Paintball

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Almocei com meu pai na Paprika & Rock, como sempre e pedi a ele que me levasse no paintball. Ele disse que tudo bem e perguntou se eu tinha tarefa ou prova. Não tinha nenhum dos dois então ele me levou direto para lá pois já eram 15:30.
Cheguei e nenhum dele estava lá . Então pedi uma Coca Cola , me sentei em uma cadeira e fiquei lá esperando. Vi um grupo de garotos que me era familiar , esperando para jogar.
Eles estudavam na mesma escola , no segundo colegial também . Dois deles estavam na minha sala , e os outros cinco eram de outras salas. Eu sabia o nome de quatro deles , e um eu acho que era Erik.
O único que eu não sabia o nome eu só vi algumas vezes na escola , mas nunca tinha reparado nele. Ele tinha cabelos curtos , castanhos, lisos e bagunçados de uma forma bonitinha. Estavam perto o suficiente para eu ver que seus olhos eram de cor Mel esverdeado. Era um pouco mais alto que eu e tinha lábios lindos e levemente molhados . Sua pele era um pouco bronzeada. Sua beleza me chamou a atenção , e fiquei o observando por um bom tempo . Meu amigos chegaram e eu dei um pulo e fui até eles.
Compramos os bilhetes e retiramos os macacões grossos com estampa de camuflagem. Colocamos os capacetes e entramos no labirinto . Estávamos jogando contra o grupo de garotos que eu havia visto antes. Eu saí correndo junto com Fernando e logo esbarramos com um dos garotos. Eu atirei em sua barriga e Fernando em seu pinto
— AI!!! MERDA!— gritou o garoto
Começamos a rir tanto que ele acabou atirando  em meu ombro e na bunda de Fernando. Eu comecei a rir mais ainda e saí correndo enquanto Fernando corria atrás daquele moleque.
Eu parei de correr e quando virei em um corredor do labirinto levei um susto com Stefan e soltei um grito, e tapei a boca com a mão . Ele riu da minha cara e eu dei um soquinho fraco em seu ombro.
Continuei andando e esbarrei no garoto dos olhos cor de mel. Ele apenas sorriu e seguiu correndo até desaparecer na próxima curva .
Parei por um momento para pensar por que ele não tinha atirado, por que havia sorrido para mim de uma forma acolhedora? De fato , ele tinha um sorriso lindo. Fiquei parada ali por alguns segundos , até que lembrei do jogo e segui em frente . Atirei em muitos caras , marquei muitos pontos até que chegamos na reta final, Os Sete estavam reunidos no que achávamos ser o centro do labirinto esperando os outros para darmos os últimos tiros . De cada corredor saíu um garoto e todos nós atiramos . Somente Fernando, Caíque e eu acertamos os alvos e os outros tiveram que fugir . Eu acertei o alvo , mas bem na cara do garoto. Fui ajudá- lo pois eu havia acertado bem no seu olho . Ele estava sentado quase deitado ao chão , então me agechei ao seu lado e limpando seu rosto com a manga eu disse:
— Desculpe , não queria te acertar. Quer dizer , queria te acertar , mas não na cara , foi mal.— ele riu um pouco o que me fez ter certeza de que estava bem mas mesmo assim perguntei— você está bem?
E ao invés de responder a minha pergunta ele disse:
— Eu estava te observando com os seus amigos . Você é bonita.
Eu corei , não só por que ele disse que eu era bonita , mas por que eu tinha acabado de limpar seu rosto e me dei conta de que era o cara bonito dos olhos de mel.
— Obrigada, eu acho...— eu disse baixo e dei um sorriso — Você fala português ?
— Sim , eu sou da Austrália mas meu pai é brasileiro.
eu sorri para ele e ele disse:
— Seu sorriso é lindo .
Eu estava com um pouco de vergonha e fiquei olhando para aquele rosto bonito .
Ele tinha uma pele macia e algumas sardas nas bochechas e no nariz. Ele olhava para mim com a mesma intensidade até que Caíque quebrou o clima gritando meu nome . Eu me levantei rápido e comecei a correr .
— Garota!! — ouvi o garoto dos olhos de mel gritar. Me virei e ele perguntou:
— Qual o seu nome?
— Mia!— gritei
— Só Mia ? Não tem sobrenome? — disse brincando
Devolvi a brincadeira dizendo :
— Só Mia para você
Ele riu e disse:
—Meu nome é Noah. Noah Becker.

Voltei a correr atrás de Caíque e vencemos o jogo .
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Para quem não entendeu a parte em que ela pergunta se ele falava português , antes eles estavam falando em "inglês "

Nunca me apaixoneiOnde histórias criam vida. Descubra agora