Algumas semanas tinham se passado depois do encontro duplo, eu e Noah ficávamos cada vez mais íntimos com o passar do tempo, era incrível como ele me fazia sentir bem com suas mensagens, Ellery já até inventou nosso “nome de shipp”, mas como todas as suas brincadeiras eu só a ignoro.
Com o término das aulas, eu decidi andar até em casa, já que não adiantaria ficar esperando por um ônibus a essa hora. Fiquei olhando para os meus pés enquanto andava, a música que tocava em meus fones me fazia querer dançar, porém não sou capaz de pagar esse mico. Olhei para as ruas antes de atravessar, quando já me vi no outro quarteirão um carro parou ao meu lado, fiquei com um certo medo então apressei os passos.— Vai me fazer te seguir até sua casa?— disse, olhei para trás reconhecendo a voz e sorri ao ver quem era.
— O que está fazendo aqui?— perguntei me aproximando.
— Eu vim trazer o Jacob pra ver a Ellery, mas ela tinha me falado que você foi embora, então eu resolvi te procurar.
— Não teria sido melhor você enviar uma mensagem, gênio?— sorrio irônica, ele revirou os olhos e fez sinal para que eu entrasse no carro.
Dei a volta e abri a porta, me sentei no banco e coloquei meu cinto, ele voltou a dirigir enquanto conversávamos.
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A porta estava difícil de ser fechada, Noah não me deixava fechá-la, sempre surgia com assuntos novos na hora que eu ia entrar.
— Você vai me deixar entrar agora?—perguntei, ele deu um leve sorriso.
— Me desculpe por ser tão falante — riu nasalado —, mas eu realmente senti saudades de você!
— Como assim, Noah? Nós conversamos todos os dias.
Seu olhar parecia perdido, eu não consegui entender o motivo ao certo, mas antes que eu perguntasse ele se despediu e saiu andando pelos corredores. Dei de ombros e entrei em casa, o que foi que o deixou daquele jeito?
Narradora pov
A cada dia que se passava, Noah queria contar para Lana toda a verdade e poder abraçá-la depois de todos esses anos. Depois de deixá-la em casa, ele se perguntou se seria uma boa hora para conversar com os pais dela, mas queria tanto esclarecer as coisas que a ansiedade foi maior que a vergonha em revê-los. Ele mandou uma mensagem para o amigo, dizendo que demoraria para chegar em casa, não demorou muito e foi respondido com um “ok”.
Noah seguiu o caminho trajado pelo GPS, demorou um pouco, mas ele conseguiu descobrir onde ficava a residência dos Condor. Quando finalmente se viu em frente a casa, suspirou transtornado, tomando coragem para enfim encará-los, ele saiu do carro e o trancou. Andou até a varanda da casa e bateu na porta, logo foi recebido por uma mulher baixa com traços asiaticos, ela o olhou confusa, ele a lembrava alguém, mas sua visão sem os óculos não podia revelá-la quem aquele garoto realmente era.
— Olá, Sra. Condor!
— Olá.—ela apertou um pouco os olhos, fazendo eles ficarem menores.— Quem é você?
— Sou Noah Centineo, lembra de mim?
Nesse momento sua memória não falhou, aquele pequeno garoto cresceu tanto que ela nem o reconhecerá. Grace se aproximou dele e o abraçou, depois de tantos anos, ela finalmente pode vê-lo outra vez.
— Querido, como você está grande! Por favor, entre.
Ele assim fez, olhou em volta da casa e sorriu ao ver o imenso quadro na parede, era Lana quando criança e seus pais a abraçando, andou em direção ao mesmo e observou por um tempo.
— Sentimos sua falta, querido.— disse Grace, ficando ao seu lado, agora ela estava usando os óculos.
— Eu também... Muito mesmo.
Eles sentaram-se no sofá bege e começaram a conversar, Grace lhe serviu um suco e o mesmo aceitou por educação, ela não tinha mudado nada.
— Por que não nos avisou que tinha vindo pra cá?
— Eu fiquei com medo de vocês não me quererem por perto.
— Eu nunca iria te dispensar, querido... Você também faz parte da família.— disse Grace, olhando calorosamente para o garoto, ao ouvir essas palavras sentiu-se alíviado.
Então Noah contou tudo o que estava acontecendo entre ele e Lana, Grace ficou surpresa ao ouvir sua confissão, não esperava que a filha fosse se sentir bem se visse alguém do passado, mas Noah estava ali, dizendo que outra vez tinha a amizade dela.
— Nós contamos pra ela...— disse a mulher, quando ele tinha acabado de falar.— Falamos sobre o acidente, a vida dela em Toronto, e sabe só do que ela lembrava?
— Do quê?— perguntou ansioso.
— De você, Noah! —o olhar chocado do mesmo podia ser visível para ela.— Ela nos disse que tinha sonhos da adolescência dela e sempre tinha um garoto chamado “Noah” com ela.
Ele sorriu involuntariamente, era bom saber que ela não havia se esquecido dele por completo, mas então porque ela não o reconheceu ainda? Várias perguntas iam se formando em sua cabeça enquanto falava com Grace. As horas passavam rápido enquanto os dois conversavam sobre o passado, era bom para Grace relembrar das memórias mais importantes de sua vida, da cidade em que nasceu e viveu por anos.
— Acho que já está na hora de ir.— disse o mesmo se levantando do sofá.
— Foi um prazer revê-lo, Noah!— disse a mulher, acompanhando-o até a porta. Eles se despediram com mais um abraço e ela o observou entrar no carro.
Com lágrimas nos olhos, ela pensou em tudo o que deixou para trás novamente, é claro que mesmo com Lana descobrindo sobre seu passado ela não se arriscaria a voltar de onde veio, seria um grande risco e ver sua filha sofrer mais uma vez a faria ficar mais infeliz.
Mesmo que esse fosse um pensamento egoísta, era melhor que eles permanecessem ali, para o bem de todos.------------------------------
Olá leitores!!!! O capítulo de hoje revelou um pouco mais da estória deles, eu espero que vocês tenham compreendido pois daqui pra frente eu vou fazer mais capítulos assim...
Já vou avisando que talvez não terá att na semana que vem, mas se tiver será bem pequeno.Bye bye ❤❤
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Do You Remember?
FanfictionAs memórias mais importante da vida de Lana Condor são apagadas quando um grave acidente acontece com ela, fazendo com que a mesma mude completamente sua maneira de viver e deixar tudo o que é do passado para trás... Inclusive um amor que jamais de...