6 de Junho de 201015: 35 PM
Grace e Sean esperavam pelo diagnóstico da filha na sala de espera, o médico abriu a porta e a fechou logo em seguida olhando para os pais preocupados, ele sentou-se na cadeira a frente deles e suspirou antes de falar.
— A Lana está melhorando a cada dia, é bom que ela lembre de vocês, mas teremos que fazer mudanças drásticas.
— Como assim, doutor?— perguntou Grace.
— Ela não se lembra de seus amigos ou qualquer outra pessoa que conheceu além de sua família, para não deixá-la confusa ou com qualquer sintoma ruim, eu os aconselho a se mudar e começar outra vida com ela.
— M-mas... Nós sempre moramos aqui, não vamos poder fazer isso!— pronunciou-se Sean, atordoado com as palavras do médico.
— Eu acho que essa é a melhor solução para ela, caso ao contrário, vocês terão que conviver nesse hospital por muitos anos.
Houve um silêncio no local, Grace começou a chorar e Sean olhava para o médico, pensativo e infeliz, era como o mesmo estava agora. Conversaram mais um pouco sobre o desenvolvimento de Lana e voltaram para o quarto da garota, ela estava deitada olhando para a janela.
— Olá, querida!— disse Grace, beijando sua testa.
— Oi, mãe.- respondeu com a voz fraca.— Quando nós vamos embora daqui?
— Logo, logo... Estamos só conversando sobre mais algumas coisas.
— Eu acho que estou estranha.
— Como assim?— perguntou Sean preocupado.
— Eu sinto que tenho que lembrar de algo, mas não sei bem o que é.
— Não force muito, você ainda está de repouso... Sua avó virá te visitar.
— Mesmo?— perguntou com um sorriso radiante, Grace concordou.
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Enquanto a avó de Lana ficava com ela no quarto, os pais da mesma discutiam sobre a mudança, para eles, afastar sua filha de todos que já conheceu era algo muito difícil de se fazer. Eles queriam que sua filha ficasse bem e não que levasse mais agulhadas, então decidiram que se mudariam assim como o médico mandou, sair de sua cidade natal era uma passo grande para ambos, ainda tinham que resolver várias coisas e sair de lá o mais rápido possível. Sean estacionou o carro na casa de seu velho amigo, sua família merecia saber de sua mudança e de como estava Lana, desceu do carro e bateu na porta da casa, logo foi atendido pelo mesmo com um abraço carinhoso, pediu licença e adentrou a casa, logo sua esposa e seus dois filhos vieram cumprimenta-los.
— Como você está crescido, Noah! Faz muito tempo que não o vejo.— disse sorrindo para o garoto, o mesmo somente agradeceu.
— Como está, Lana?— perguntou seu amigo.
— Ela está melhorando a cada dia, mas...— fez uma pausa, suspirando em seguida— Por ordem do médico, temos que mudar de cidade.
— Como?— perguntou o mesmo surpreso por tal notícia.
— Ele nos disse que ela não ficaria bem aqui, as memórias dela não estão voltando corretamente e deixá-la aqui, num lugar onde conheceu todos não vai ser bom.
Todos escutavam atentamente as palavras de Sean, menos Nick o irmão mais novo de Noah que brincava com seus carrinhos no chão da sala, Sean estava prestes a chorar contando suas experiências para seus amigos, o mesmo tinha que resolver tudo de uma vez.
— Não vamos poder nos ver a partir desse dia, eu não queria que acabasse assim, mas se for para protegê-la eu terei que ser forte!
— Como o senhor pode dar as costas assim pra esse problema?— perguntou Centineo, as lágrimas começavam a cair.
— Não fale assim, Noah! Sean está fazendo de tudo para ajudar Lana.— repreendeu seu pai.
— Ajudando? Como ele está fazendo isso se não liga para o que ela vai deixar pra trás? Minha amizade com ela não vai ser acabada assim!— gritou o garoto, correndo para longe dali, sua mãe ia até ele, mas foi impedida.
— Eu sinto muito mesmo, sei como minha filha e seu filho são próximos, peçam desculpas por mim.
Abraçou seu amigo e logo depois sua esposa, deu um beijo em Nick que não estava entendo situação alguma, mas continuava brincando no chão, Sean sorriu com tal cena e lembrou de quando sua pequena tinha essa idade. Saiu pela porta se despedindo mais uma vez, entrou no carro e dirigiu até sua casa.
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Lágrimas não faltavam no rosto de Centineo, ele estava muito arrasado, deitou na cama e pegou o porta-retrato no criado-mudo ao seu lado, sorriu vendo a foto, foi o dia em que ele e Lana saíram com sua família para pescar, ela levantava um peixe pequeno como se fosse um troféu enquanto o mesmo a abraçava radiante pelo seu esforço, mas agora para a garota ele nem sequer existia, tudo o que passaram seria esquecido por ela e isso era o que o fazia se sentir mais infeliz ainda.
— Noah, você não vem jantar?— perguntou sua mãe, quando abriu a porta do quarto.
— Não!
— Você não pode ficar assim, querido. Tem que comer alguma coisa!
— Já disse que não quero, mãe! Me deixa em paz.
Houve um pequeno silêncio e depois o barulho da porta se fechando, Noah virou de lado encarando a parede branca, onde continha alguns desenhos que ele fez, voltou seu olhar para a foto e chorou mais uma vez.
— Será mesmo que vou te perder pra sempre?— perguntou para sí mesmo, quase em um sussurro.
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Do You Remember?
FanfictionAs memórias mais importante da vida de Lana Condor são apagadas quando um grave acidente acontece com ela, fazendo com que a mesma mude completamente sua maneira de viver e deixar tudo o que é do passado para trás... Inclusive um amor que jamais de...