava de um lado para o outro enquanto Beth tirava as coisas que poderiam quebrar da mão dele. Ele era um menino muito inteligente, parecia muito com César, mas os olhos castanhos claros e os enormes lábios eram inconfundivelmente de Beth. Eles eram pessoas muito divertidas então marcamos um encontro duplo. E depois mais um. E outro depois desse. Na verdade, depois da primeira vez que saímos Luke e Bernardo também nos acompanhavam e devo dizer que eles pareceram gostar de conversar mais com Beth e César que comigo.
Claro que eu não estava com ciúmes.
Então, muita coisa havia mudado na minha vida nos últimos meses, menos no meu trabalho. Eu sei que estava namorando e morando com o poderoso chefão, como Luke costumava dizer, mas eu não queria deixar Wagner por nada nesse mundo. Dele sim eu tinha ciúmes. Não queria com outra assistente! Ele continuava o mesmo cara brincalhão e apaixonado pela sua esposa e filhos.
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Retratos de Uma Vida - Parte II
Roman d'amourPassaram-se seis meses desde que Jennifer passou por todo aquele sofrimento e enfim aceitou firmar ainda mais seu relacionamento com Victor. Mas com o tempo, os problemas do casal começam a aparecer como pessoas que querem acabar com a felicidade do...